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Senado aprova reajuste de servidores do Judiciário e MPU

OS PROJETOS VÃO PARA SANÇÃO PRESIDENCIAL. (FOTO: BETO BARATA)

OS PROJETOS VÃO PARA SANÇÃO PRESIDENCIAL. (FOTO: BETO BARATA)

 

O plenário do Senado aprovou nessa quarta-feira (29) os projetos que reajustam os salários de servidores do Judiciário e do Ministério Público da União. Juntas, as medidas terão impacto superior a R$ 25 bilhões até 2019. O reajuste do Judiciário é um dos mais dispendiosos para as contas públicas dentro do pacote de aumentos salariais que ainda serão votados pelo Senado. Os projetos vão para sanção presidencial.

De acordo com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, que participou hoje de audiência pública no Senado, apenas em 2016 o impacto será de R$ 1,69 bilhões. Até 2019, a medida irá custar R$ 22,2 bilhões. O ministro, entretanto, defendeu que todos os gastos respeitam a previsão da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2016.

O projeto do Judiciário estabelece reajuste de aproximadamente 41,47% para os servidores do Judiciário da União. O aumento será dado, de forma escalonada, em oito parcelas, de junho de 2016 a julho de 2019. A gratificação judiciária, hoje correspondente a 90% do vencimento básico, chegará gradualmente a 140%, em janeiro de 2019.

A proposta também concede, a partir de janeiro de 2016, reajuste de até 25% para os cargos em comissão, mesmo porcentual usado para comissões do Executivo. Além disso, os técnicos judiciários com curso superior receberão adicional de qualificação. Atualmente, a Lei 11.416/2006, que trata das carreiras dos servidores do Poder Judiciário da União, garante esse adicional apenas para servidores com mestrado, doutorado ou especialização.

Ministério Público

Os reajustes para servidores do MPU e do CNPM (Conselho Nacional do Ministério Público) têm impacto menor sobre as contas. O aumento custará R$ 334,9 milhões para os cofres públicos em 2016 e R$ 3,5 bilhões até 2019. O projeto prevê reajuste de 12% no vencimento básico de analistas e técnicos do MPU, em oito parcelas, de forma escalonada, de junho de 2016 a julho de 2019.

Também eleva o porcentual da gratificação de atividade do Ministério Público da União, incidente sobre o vencimento básico, de 90% para 140%, de forma escalonada, até 2019. Assim, um analista do MPU que ganha hoje R$ 13.219,08 chegará a 2019 com R$ 18.701,52.

Além disso, o projeto disciplina a concessão de adicional de qualificação e de gratificações de perícia, atribuída a analista do CNMP que realiza atividade fora de seu ambiente de trabalho, de projeto e de atividade de segurança. A proposta também reajusta os valores da retribuição pelo exercício de cargo em comissão a partir de 1º de junho de 2016, que variam de R$ 3.461,96 a R$ 14.607,74.

Uol

Aliados de Cunha dizem que ele anunciará renúncia em julho

GESTO OCORRERIA ÀS VÉSPERAS DA DECISÃO DA CCJ SOBRE CASSAÇÃO DE SEU MANDATO.

GESTO OCORRERIA ÀS VÉSPERAS DA DECISÃO DA CCJ SOBRE CASSAÇÃO DE SEU MANDATO.

Interlocutores do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmam que ele está disposto a apresentar sua renúncia ao cargo no dia 11 de julho, logo antes da votação do relatório sobre o processo de cassação do seu mandato na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ). A renúncia seria um gesto de boa vontade para com seus pares para tentar, assim, evitar ser cassado. Uma tentativa de solucionar o caso como fez o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em 2007, quando renunciou à presidência da Casa para escapar da perda do mandato.

As contas que chegam para os líderes na Câmara são de que Cunha já teria a seu favor cerca de 28 votos de um total de 67 integrantes na CCJ. Para aprovar o recurso e devolver o processo ao Conselho de Ética – o que retardaria ainda mais sua conclusão —, é necessária apenas maioria simples, ou seja, metade mais um do total de presentes à sessão.

Auxiliares na defesa de Cunha junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) têm garantido a interlocutores do peemedebista que ele pretende de fato renunciar ao cargo. Além do gesto político, destacam que a renúncia poderá lhe trazer mais efeitos benéficos. Os processos de que é alvo na Corte deixariam de ser julgados pelo plenário do Supremo — foro reservado aos presidentes da Câmara e do Senado – para cair nas mãos da Segunda Turma, comandada pelo ministro Gilmar Mendes, tido como um personagem com o qual Cunha mantém boa relação. Além disto, os julgamentos na Segunda Turma não são televisionados, o que diminuiria a pressão sobre os ministros para que condenem Eduardo Cunha.

