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Eudo Rodrigues Leite, Ivanildo Alves da Silveira e Iadya Gama Maio vão disputar o comando do MP/RN

PROMOTOR DE JUSTIÇA EUDO RODRIGUES LEITE.

PROCURADORA DE JUSTIÇA IADYA GAMA MAIO

PROMOTOR DE JUSTIÇA IVANILDO ALVES DA SILVEIRA

Três membros do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) protocolaram dentro do prazo, até a última sexta-feira (17), requerimentos de inscrições para concorrer à eleição para formação de lista tríplice com vista ao preenchimento do cargo de procurador-geral de Justiça. A relação dos inscritos ao pleito para o cargo de PGJ para o biênio 2017/2019, formada pelos promotores de Justiça Eudo Rodrigues Leite e Ivanildo Alves da Silveira, e pela procuradora de Justiça Iadya Gama Maio será publicada amanhã no Diário Oficial do Estado (DOE).

A eleição para procurador-geral de Justiça, na qual podem votar os integrantes da carreira do MPRN, ou seja, todos os promotores e procuradores de Justiça em atividade, será realizada no dia 17 de abril, no horário das 8 às 14 horas, na sede da PGJ, no bairro de Candelária, em Natal, e na sede das promotorias de Justiça de Mossoró, no bairro Presidente Costa e Silva.

Para o acatamento de inscrição ao pleito, o candidato precisava obedecer a alguns pré-requisitos como ter mais de 35 anos de idade; mais de dez anos de carreira no MPRN, além de estar no pleno exercício de atividade funcional nos 90 dias anteriores à data de inscrição.

Pelo cronograma de atividades divulgado pela Mesa Eleitoral, a partir de amanhã (21) até a próxima quinta-feira (23) será o prazo para eventuais recursos às inscrições. Na próxima sexta-feira (24) é a data prevista para publicação da homologação das inscrições definitivas.

Por ordem cronológica, fizeram inscrição o promotor de Justiça Eudo Rodrigues Leite (Processo nº 15.586/2017-PGJ), titular da 22ª promotoria de Justiça de Natal, com atribuições na defesa do patrimônio público; a procuradora de Justiça Iadya Gama Maio (Processo nº 17.705/2017-PGJ),  titular da 7ª procuradoria de Justiça, com atribuições na defesa do patrimônio público, tutela de fundações e entidades de interesse social e defesa dos direitos da pessoa com deficiência e idoso, que tem atuação perante a 3ª Câmara Cível; e o promotor de Justiça Ivanildo Alves da Silveira (Processo nº 17.844/2017-PGJ), titular da 73ª promotoria de Justiça de Natal, com atuação plena perante as Varas de Família da Comarca de Natal e, extrajudicialmente, em matéria de cidadania e direitos humanos afetos à família, na defesa da parentalidade responsável, especialmente na investigação de paternidade e maternidade, na promoção da gratuidade dos exames de DNA, e na promoção da decretação de nulidade de casamento.

O cargo é de nomeação do governador do Estado e a posse do procurador-geral de Justiça para o biênio 2017/2019 está prevista para o dia 19 de junho.

Agentes penitenciários enviam, Ofício para o governador, alertando para o “altíssimo risco” de juntar presos de facções criminosas rivais

O SINDASP/RN DZ QUE RESPONSABILIDADE RECAIRÁ ÚNICA E EXCLUSIVAMENTE SOBRE O GOVERNO DO ESTADO

O Sindicato dos Agentes penitenciários do Rio Grande do Norte (SINDASP/RN) protocolou um ofício para o Governador Robinson Faria, nesta segunda-feira (20), alertando para o “altíssimo risco” nos desdobramentos da operação que juntou presos de facções criminosas rivais no Pavilhão 5 de Alcaçuz. A operação da Força Tarefa de Intervenção Penitenciária, do Ministério da Justiça, foi realizada nesta manhã e transferiu cerca de 800 detentos dos pavilhões 1, 2 e 3 para o Pavilhão 5.

Confira abaixo o ofício do Sindasp-RN:

Oficio nº 000/2017-SINDASP/RN

Natal, 20 de março de 2016.

