Atendendo a um pedido de correntes feministas, o 41º Congresso Federal do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) aprovou, na primeira semana de dezembro, uma alteração que retira da sigla “Q+” do LGBTQ+, inscrições que significam pessoas “queer” e outras identidades e orientações, limitando ao termo LGBTI. Uma segunda proposta aprovada pede a proibição de mulheres trans nas categorias esportivas femininas.
As mudanças são internas, mas geraram grande repercussão no país, com outros partidos de esquerda rejeitando a decisão do PSOE, acusando-os de transfobia. A eurodeputada do Podemos e antiga ministra da Igualdade, Irene Montero, foi uma das que criticou a decisão.
– Uma mulher trans é uma mulher. O resto é transfobia, mesmo que o PSOE o diga – disse Montero nas redes sociais.
Já o partido Sumar comparou a decisão com um “ideias de extrema direita” e disse que não é assim que a esquerda poderá combater seus opositores políticos.
– A luta pelos direitos não pode deixar ninguém para trás. Não lutamos contra a extrema direita com as ideias da extrema direita – declarou o partido.
Grupos de ativistas trans também se manifestaram e criticaram o partido. No grupo Plataforma Trans se manifestou principalmente contra o grupo feminista do PSOE, que teria encabeçado a questão. Para eles, trata-se de uma “campanha criminosa de desinformação, boatos e estigmatização da vida das pessoas trans na sua tentativa de minar a Lei Trans”.
As informações são do Canal Sur e Europa Press