
Ferimentos no corpo de um menino, de 10 anos, revelaram uma rotina de tortura praticada pelos pais adotivos. Uma investigação policial apurou que o pai e a mãe agrediam constantemente os três filhos em Itaiópolis, cidade do Planalto Norte catarinense. Espeto de churrasco e pedaço de pau eram usados nas agressões, segundo a polícia. Com informações de NSCTotal.
O caso foi divulgado nessa quinta-feira (14/8), quando os pais foram indiciados pela Polícia Civil, mas a investigação começou em 16 de julho, após uma escola acionar o Conselho Tutelar ao perceber que o aluno anos se recusava a participar da aula de educação física por sentir fortes dores pelo corpo. Ao ser acolhido, o menino revelou que era agredido por seus pais adotivos.
Porém, a versão do casal se mostrou contraditória com a chegada dos laudos periciais, revelou a PC. Os exames confirmaram lesões em todas as três crianças, com características que contradiziam a história de acidentes. O laudo do menino de 10 anos apontou lesões em diferentes estágios de cicatrização, indicando agressões contínuas.
De acordo com a PC, o mais chocante foi o laudo da menina de 8 anos, que identificou uma cicatriz causada por um “instrumento cortante”.
Além dos machucados, o depoimento de uma conselheira tutelar foi crucial na investigação. Ela descreveu um cenário de tortura sistemática, onde as crianças eram agredidas por ambos os pais com socos, chinelos e um pedaço de pau. A testemunha detalhou que a mãe praticava estrangulamento contra os filhos e teria usado um espeto de churrasco para ferir a menina, além de trancá-los no quarto para privá-los de comida.
“Este caso revela uma crueldade inimaginável, onde o lar, que deveria ser um refúgio, se tornou um cenário de terror. A Polícia Civil atuou de forma técnica e incisiva para materializar as provas e garantir que os responsáveis por essa barbárie sejam exemplarmente punidos. A proteção de nossas crianças é inegociável”, disse a PC em nota.
A investigação foi concluída e os pais foram indiciados ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, que darão prosseguimento à ação penal. A Polícia Civil não informou por quais crimes os pais devem responder.
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