Ao Excelentíssimo Senhor ROBINSON FARIA

Governador do Estado do Rio Grande do Norte

NATAL-RN

Senhor Governador,

Ao cumprimentar Vossa Excelência, o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Rio Grande do Norte – SINDASP/RN vem por meio deste, respeitosamente, expor nossas motivações sobre a operação que se deu início pela Força Tarefa de Intervenção Penitenciária do Ministério da Justiça na madrugada desta segunda-feira no Complexo de Alcaçuz.

Cabe aqui destacar que tanto este Sindicato como todos os Agentes Penitenciários do Estado do Rio Grande do Norte, somos os primeiros apoiadores da retomada do controle das unidades prisionais do Estado e combate rigoroso as facções criminosas que atuam nos presídios estaduais, visto que essa sempre foi a nossa bandeira, bem como, fizemos inúmeras advertências para o aumento do fortalecimento das facções dentro das unidades.

Quanto a operação que foi deflagrada hoje pela FTIP do MJ, que retirou todos os presos da Penitenciária Estadual de Alcaçuz (mais de 800 presos) levando-os para a Penitenciária Estadual Rogério Coutinho Madruga onde já estão confinados cerca de 440 presos, perfazendo um total de mais de 1200 apenados.

A retirada de todos os presos da Penitenciária Estadual de Alcaçuz tem como objetivo dar início as obras de recuperação da unidade que teve todos os pavilhões, cozinha e outros setores quase que completamente destruídos durante os dias de motim que se estendeu entre os dias 14 a 27 de janeiro de 2017.

Importa ressaltar que a recuperação da Penitenciária Estadual de Alcaçuz deve ser realizada pelo Estado, bem com a sua retomada, visto que os apenados até o presente momento ainda não foram responsabilizados pelos danos causados durante os dias de motim.

Embora seja evidente a necessidade de reconstrução da referida unidade prisional, a operação idealizada pela FTIP do Ministério da Justiça trata-se de uma operação de ALTÍSSIMO RISCO, não pelo fato de confinar no mesmo ambiente presos da facção PCC juntamente com presos da facção SCRN.

Trata-se de uma operação de ALTÍSSIMO RISCO em face dos desdobramentos para o que poderá acontecer para além do Complexo de Alcaçuz. Na perspectiva de segurança dentro do referido complexo, não há dúvida que o pessoal que compõem a FTIP tem plenas condições de manter a ordem, disciplina e segurança. Serão mais de 100 agentes altamente treinados e que irão permanecer no local realizando vigilância aproximada 24 horas por dia, diminuindo o risco de novos confrontos entre as facções.

Mesmo assim, é importante advertir para o que poderá ocorrer em outras unidades prisionais do Estado. É do conhecimento de todos que todas as demais unidades do Estado estão em condições de vulnerabilidade, sem estrutura, sem pessoal e efetivo suficiente e todas estão com superlotação de presos. Em piores condições se encontram os 20 (vinte) Centos de Detenção Provisória, todos superlotados e sem nenhuma estrutura para manter os mais de 1800 presos que hoje essas unidades estão custodiados, bem como a Penitenciária agrícola Mário Negócio, onde dispomos da pior estrutura prisional do estado, que custodia as duas facções, onde já chegaram a deflagrar o confronto entre pavilhões e no semiaberto, como também invasão de criminosos de fora da unidade.

Os efeitos colaterais que essa operação pode suscitar foram explanados pela Seção de Inteligência da SEJUC e também pela Coordenadoria de Administração Penitenciária. Contudo, em nenhum momento estes setores do Sistema Penitenciário do Estado, tampouco a própria SEJUC, órgão que administra o Sistema Penitenciário Estadual, bem como, os diretores das Casas Penais envolvidas, foram sequer convocados para opinar sobre tal operação, sendo uma decisão da Força Tarefa do Ministério da Justiça e prontamente encartada pelo Governo do Estado.

Queremos deixar claro que não somos contra tais medidas, mas excluir setores importantes e que conhecem o nosso Sistema Penitenciário, desprezando os alertas para os possíveis efeitos colaterais, julgamos não ser esse o melhor caminho a ser seguido ou a melhor decisão.