O Globo

Paulo Bernardo é solto em SP e diz que sua prisão foi “arbitrária”

O EX-MINISTRO PAULO BERNARDO (PLANEJAMENTO E COMUNICAÇÕES NO GOVERNO LULA)  EESPOSO DA SENADOR GLEISI HOFFMANN (PT-PR). (FOTO: ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO)

O EX-MINISTRO PAULO BERNARDO (PLANEJAMENTO E COMUNICAÇÕES NO GOVERNO LULA) E ESPOSO DA SENADOR GLEISI HOFFMANN (PT-PR). (FOTO: ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO)

O ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, deixou hoje (29), por volta de 22h30, a sede da Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo, onde estava preso desde a última quinta-feira (23).

Ao sair, o ex-ministro deu uma entrevista em que disse considerar sua prisão “arbitrária”. Paulo Bernardo foi o primeiro a sair e deixou o local em um carro com seu advogado. A soltura dele foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli. Outros presos da Operação Custo Brasil também foram libertados esta noite.

De acordo com a investigação, o ex-ministro recebia recursos de um esquema de fraudes no contrato para gestão de empréstimos consignados no Ministério do Planejamento.

Os serviços da Consist Software, contratada para gerir o crédito consignado de servidores públicos federais, eram custeados por uma cobrança de cerca de R$ 1 de cada um dos funcionários públicos que solicitavam o empréstimo. Desse montante, 70% eram desviados para empresas de fachada até chegar aos destinatários, entre eles o ex-ministro.

Agência Brasil

Senador Garibaldi e prefeito de Natal buscam autorização para início das obras de equipamento esportivo

MINISTRO DO ESPORTE  LEONARDO  PICCIANI RECEBE O SENADOR GARIBALDI ALVES FILHO. FOTO: ROBERTO CASTRO/ME

MINISTRO DO ESPORTE LEONARDO PICCIANI RECEBE O SENADOR GARIBALDI ALVES FILHO. FOTO: ROBERTO CASTRO/ME

Atendendo solicitação do prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, e o senador Garibaldi Filho reforçarão junto ao Ministério do Planejamento a importância de o governo federal liberar recursos para que possa ser dada a ordem de serviço para o início das obras do Centro de Iniciação ao Esporte (CIE), que será erguido no bairro de Lagoa Azul. Licitado há seis meses, o equipamento esportivo está orçado em R$ 3,2 milhões.

Na tarde desta quarta-feira (29), o prefeito Carlos Eduardo e o senador Garibaldi Filho conversaram com Leonardo Picciani a respeito do CIE de Lagoa Azul. Apesar de ter manifestado interesse em autorizar o início da obra, o ministro explicou que só poderia fazê-lo após o Ministério do Planejamento descontingenciar os recursos previstos para o programa.

Segundo Leonardo Picciani, os centros de iniciação ao esporte representam um dos legados que a Olimpíada do Rio de Janeiro deixará para o país. Porém, devido à crise que o Brasil atravessa, 32 unidades semelhantes a que deverá ser implantada no Rio Grande do Norte estão na mesma situação: dependendo da liberação de verba para sair do papel.

Na noite da terça-feira (28), Carlos Eduardo e Garibaldi Filho se reuniram com o ministro das Cidades, Bruno Araújo. O assunto foi a autorização para o início das obras de drenagem e pavimentação do Loteamento José Sarney, Parque dos Coqueiros e Vila Paraíso, na zona norte. As obras, orçadas em R$ 27 milhões, já foram licitadas. O ministro informou que em breve anunciará uma resposta a respeito do pleito.

Caixa-preta do avião da EgyptAir confirma fumaça antes da queda

A análise de uma das caixas-pretas do avião da EgyptAir que caiu em maio passado no mar Mediterrâneo confirmou a detecção de fumaça – informaram os investigadores egípcios nesta quarta-feira (29).

“Os dados registrados (pela caixa-preta) coincidem com os alertas do sistema automatizado de comunicações do aparelho (Acars) sobre a fumaça nos banheiros e em instrumentos de voo”, afirmou a comissão, em um comunicado, acrescentando que “partes da frente da aeronave teriam indícios de danos, devido à alta temperatura e à fuligem”


Um Airbus A320 da EgyptAir que fazia o trajeto Paris-Cairo caiu no mar entre Creta e a costa egípcia em 19 de maio. Seus 66 ocupantes morreram.

