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Para 88% dos que foram a ato na Av. Paulista, Bolsonaro venceu Lula na eleição de 2022, aponta pesquisa

FOTO: REPRODUÇÃO

Pesquisa realizada pelo Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP), revela o perfil dos manifestantes que participaram do ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, em São Paulo, no último domingo (25).

Segundo estimativa do próprio Monitor, 185 mil pessoas participaram do ato, chamado por Bolsonaro após ser acuado por investigações da Polícia Federal.

Entre os participantes, 88% afirmam que Bolsonaro venceu o presidente Lula (PT) em outubro, endossando o discurso de fraude eleitoral propagado pelo ex-presidente, mesmo não havendo indícios de irregularidade na eleição do petista.

Apenas 8% reconhecem a vitória de Lula. De acordo com a pesquisa, a grande maioria (67%) tinha 45 anos ou mais e praticamente metade (49%), renda familiar de até cinco salários mínimos. Homens eram 62%, brancos, 65%, e pessoas com ensino superior, 67%.

Veja outros números da pesquisa:

Renda familiar

  • 10% têm renda familiar de até dois salários mínimos por mês
  • 26% têm renda entre três e cinco salários mínimos
  • 25% têm renda de cinco a dez salários mínimos por mês
  • 13% têm renda de dez a 20 salários mínimos por mês
  • 9% têm renda superior a 20 salários mínimos por mês

Faixa etária

  • 3% têm idade entre 16 e 24 anos
  • 8% têm entre 25 e 34 anos
  • 21% têm entre 35 e 44 anos
  • 23% têm entre 45 e 54 anos
  • 25% têm entre 55 e 65 anos
  • 19% têm mais de 65 anos

Etnia

  • 65% se declaram brancos
  • 26% se declaram pardos
  • 5% se declaram pretos
  • 1% se declara amarelo
  • 1% se declara indígena
  • 2% declararam a opção “outro”

Religião

  • 43% declararam ser católicos
  • 29% declararam ser evangélicos
  • 11% declararam ser espíritas/kardecistas
  • 10% declararam não ter religião

Tentativa de golpe

Em seu discurso na Paulista, Bolsonaro se apresentou como um perseguido político, negou ter tramado um golpe de Estado e defendeu anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Segundo ele, é preciso “passar uma borracha no passado”. Parlamentares e governadores como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Ronaldo Caiado (União-GO) marcaram presença.

“Agora, o golpe é porque tem uma minuta de um decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição? Tenham santa paciência. (…) Deixo claro que estado de sítio começa com o presidente da República convocando os conselhos da República e da Defesa”, declarou.

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