Além da probabilidade de uma nova onda de rebeliões tal qual aconteceu em março de 2015, e ainda de outros atentados conforme ocorreu em janeiro desse ano, o que mais nos preocupa é a vidas dos nossos servidores que já estão em constante perigo, visto que esse é o nosso bem mais precioso.

Em sendo assim, o SINDASP/RN ficará na expectativa de que tudo ocorra dentro da normalidade e que a operação tenha sucesso, contudo, ADVERTIMOS que os possíveis efeitos que essa operação poderá desencadear conforme os alertas de setores do Sistema Penitenciário local, a responsabilidade recairá única e exclusivamente sobre o Governo do Estado.

Na oportunidade, renovamos votos de máxima admiração, distinto apreço e imensurável respeito.

Respeitosamente,
Vilma Batista

Presidente do SINDASP/RN

Em Mossoró, concessionária e montadora de veículos são condenadas por venda de carro defeituoso

O JUIZ JOSÉ HERVAL SAMPAIO JÚNIOR CONDENOU AS EMPRESAS CANAL DO AUTOMÓVEIS LTDA. E FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA.,  A PAGAREM A UMA CONSUMIDORA, A QUANTIA DE R$ 12 MIL,

O juiz José Herval Sampaio Júnior, da 2ª Vara Cível de Mossoró, condenou as empresas Canal do Automóveis Ltda. e Ford Motor Company Brasil Ltda., solidariamente, a pagarem a uma consumidora, a quantia de R$ 12 mil, à título de indenização por danos morais, valor esse atualizado com juros e correção monetária.

Na ação judicial a autora relatou que comprou um veículo Fiesta Hatch 1.6, de marca Ford na loja da Canal Automóveis, que é concessionária autorizada da montadora na cidade de Mossoró. Alegou ainda em poucos meses de uso o veículo apresentou anormalidades como: barulho atípico nas rodas traseiras, forte odor oriundo do motor, baixa no nível de óleo, engasgos no motor e luzes de alerta da injeção eletrônica acesas.

Afirmou ainda que levou por várias vezes o carro para assistência técnica em razão desses problemas, tendo, por último, explodido no momento do manuseio pelos mecânicos. Denunciou que a concessionária Canal Automóveis não arcou com sua responsabilidade de fornecedora, orientou-a tão somente a procurar o seguro ou a Ford.

Assegurou que, passados mais de um ano entre o sinistro e o respectivo pagamento de um seguro que foi contratado à parte, houve demora excessiva na resolução do problema, havendo a Ford somente providenciado um carro de aluguel por curto período de tempo. Tais percalços, no seu entender, acarretou-a danos em sua esfera moral.

Defesa das empresas

A Ford alegou que os vícios verificados no automóvel não decorrem da fabricação e que jamais ocorreu situação semelhante em outros veículos. Afirmou ainda não ser parte legítima para responder à causa, inexistência de provas e nexo causal, bem como pela não configuração de danos morais.

Já a Canal do Automóveis alegou incoerência de nexo de causalidade entre dano e sua conduta. Afirmou ainda que não ficou evidenciado dano moral, pois os fatos narrados pelo autor limitam-se à esfera dos desconfortos previsíveis nas transações comerciais e que não atingem a esfera íntima relativa aos direitos da personalidade, sendo mero descumprimento contratual.

Julgamento do caso

Quando analisou o processo o magistrado considerou a relação entre as partes como uma relação de consumo, e nesse passo, considerou que tanto a concessionária quanto a empresa fabricante respondem solidariamente sobre os vícios do produto, tendo em vista que por meio dessas empresas foi adquirido o automóvel em questão. “Assim, é cabível a aplicação da responsabilidade solidária entre as demandadas, devendo ser afastada a alegação de ausência de responsabilidade das duas rés”, entendeu.

Para ele, ficou claro que o vício é de fabricação, haja vista que os modelos da mesma linha apresentavam semelhantes falhas em diversos veículos, chegando, inclusive, a concessionária a comunicar a taxa excepcional de reclamações por partes de outros clientes. “Outrossim, fica provado a ciência da fabricante (Ford) de casos assemelhados envolvendo os veículos que pôs no mercado”, comentou.