Inicialmente usada pelo Egito, a hipótese de atentado deu espaço à de incidente técnico. O aparelho emitiu dois alertas automáticos dois minutos antes da queda, assinalando que havia fumaça na cabine dos pilotos e uma falha no computador que gerencia os comandos.

As duas caixas-pretas foram resgatadas do mar Mediterrâneo, mas os cartões de memória estavam ilegíveis. Por isso, foram enviadas para os laboratórios do Escritório de Investigação de Acidentes Aéreos (BEA), na França. Esses equipamentos têm como função guardar os parâmetros técnicos de voo (Flight Data Recorder, FDR) e gravar as conversas na cabine do piloto (Cockpit Voice Recorder, CVR).

Na segunda-feira (27), a comissão egípcia anunciou que a caixa com os parâmetros de voo havia sido “reparada com sucesso” pelos técnicos franceses. Já a caixa com a gravação das conversas dos pilotos ainda está sendo consertada.

UOL

Em quatro horas, Dilma arrecada mais de R$ 66 mil em vaquinha para pagar viagens

Duas amigas da presidenta afastada Dilma Rousseff da época da ditadura militar iniciaram hoje (29) uma campanha virtual para arrecadar dinheiro para custear as despesas com os deslocamentos da petista pelo país em aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB).

No início de junho, o presidente interino, Michel Temer, limitou o uso de aviões da FAB por Dilma apenas para deslocamentos de Brasília a Porto Alegre (RS), onde mora a família da presidenta afastada. Esta semana, no entanto, a Justiça Federal do Rio Grande do Sul autorizou Dilma a usar as aeronaves da FAB em viagens pelo país, desde que os custos sejam ressarcidos por ela ou pelo PT.

Idealizada por Guiomar Silva Lopes e Maria Celeste Martins, contrárias ao impeachment, a vaquinha virtual foi batizada de Jornada pela Democracia – Todos por Dilma, e tem como objetivo arrecadar R$ 500 mil até agosto. Em quatro horas de campanha, 746 pessoas já haviam feito doações e o total arrecadado chegou a mais de R$ 66 mil.

Recompensa

Quem contribuir com mais de R$ 10 receberá uma foto oficial autografada em versão digital, um vídeo de agradecimento, além de citação no site da presidenta afastada.

No vídeo de apresentação da campanha, Celeste conta que conheceu Dilma em 1969, na clandestinidade. Já Guiomar conhece Dilma desde 1970, quando foi presa e torturada pelo regime militar. “Conheço a Dilma de longa data. É uma das pessoas mais íntegras que eu conheço. A luta que ela vem desenvolvendo na retomada do seu mandato merece todo apoio que se possa dar”, diz Celeste.

“As medidas coercitivas em relação à presidenta Dilma são absurdas, ilegais. Como é que um governo como esse tira qualquer direito, inclusive de mobilidade, da presidenta? A gente está aqui para compor e reforçar as atitudes e lutas no sentido de repor o governo legítimo da presidenta Dilma”, acrescenta Guiomar.

A assessoria de Dilma disse que “saúda” a iniciativa das amigas da presidenta afastada.

A campanha está hospedada na plataforma de crowdfunding Catarse e aceita doações apenas de pessoas físicas residentes no Brasil. De acordo com o site, 13% serão repassados para a própria plataforma, 4% para pagamento de impostos e o restante do valor arrecadado (83%) será usado para pagamento de despesas com deslocamento da presidenta Dilma. A prestação de contas será apresentada, periodicamente, no site www.dilma.com.br.

Agência Brasil

Lâmpadas incandescentes deixam o mercado nacional no dia 1° de julho

Lâmpada incandescente  (Foto: Marcello Casal/Agência Brasil)

PROIBIÇÃO DE VENDA DE LÂMPADA INCANDESCENTE COMEÇA A VALER EM JULHO (FOTO: MARCELLO CASAL/AGÊNCIA BRASIL)

As de 60 W, que eram as mais usadas, já estão proibidas desde 2015.Comerciante que descumprir pagará multa de R$ 100 a R$ 1,5 milhão.

Começa a valer na sexta-feira (1º) a proibição de venda de lâmpadas incandescentes com potência de 41 a 60W que não atenderem os níveis mínimos de eficiência energética, informou nesta quarta-feira (29) o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). O órgão será quem fiscalizará o mercado.

