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Oficina discute gestão de demanda do Plano de Mobilidade Urbana

A Prefeitura do Natal, por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, realiza nesta quinta-feira (17), oficina de discussão sobre o Plano de Gestão de Demanda do Plano de Mobilidade Urbana do Município do Natal(RN). O evento será na Central do Usuário da STTU, na Avenida Esplanada Silva Jardim, 138 – no bairro da Ribeira, das 14h30 às 17h.

De acordo com a secretária da STTU, Elequicina Maria dos Santos a “proposta tem como objetivo promover um debate sobre o Plano de Gestão da Demanda e criar um conjunto de ações cujas decisões irão inferir sobre qual o modo de deslocamento que as pessoas usarão”.

Prefeitura do Natal

Síria: nova ofensiva de Assad em redutos rebeldes mata ao menos nove crianças

MEMEBROS DO RESGATE E CIVIS INSPECIONAM PILHA DE DESTROÇOS APÓS NOVA OFENSIVA DE ASSAD CONTRA REBELDES EM ALEPPO .

MEMEBROS DO RESGATE E CIVIS INSPECIONAM PILHA DE DESTROÇOS APÓS NOVA OFENSIVA DE ASSAD CONTRA REBELDES EM ALEPPO .

Pelo menos 21 pessoas, entre elas nove crianças, morreram depois que os bombardeios do governo sírio atingiram a província de Idleb e o Leste de Aleppo, na manhã desta quarta-feira. O ataque destruiu partes de um banco de sangue e de um hospital infantil dos arredores, cujos médicos e pacientes se abrigaram no porão para se protegerem da noite de bombardeios ao reduto rebelde. Um motorista de ambulância também morreu na investida que deve marcar o começo da ofensiva do presidente Bashar al-Assad ao último bastião urbano de opositores.

Trata-se do segundo dia de bombardeios, que já somam ao menos 32 vítimas na contagem de monitoradores de guerra, médicos e funcionários da emergência. Residentes relatam que a investida contou com foguetes disparados de jatos, bombas lançadas de helicópteros e artilharia do governo.

O Observatório Sírio para Direitos Humanos credita a ofensiva a aviões de guerra russos e sírios. Segundo a AFP, os russos agiram a partir do porta-aviões Almirante Kuznetsov, que chegou na semana passada às costas sírias para reforçar o dispositivo militar russo no país em guerra desde 2011. O Observatório, na província de Idleb (noroeste), lista a morte de seis civis, incluindo uma criança, em Kafar Jales.

— Os aviões militares russos atacaram toda a noite e até a manhã várias regiões de Idleb [uma província do noroeste da Síria] — afirmou à AFP Rami Abdel Rahmane, diretor do OSDH. — Ao mesmo tempo, a aviação do regime bombardeou os bairros do leste de Aleppo.

O diretor do hospital infantil atacado, identificado apenas como Doutor Hatem, relatou no Facebook o ataque.

— Um terrível dia para o hospital das crianças. Eu, minha equipe e todos os pacientes estamos sentados em um único cômodo no porão agora, na tentativa de protegê-los — escreveu no Facebook Hatem, o diretor da unidade de saúde, um dos seis centros médicos danificados na Síria nas últimas 48 horas. — Tentamos sair do porão, mas não podemos porque os aviões ainda estão no céu.

ATAQUES A HOSPITAIS

A Associação dos Médicos Independentes registrou que o hospital infantil, assim como outros empreendimentos no Leste da cidade, foi atingido várias vezes este ano, o que situa 2016 no caminho de se tornar “o pior ano de ataques a hospitais” na História. De acordo com o Observatório, a mira dos bombardeios incluiu os distritos de al-Shaar, al-Sukkari, al-Sakhour e Karam al-Beik.

Moscou nega participação nos bombardeios: informa de que cumpre “moratória de ataques aéreos” em Aleppo no momento. Mas a ofensiva de terça-feira parece ter colocado fim à pausa de confrontos declarada pela Rússia em meados de outubro. Ibrahim Abu al-Laith, da defesa civil, contou mais de 40 explosões — “muito poderosas” — na área de al-Shaar.

— Os helicópteros não vão parar por um segundo — apostou Bebars Mishal, outro funcionário da defesa civil, um serviço de resgate voluntário que opera no reduto. — Agora, o bombardeio não vai cessar.

Na terça-feira, as tropas de Damasco iniciaram a escalada militar ao coordenar com aliados o arremesso de mísseis sobre rebeldes. Na ocasião, três hospitais em áreas controladas por rebeldes saíram de operação ao serem danificados na operação militar. Tanto Damasco quanto Moscou negam que mirem hospitais nas ofensivas.

O Globo

Micro e pequenas indústrias de São Paulo podem atrasar pagamento do 13º salário

INDÚSTRIASARQUIVO/ AGÊNCIA BRASIL

INDÚSTRIASARQUIVO/ AGÊNCIA BRASIL

A maioria das empresas vinculadas ao Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi) estão com dificuldade de caixa para o pagamento do 13º salário aos empregados. Segundo a entidade, além das restrições no acesso ao crédito, as empresas têm sofrido com a inadimplência de seus clientes.