Quanto a questão dos danos morais, o juiz entendeu que, o fato da autora ter sofrido com problemas no veículo novo, a partir do primeiro mês de uso, inclusive originando diversas idas dela até assistência técnica (sem solução do problema, tendo o veículo explodido naquele local), sem sequer resolver o problema, caracterizam dano moral indenizável, conforme vasta jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.

Vídeo de Lula na Paraíba: ‘eles que peçam a Deus para eu não ser candidato em 2018’

Os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff viajam para Monteiro-PB ao lado do governador Ricardo Coutinho (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)
O ex-presidente Lula falou como candidato ao pleito de 2018 em palanque na cidade paraibana de Monteiro neste domingo (19). Em “cerimônia extraoficial” de inauguração do eixo leste da transposição do rio São Francisco, Lula reivindicou a paternidade da obra.

“Dilma e eu temos orgulho de dizer: nós somos o pai, mãe, irmão, tio, primo e sobrinho da transposição das águas do São Francisco”, disse. Na semana passada, o presidente Michel Temer realizou a inauguração oficial e afirmou que “a paternidade [da obra] é do povo brasileiro e do povo nordestino”.

Acompanhado por petistas como a ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, o presidente do PT Rui Falcão e a senadora Gleisi Hoffman, Lula disse que “está longe de definir candidatura”, e que só poderia fazê-lo com aprovação do PT. Mas provocou: “Eles que peçam a Deus para eu não ser candidato. Se eles quiserem brigar comigo, eu vou brigar com eles nas ruas desse país”.

No mesmo evento, Dilma acusou a Lava Jato de promover um “segundo golpe”. “O objetivo é impedir que candidatos populares sejam colocados à disposição do povo. O Lula é esse candidato”, discursou.

Fonte: Veja.COM/Conversa Afiada/G1/PB

PF criticada: ‘Operação criou discurso irresponsável’ sobre carne, diz presidente de associação

O PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PROTEÍNA ANIMAL, FRANCISCO TURRA

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o ex-ministro da Agricultura e presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), que representa produtores e exportadores de carne suína e de frango, Francisco Sérgio Turra afirma que a repercussão da Operação Carne Fraca, deflagrada na sexta (17) pela Polícia Federal, foi “exagerada” e deu a impressão de que a carne brasileira é toda fraudada.

“Foi muito forte esse discurso irresponsável, fruto de um levantamento ainda incompleto da própria operação [da Polícia Federal]”, afirmou em entrevista à Folha.

Segundo ele, os produtores brasileiros mantêm padrões de qualidade elevados e as falhas identificadas pelas autoridades não pegam 0,5% do setor. Para Turra, os empresários brasileiros terão trabalho, mas será possível reverter o dano de imagem.

Folha – Há risco de enfrentarmos um problema de segurança alimentar?

Francisco Sérgio Turra – Não. Ao contrário, o Brasil está preparado para ser uma reserva de alimentos para o mundo. Estamos nos capacitando cada vez mais.

A operação colocou em dúvida a qualidade da carne produzida no Brasil. Como o setor planeja reagir?

O que tem de haver é um forte esclarecimento à população. Temos 99,5% do setor absolutamente em dia, oferecendo produtos saudáveis, dentro do padrão de conformidade aqui e lá fora. Nem 0,5% tem falhas.

As falhas detectadas pela operação precisam ser abolidas, os agentes envolvidos, punidos. Não é toda uma marca que está em jogo, não é toda uma empresa que está em jogo. São exceções pontuais envolvendo algumas marcas.

Não dá para a gente generalizar e vender a imagem de que tudo é ruim, de que tudo é corrupto, corrompido e corruptível. Para abrir mercado lá fora, a média tem sido de quase dez anos de luta. A maior injustiça do mundo é jogar na lata do lixo todo esse trabalho, denegrindo o esforço de muitos durante décadas.

A Polícia Federal identificou empresas oferecendo vantagens para afrouxar a fiscalização. Temos um problema no sistema de controle do país?