A fiscalização será feita no varejo, e os comerciantes que não atenderem à legislação estarão sujeitos a penalidades previstas em lei, com multas que variam de R$ 100 a R$ 1,5 milhão, ainda de acordo com o Inmetro.

Também na sexta, entra em vigor o prazo para restrição da fabricação e importação de lâmpadas de 25 a 40W, que terão de atender novos índices de eficiência.

No entendimento do Inmetro, tecnicamente, é o fim da presença das lâmpadas incandescentes no mercado.

“Apesar de as lâmpadas de 25W a 40W terem prazo de até junho de 2017 para deixarem do mercado, elas não conseguem atingir os novos níveis de eficiência estabelecidos para junho de 2016. Portanto, tecnicamente é o fim das incandescentes”, explicou o instituto.

A substituição deste tipo de lâmpada está sendo feita de forma gradativa desde 2014. As de 60 W, que eram as mais usadas, já não podem mais ser comercializadas desde junho de 2015. As acima de 75W e 100W deixaram de ser comercializadas em 30 de junho de 2014.

A mudança atende a cronograma estabelecido pelo governo em portaria de 2010, que fixou índices mínimos de eficiência luminosa para fabricação, importação e comercialização das lâmpadas incandescentes de uso geral em território brasileiro.

“Em 2010, 70% dos lares brasileiros eram iluminados por lâmpadas incandescentes. Hoje, esse número inverteu. Agora, somente 30% das residências usam as incandescentes, que deixarão de ser comercializadas no Brasil, seguindo uma tendência mundial recomendada pela Agência Internacional de Energia”, disse em nota o responsável pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem, Marcos Borges.

Lâmpadas mais econômicas

O Inmetro recomenda que, na falta das lâmpadas incandescentes, o consumidor opte pelas fluorescentes compactas. Segundo o Instituto, elas duram de 8 a 10 vezes mais e consomem 4 vezes menos energia que as incandescentes ou as lâmpadas LED, que os fabricantes indicam durar 25 mil horas ou mais.

G1

Falta de vagas permitirá a preso regime mais brando, confirma STF

rupo de detentos em um cela em presídio do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA)

GRUPO DE DETENTOS EM UM CELA EM PRESÍDIO DO COMPLEXO PENITENCIÁRIO DE PEDRINHAS, EM SÃO LUÍS (MA)

O STF (Supremo Tribunal Federal) confirmou nesta quarta-­feira (29) entendimento fixado pelo tribunal de que o sentenciado deve cumprir a pena em regime mais benéfico sempre que não houver vaga em unidade prisional. Isso porque a superlotação não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional mais rigoroso. Os ministros aplicaram essa tese numa chamada súmula vinculante –espécie de norma que se aplica a todo poder público.

O texto aprovado diz que a “falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso”. A situação de cada preso será definida, no entanto, pelo juiz da execução penal, que terá que avaliar situações como a periculosidade do preso e o tempo de condenação.

Por esse entendimento, por exemplo, a falta de vagas no sistema penitenciário pode levar o condenado para a prisão domiciliar com monitoramento eletrônico. Os ministros sugerem ainda medidas alternativas para tentar resolver a questão, como a abertura de vagas no regime semiaberto mediante a saída antecipada de detentos que estejam mais próximos da progressão do regime (e que serão colocados em liberdade monitorada eletronicamente) e a conversão em penas restritivas de direitos e/ou estudo para os apenados em regime aberto.

FOLHAPRESS

José Dirceu se torna réu pela segunda vez na Operação Lava Jato

DIRCEU E DUQUE JÁ FORAM CONDENADOS EM OUTROS PROCESSOS DA LAVA JATO (FOTO: REPRODUÇÃO/TV GLOBO E MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL)

DIRCEU E DUQUE JÁ FORAM CONDENADOS EM OUTROS PROCESSOS DA LAVA JATO (FOTO: REPRODUÇÃO/TV GLOBO E MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL)

Processo diz respeito à 30ª fase que investigou compra de tubos da Petrobras. Mais 6 também viraram rés, entre elas o ex-diretor da estatal Renato Duque.

O juiz Sérgio Moro, responsável pelas ações penais da Operação Lava Jato na primeira instância, aceitou nesta quarta-feira (29) denúncia contra o ex-ministro José Dirceu e mais seis pessoas, entre elas o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o irmão de Dirceu. Os demais réus são empresários. Todos são acusados de envolvimento em crimes cometidos na estatal.