Pelo menos 17% das empresas podem não pagar dentro do prazo, o que representa um universo de 53 mil indústrias, segundo o indicador de atividade da micro e pequena Indústria, encomendado pelo Simpi ao Datafolha.

O levantamento do Datafolha constatou que 70% dos entrevistados passam por dificuldades financeiras e que 80% vão recorrer ao capital próprio. “O uso de recursos próprios é consequência da ausência de crédito no mercado”, diz nota divulgada pelo Simpi.

Apenas 9% das indústrias pretendem buscar empréstimos nos bancos; 8% têm a intenção de recorrer a outras fontes, como empresas financeiras ou pessoas conhecidas, e 3% indicaram o uso do cheque especial.

O Simpi justifica que cresceu a proporção de empresas que sofreram calotes. Em setembro, 45% delas registraram casos de inadimplência de seus clientes, taxa que passou para 51%, em outubro. Foi apurado ainda que o valor das dívidas em atraso atingiram mais de 30% do faturamento em setembro, tendo um acréscimo de mais 5% em outubro, de acorcom com 14% dos empresários.

Quase metade dos consultados (45%) consideram que pioraram as condições para quitar o salário extra, em relação a igual período do ano passado. Outros 34% avaliaram que a situação é a mesma enfrentada em 2015 e para 21% houve melhora no quadro.

Setor acredita em melhora

Para 48% dos industriais, a tendência é de melhora no cenário nacional. No quesito sobre a satisfação com a situação econômica do país, o índice subiu de 26 pontos em agosto, para 28 em outubro. Em relação a essa mesma percepção sobre o Estado de São Paulo, também teve alta, passando de 43 pontos para 50.

Quando consultados sobre a gestão de Michel Temer, 53% a classificaram como ótima ou boa ante 47%, em setembro. Outros 30% a consideram regular, parcela 1% abaixo do verificado no mês anterior e 11% acham ruim ou péssimo, percentual inferior ao mensurado em setembro (19%). Os que não souberam opinar diminuiu de 9% para 7%. O Simpi informou que 42% das MPIs de todo o país concentram-se em São Paulo.

Agência Brasil

Gagliasso presta queixa por ataques racistas à filha: “Vão pagar”

 BRUNO GAGLIASSO PRESTOU QUEIXA NA DELEGACIA DE REPRESSÃO AOS CRIMES DE INFORMÁTICA NESTA QUARTA-FEIRA (16)

BRUNO GAGLIASSO PRESTOU QUEIXA NA DELEGACIA DE REPRESSÃO AOS CRIMES DE INFORMÁTICA NESTA QUARTA-FEIRA (16)

Bruno Gagliasso prestou queixa na Delegacia de Repressão a Crimes de Informática, no Rio, nesta quarta-feira (16). O ator procurou a polícia depois que a sua filha, a pequena Titi, sofreu ofensas racistas através das redes sociais.

“Preconceito é crime. Vim aqui para falar do que aconteceu. Falei a verdade, e agora a polícia vai atrás. Racismo se combate com amor e justiça. Tenho 100% de certeza de que a polícia vai achar e [essas pessoas] vão pagar pelo que fizeram”, disse, após o depoimento. “Não foi o primeiro caso, mas espero que seja o último, que esse caso sirva de exem,plo e eu vou até o final”, concluiu.

O ator afirmou ainda que tem provas de todas as ofensas, que aconteceram há cerca de uma semana. “Como ser humano, como pai, fico muito triste. Por isso estou aqui cobrando e pedindo justiça, para as pessoas aprenderem e para servir de exemplo para o mundo”, afirmou Gagliasso, que chegou à delegacia acompanhado do advogado Michel Assef Filho e foi assediado por fãs na saída.

Segundo a delegada Daniela Terra, os criminosos, assim que identificados, responderão por injúria por preconceito, injúria qualificada e racismo. A pena prevista é de reclusão de um a quatro anos. Até o momento, a polícia tem dois perfis suspeitos.

“Esses criminosos serão identificados. Eles se utilizam da internet acreditando que estão passando despercebidos por estarem fazendo uso de rede social, mas não estão. Não adianta apagar o perfil, não adianta apagar o comentário, não adianta usar de subterfúgios para mascarar a conexão porque a Polícia Civil tem tecnologia suficiente para identificar esses criminosos que serão individualizados e punidos ao rigor da lei”, afirmou.

Durante participação no “Domingão do Faustão”, da Globo, Gagliasso se manifestou publicamente sobre o assunto.

“Em relação ao preconceito, eu acho que a gente tem que ser intolerante, e eu fiz o que tinha que fazer, e fiz não só por mim, pela minha filha, foi por qualquer brasileiro, qualquer ser humano. Agora cabe à polícia cuidar disso. O combate ao preconceito deve ser de duas maneiras: com amor e justiça. E a minha filha é muita amada. Temos policiais bons que vão descobrir quem fez isso. Minha filha tem algo que esses caras não têm: amor”, disse.