Há agentes do Ministério da Agricultura cumprindo seu dever e eles são a absoluta maioria. A imagem do Brasil, da proteína brasileira, é impecável lá fora. Temos 36% de toda a exportação mundial de frango. Exportamos carne suína para vários países.

Somos os maiores exportadores de carne bovina. É um absurdo nivelar tudo, generalizar, vender a ideia de que no Brasil nada presta, de que tudo é podridão, é errado, nada está na conformidade da lei. Quando é justamente ao contrário: somos o país que tem a melhor biosseguridade.

O que dá a certeza de que o sistema de inspeção funciona?

Além da proteção da nossa inspeção, somos submetidos à inspeção de vários outros técnicos de países importadores que vêm vistoriar o país continuamente. Esses acontecimentos atuais nos farão aprimorar ainda mais o nosso sistema de vigilância.

O senhor acredita que o estrago já tenha sido feito diante da repercussão da operação?

Os mercados lá fora questionarão e exigirão os esclarecimentos, mas acredito que estarão conosco tal é o conceito que o Brasil tem no exterior. Por exemplo: nós exportamos frango para o Japão e para a União Europeia e os americanos não conseguem entrar nesses mercados.

Vejo que o estrago está feito no sentido de que a imagem está arranhada e o mercado interno está cheio de dúvidas. Mas o fundamento nosso e a credibilidade se baseiam nas missões técnicas internacionais que vêm aqui, nos projetos de imagem, de trazer jornalistas de fora para conhecer nosso sistema e a cadeia toda.

No Brasil, para uma empresa se adequar à legislação, ela tem de cumprir a legislação ambiental, o codex alimentarius [conjunto de regras internacionais para produção de alimentos e segurança alimentar], estar em conformidade com todos os preceitos.

A PF investiga a BRF e JBS, mas a maior parte dos alvos são empresas de menor porte. A ABPA, em conjunto com a Abiec (produtores de carnes), já mapeou a fatia de mercado desses frigoríficos menores?

Na BRF e na JBS [donas das marcas Friboi e Sadia, respectivamente], trata-se de casos isolados. Não é a marca ou a empresa que falhou e praticou irregularidades. São agentes privados e públicos numa conivência criminosa, mas é algo bem pontual.

É uma amostra pequena, de uma ou outra unidade. A JBS tem 120 unidades no Brasil. A BRF tem 35. Aconteceu algum deslize e irregularidade em dois estabelecimentos aqui e um ali. Ou seja, é uma amostra muito pequena, um universo muito restrito dentro dessas empresas. Não se deveria macular a imagem delas. Matematicamente, é um absurdo condenar uma marca por isso.

No caso dos menores, a expressão é pequena. Não fizemos ainda esse mapeamento, mas diria diria com certeza que todos juntos têm fração extremamente pequena do mercado doméstico.

O Ministério da Agricultura trabalha com funcionários cedidos pelos frigoríficos. É regulamentado, mas não é um claro conflito de interesses?

Essa prática acontecia em maior escala no passado. Hoje já é até menor graças à luta toda. É uma prática que realmente não é bem-vista na União Europeia e em muitos mercados. Mas acontece, porque, para poder funcionar [a fiscalização], principalmente em regiões mais distantes, as empresas e os frigoríficos tiveram de ceder funcionários ao governo. Na ABPA, batemos muito na tecla da necessidade de ampliar o número de concursos para ficar menos promíscua essa relação.

O embaixador da União Europeia no Brasil falou da possibilidade de o bloco impor restrições à importação de carne. O setor deve sofrer sanções?

Acredito que a gente tenha argumentos sólidos para fazer com que isso não venha a acontecer. Mas é tão grande a generalização feita aqui no Brasil que atenta contra isso. Foi algo exagerado, dando a impressão de que carne brasileira é toda fraudada, nada é confiável. Foi muito forte esse discurso irresponsável, fruto de um levantamento ainda incompleto da própria operação [da Polícia Federal].

A operação é positiva. Nada contra ela, mas, na medida em que você deixa no ar algumas coisas, abre espaço para cada um tirar uma conclusão. Por isso, deveria haver um resultado rápido sobre quem errou e qual foi a prática e então punir os que estão envolvidos.