Esta é a segunda ação relacionada à Lava Jato que tem Dirceu como réu. Na primeira, ele foi condenado 20 anos e 10 meses de prisão e recorre da decisão. Renato Duque também tem condenação. Ele recebeu pena de 20 anos e 8 meses de prisão, em regime fechado.

São réus:

– Carlos Eduardo de Sá Baptista (administrador da Apolo Tubulars) – Corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
– Eduardo Aparecido de Meira (dono da construtora Credencial) – lavagem de dinheiro
– Flávio Henrique de Oliveira Macedo (sócio da construtora Credencial) – lavagem de dinheiro.
– José Dirceu (ex-ministro da Casa Civil) – lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
– Luiz Eduardo de Oliveira e Silva (irmão de José Dirceu) – lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
– Paulo César Peixoto de Castro Palhares (administrador da Apolo Tubulars)- corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
– Renato de Souza Duque (ex-diretor de Serviços da Petrobras)- lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

A denúncia contra o grupo foi apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) nesta terça-feira (28) e diz respeito a um desdobramento da 30ª etapa da Lava Jato, que foi batizada de Operação Vício. Os procuradores pediram à Justiça que os denunciados paguem R$ 25,6 milhões.

O advogado Roberto Podval, que defende José Dirceu, informou que espera ser intimado oficialmente pela Justiça para se manifestar sobre o assunto. O advogado Roberto Brzezinski, defensor de Renato Duque, não atendeu à ligação do G1, que também tenta contato com os demais advogados. A partir de agora, a defesa tem dez dias para se posicionar nos autos do processo.

Alguns dos réus estão presos. É o caso de Dirceu e Duque, que estão no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, e de Flávio Henrique de Oliveira e Eduardo Aparecido de Meira, que estão detidos na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba.

As suspeitas
De acordo com o MPF, Duque ajudou uma empresa de tubos a fechar um contrato com a Petrobras, em troca de R$ 7 milhões em propina.

Os procuradores dizem que o contrato deveria custar R$ 255.798.376, para o fornecimento de tubos para a estatal. No entanto, com a intervenção de Duque, o valor final pago chegou a R$ 450.460.940,84.

A denúncia não diz exatamente quando a negociação aconteceu. Os procuradores acreditam que tudo tenha se passado entre os anos de 2009 e 2012.

Conforme o MPF, os donos da empresa Apolo Tubulars procuraram o empresário Júlio Camargo, com o objetivo de negociar com a estatal. Eles sabiam do trânsito que Camargo tinha com a diretoria da Petrobras.

Camargo então os apresentou a Duque, que teria solicitado a propina. De acordo com a denúncia, Duque foi indicado para o cargo na Petrobras pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Ele atuava na Diretoria de Serviços da estatal.

Os procuradores dizem que Júlio Camargo intermediou toda a negociação e recebeu o dinheiro em nome de Duque. Conforme a denúncia, ao final da transação, o ex-diretor da Petrobras solicitou a Camargo que repassasse ao ex-ministro da Casa Civil a parte que lhe cabia de propina. Segundo os cálculos do MPF, Dirceu teria recebido cerca de R$ 2,1 milhões.

No entanto, Dirceu não teria recebido todo o dinheiro em espécie. Os procuradores acreditam que, em vez disso, Camargo custeou despesas do uso de duas aeronaves para o ex-ministro. A outra parte, num total de R$ 688 mil, foram pagos por um falso contrato, cujas parcelas foram quitadas entre março e julho de 2012.

Júlio Camargo não foi denunciado. No despacho desta quarta-feira, Moro cita que o investigado tem acordo de colaboração premiada com o MPF e já atingiu pena máxima prevista no acordo.

Dirceu e Duque condenados
Dirceu e Duque já foram condenados em processos decorrentes da Operação Lava Jato. O ex-ministro foi condenado em maio deste ano a 23 anos e três meses de prisão.

No entanto, o juiz Sérgio Moro entendeu que se equivocou ao calcular a pena do ex-ministro, pois havia desconsiderado que ele já tem mais de 70 anos de idade e, portanto, tem direito a redução da pena. Com isso, ele acabou condenado a 20 anos e 10 meses de prisão. O ex-ministro recorreu da sentença.

Renato Duque foi condenado em setembro de 2015. Ele recebeu pena de 20 anos e 8 meses de prisão, em regime fechado. A Justiça Federal considerou que ele cometeu os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

G1

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