Qual o impacto para o Brasil caso a União Europeia decida restringir a importação?

Não é apenas o mercado europeu. É o efeito sobre os outros. A UE é referência. Nós exportamos para muitos países porque exportamos para a UE, que é um mercado exigente. Tem país que nem veio visitar o Brasil, mas você, se exporta para a União Europeia, eles dizem que então vão autorizar as mesmas unidades habilitadas pelos europeus.

Se tudo for posto agora e esclarecido agora, a sangria será muito menor e os esclarecimentos serão facilmente absorvidos. Quanto mais demorarmos para reagir, se esperarmos passivamente, mais prejuízo teremos. Temos de ser rápidos.

Os outros países produtores podem usar esse momento para bloquear a carne do Brasil ou tentar reduzir preços nas negociações?

Não acredito. Tenho segurança de que não vai haver retaliações. Dará trabalho, mas vamos reverter essa situação criada. [O estrago inicial] foi fruto de desinformação e de um equívoco.

Os encontros de hoje [domingo, 19] em Brasília mostraram que os representantes dos países que participaram da reunião com o presidente Michel Temer vão passar uma impressão de tranquilidade para seus países.

Rodízio com embaixadores: churrascaria que serviu Temer usa carne de empresa investigada

A churrascaria Steak Bull, que recebeu uma comitiva do presidente Michel Temer na noite deste domingo, tem entre seus fornecedores uma das empresas investigadas pela Operação Carne Fraca, da Polícia Federal.

O presidente foi ao local após uma reunião para avaliar o impacto das investigações no Palácio do Planalto, acompanhado de embaixadores de países que mais importam carnes brasileiras.Todos os cortes servidos na casa são de origem nacional, de acordo com o gerente, Paulo Godoi.

Segundo ele, as carnes são compradas da Marfrig, Minerva e da JBS.

No entanto, após a operação, Godoi afirmou que pediu a redução de compras da JBS —que responde por 20% do fornecimento do estabelecimento.

“Eles tinham um centro de distribuição em Brasília, mas não têm mais. Ficou difícil a logística e diminuímos para 20%. Nunca tivemos problema de qualidade com nenhum dos nossos fornecedores”, disse Godoi à Folha.

“Mas não estou defendendo uma empresa ou outra. Até por isso, após a operação, na sexta-feira mesmo fiz um pedido para procurarmos outros fornecedores e reduzirmos a parte da JBS”, completou.

Segundo o gerente, a churrascaria às vezes também compra picanha australiana, dependendo dos preços no mercado, o que rendeu uma brincadeira do presidente com os funcionários.

“A compra da picanha australiana é feita em momentos oportunos de preço menor, com qualidade igual”, disse Godoi.

“Ele brincou, perguntou e disse que a carne brasileira é muito melhor que a australiana e disse para valorizarmos o produto nacional. Deu tudo certo, foi legal terem vindo.”

Além de picanha, o presidente se serviu de alcatra, fraldinha, linguiça e carne de cordeiro.

A comitiva de 54 pessoas movimentou o restaurante. Na sexta (17), dia em que a operação foi deflagrada, a procura foi abaixo do normal.

“Quando saiu a notícia da operação na sexta, o movimento foi bem abaixo do esperado. No sábado, voltou um pouco e hoje foi normal”, afirmou o gerente.

Horas após fazer um pronunciamento minimizando as investigações da Polícia Federal que deram base à operação disse que a corporação agiu de forma “integrada com o Ministério da Agricultura” e negou acreditar em exageros por parte da PF.

O convite para o jantar foi feito aos embaixadores que estiveram com o presidente no Palácio do Planalto esta tarde.

O jantar, que durou cerca de uma hora, foi regado a vinho argentino e caipirinha, bebida tipicamente brasileira que o presidente saboreou.

Sentado entre os representantes de China e Angola, lugares escolhidos por ordem de chegada, Temer tentou passar um ar de normalidade em relação à situação da carne brasileira.

Disse, ao final, que a adesão dos embaixadores e representantes de países a seu convite mostra que eles “entenderam perfeitamente a mensagem”.

“Vão advogar junto a seus países no sentido de divulgar a tranquilidade em relação ao consumo da carne brasileira. Não é para causar um terror que está-se imaginando”, afirmou ao deixar o local.

Dos 33 representantes de países presentes na reunião no Planalto, 27 aceitaram o convite. As despesas foram pagas pelo Palácio do Planalto. A conta total saiu por cerca de R$ 14 mil, mas apenas uma parte desse valor foi pago pelo governo.

O buffet da churrascaria custa R$ 119, sem bebidas. Conforme a gerência da churrascaria, não foi acertado um valor especial para a visita presidencial. A assessoria da presidência afirmou que os custos finais só serão informados nesta segunda (20).

Os ministros da Agricultura, Blairo Maggi, da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco também compareceram. Contudo, cada um bancou o custo do próprio jantar, bem como os demais presentes, como o deputado Nilson Leitão (PSDB-MT).

O gesto de Michel Temer foi uma tentativa de reduzir os impactos negativos da operação da PF, indiretamente criticada neste domingo pelo governo.

Mais cedo, Blairo Maggi afirmou em conversa com a imprensa que as PF cometeu erros técnicos durante a investigação que embasou a Carne Fraca, uma vez que aponta problemas situações previstas por leis e regulamentos do setor.

Antes de deixar o restaurante, o presidente ainda passou na mesa de uma família sentada ao lado da sua e, em seguida, tirou foto com todos os garçons do local.

SUSPEITAS

Maior empresa do setor, a JBS não tem por ora acusação de que chegou a vender produtos com irregularidades. Segundo a PF, um funcionário da Seara, controlada pela JBS, tinha relação “quase societária” com lideranças do esquema de fraudes descoberto e agraciava fiscais com lotes de carne e dinheiro, em troca de favores.

A Big Frango, que também é da JBS, é colocada pela PF como suspeita de corrupção. O pedido de busca e apreensão é justificado pela polícia para procurar “outros elementos que evidenciem irregularidades nos produtos produzidos e comercializados pela empresa”.

Fonte: Folha de São Paulo

Garibaldi e Walter visitam região Central do RN no dia de São José

SENADOR GARIBALDI ALVES FILHO E O DEPUTADO FEDERAL WALTER ALVES MARCARAM PRESENÇA NAS FESTIVIDADES DA PARÓQUIA DE SÃO JOSÉ, EM ANGICOS

O senador Garibaldi Alves Filho e o deputado federal Walter Alves – ambos do PMDB/RN – estiveram presentes nas festividades da paróquia de São José, em Angicos, na região Central do Rio Grande do Norte, neste domingo (19), dia dedicado ao santo. A data é celebrada pelo homem do campo e sinônimo de fé na espera de um bom inverno.

Garibaldi destacou a fé do sertanejo e a esperança em torno da chuva. “Venho todos os anos, pois sei a importância da fé do homem do campo. Na homilia do bispo Dom Jaime, ouvimos sobre a responsabilidade de São José como pai adotivo de Jesus, comparando com a atual situação pela qual passa o País e nosso papel como cidadão”, destacou.

A missa campal da manhã marca o dia de encerramento da festa, iniciada no último dia 9, e levou milhares de fiéis a praça da paróquia, mesmo debaixo de sol forte. A cerimônia foi presidida pelo arcebispo Metropolitano de Natal, Dom Jaime Vieira, e contou com a presença de sacerdotes de todas as cidades vizinhas, além do arcebispo emérito Dom Matias Patrício, o vigário de Angicos, padre Severino da Silva Neto,o prefeito de Angicos, Deusdete Gomes e o vice Miguel Pinheiro.

No início da tarde, o senador Garibaldi seguiu para o açude Pataxó, no município de Ipanguaçu, onde foi acompanhar a sangria da barragem. O Pataxó tem um papel relevante no combate a seca e agricultura irrigada no Vale do Açu.

Fórum de Turismo: palestrantes internacionais vão discutir sobre o mercado turístico europeu e argentino

 

LANÇADA DURANTE CAFÉ DA MANHÃ A PROGRAMAÇÃO DO 8º FÓRUM DE TURISMO DO RN, QUE VAI ACONTECER NOS DIAS 7 E 8 DE ABRIL

O 8º Fórum de Turismo do RN, que vai acontecer nos dias 7 e 8 de abril, no Centro de Convenções de Natal, terá em sua programação, lançada na última sexta-feira (17), palestras com nomes internacionais, que mostrarão ao público detalhes sobre o mercado turístico europeu, e qual a melhor maneira de receber os turistas estrangeiros, principalmente os da Argentina e Portugal – que contribuem para o número crescente de visitantes.

Entre os palestrantes destaca-se o especialista em turismo Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação Portuguesa de Agências de Viagem e Turismo (Apavt) e vice-presidente da Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos (ECTAA), que abordará o tema “Como otimizar oportunidades para receber o visitante português”. Na programação consta ainda as palestras “A percepção do visitante argentino sobre os destinos Natal e Pipa“, ministrada por Gabriel Sanchez, diretor da All Seasons; “Turismo Inteligente: o RN precisa entrar nessa era“, com a coordenadora nacional de Turismo do Sebrae, Graziele Villela; e a palestra com tema “O futuro dos eventos: novas tendências para o RN“, do palestrante Rodrigo Cordeiro, diretor de Congressos da MCI Brasil e presidente do Capítulo Brasileiro da MPI – Meeting Professional International.

INTERIORIZAÇÃO

Já a 3ª Feira de Municípios e Produtos Turísticos do RN (Femptur), que ocorre paralelamente ao Fórum, abrirá espaço para cultura, artesanato, gastronomia e os atrativos turísticos dos municípios. “Nós queremos que aumente o interesse de se viajar dentro do nosso próprio estado e isso só vai acontecer, se o município se mostrar atrativo. Interiorizar o turismo é a melhor forma de implementar o setor e fazer com que os potiguares conheçam novos destinos dentro do Rio Grande do Norte”, explicou . Gustavo Porpino, diretor da Argus Eventos,.

A secretária adjunta de turismo do RN, Solange Portela, representou o governo do estado na ocasião e falou sobre a importância da presença de municípios de todas as regiões na Femptur. “É um excelente momento para que as cidades do interior do estado se mostrem para Natal, o principal emissor de turistas para essas localidades. Trazer o melhor da sua cultura, gastronomia e artesanato para encantar os natalenses”, defende a secretária.

O prefeito de Maxaranguape, Luiz Eduardo, prestigiou o evento e concorda com a importância de ter o seu município representado na Femptur: “Quando se fala em fomentar o turismo, é importante que o município esteja presente em eventos como esse. A feira é uma oportunidade de mostrarmos os nossos potenciais e a qualidade dos serviços prestados em Maxaranguape”.

Outros gestores municipais prestigiaram o lançamento, como Renato de Doquinha, prefeito de São Miguel do Gostoso; e Túlio Lemos, de Macau. Além de secretários municipais, agentes de turismo; o vereador de Natal, Felipe Alves; os deputados estaduais, Hermano Morais e Tomba Farias; e o Senador Garibaldi Alves Filho.

Todos os principais destinos do RN terão estande na feira que será uma ótima oportunidade para comercialização da produção associada ao turismo, como queijos, doces, biscoitos, mel cachaças e licores, entre outros itens. Além de um espaço para o artesanato, gastronomia, apresentações culturais e exposições fotográficas.

Detento do CDP da Zona Norte é encontrado enforcado na cela, mas polícia suspeita de assassinato

GENILSON FREITAS GOMES DA SILVA PODE S TER SIDO ASSASSINADO DENTRO DA CELA

O presidiário Genilson Freitas Gomes da Silva foi encontrado morto na tarde deste sábado (18), em uma das celas do Centro de Detenção Provisória do Potengi, na Zona Norte de Natal.

A vítima estava enforcada com uma corda, porém a polícia suspeita que o detento, que cumpria pena por roubo e tráfico, foi assassinado.

Uma equipe do ITEP esteve no local e removeu o corpo até a sede do órgão.

Fonte: Na Ficha da Polícia RN

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