No Instagram, Giovanna também publicou um post repudiando as ofensas a sua filha. “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar”, ressaltou.

A ideia de adotar uma criança começou depois que Giovanna viajou ao Malaui para entregar mil peças de roupa confeccionadas por uma americana de 100 anos, que tinha o objetivo de ajudar meninas da África.

Giovanna conheceu a pequena Chissomo –apelidada carinhosamente de Titi–, se envolveu sentimentalmente e conseguiu convencer o marido a adotá-la. Em 1 ano e 5 meses, eles viajaram sete vezes para a África, com o objetivo de resolver os trâmites legais da adoção, concluída neste ano. O casal recebeu elogios pela atitude, mas também foi vítima de muitas críticas.

UOL

Metade dos brasileiros muda de área após primeiro emprego

 CARTEIRA DE TRABALHO (RAFAEL NEDDERMEYER/FOTOS PÚBLICAS/)

CARTEIRA DE TRABALHO (RAFAEL NEDDERMEYER/FOTOS PÚBLICAS/)

Pouco mais de metade dos brasileiros (50,9%) mudou de área de atuação em relação ao primeiro emprego em 2014. É o que revela suplemento da Pesquisa Nacional por amostra de Domicílios (Pnad) sobre mobilidade sócio-ocupacional de 2014, divulgado hoje peloInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o estudo, os profissionais que mais migraram de setor são os vendedores e prestadores de serviços de comércio. Apenas 25,6% permaneceram na ocupação.

Os profissionais das ciências e das artes (engenheiros, médicos, professores, advogados, jornalistas, bailarinos, atores), por sua vez, são os que menos se deslocaram para outros grupos ocupacionais. Ao todo, 67% permaneceram na mesma área de atuação que o primeiro emprego.

Do total de trabalhadores, 38,6% ascenderam de um estrato mais baixo para um mais alto, em relação à primeira ocupação.

Segundo o levantamento, esse avanço foi determinado, principalmente, pela ascensão dos trabalhadores agrícolas e dos vendedores e prestadores de serviço do comércio e dos trabalhadores dos serviços, ambos com 14,6%. Por outro lado, apenas 11% das pessoas tiveram queda em relação ao seu primeiro trabalho.

Influência familiar

O levantamento do IBGE apontou ainda a influência da família no desempenho das pessoas. De acordo com a pesquisa, a mobilidade intergeracional dos filhos cujas mães estavam ocupadas quando eles tinham 15 anos chegou a 51,4%. Já 36,3% permaneceram no estrato sócio-ocupacional da mãe e os outros 11,5% tiveram mobilidade descendente.

Já em relação aos filhos de pais que trabalhavam quando eles tinham 15 anos, 47,4% ascenderam, enquanto 33,4% dos filhos reproduziram a ocupação do pai e 17,2% tiveram mobilidade descendente.

A alfabetização é outro ponto que o contexto familiar influencia a trajetória dos filhos. Os filhos de pai não alfabetizado que apresentaram mobilidade intergeracional ascendente totalizaram 21,8% dos entrevistados que residiam com o pai aos 15 anos de idade. Já os de mãe não alfabetizada que ascenderam totalizaram 23,8%.

A pesquisa revelou que a taxa de alfabetização é praticamente a mesma entre aqueles, que aos 15 anos, moravam ou não com o pai. No entanto, quando se trata de ter morado ou não com a mãe, nessa idade, a taxa de alfabetização varia de 92,2%, para os que moravam, a 88,1% para os que não moravam.

Ainda de acordo com o levantamento, os menores percentuais de pessoas sem instrução estão relacionados aos filhos que, aos 15 anos de idade, moravam apenas com a mãe (10,3%) ou com pai e mãe (10,8%).

Mortes por ataques terroristas crescem 650% no mundo desenvolvido

 VÍTIMA DE ATAQUE EM PARIS, EM 2015: PAÍSES DESENVOLVIDOS REGISTRARAM 650% MAIS MORTES DECORRENTES DO TERRORISMO QUE EM 2014 (PHILIPPE WOJAZER/REUTERS)

VÍTIMA DE ATAQUE EM PARIS, EM 2015: PAÍSES DESENVOLVIDOS REGISTRARAM 650% MAIS MORTES DECORRENTES DO TERRORISMO QUE EM 2014 (PHILIPPE WOJAZER/REUTERS)

As mortes em decorrência de ataques terroristas em países desenvolvidos aumentaram em 650% em 2015 na comparação com 2014. É o que constata o Índice Global de Terrorismo 2016, que investigou 163 países.

Este índice é desenvolvido pelo Instituto de Economia e Paz, centro de pesquisa que monitora a violência e a paz no planeta e responsável pelo Índice da Paz. O relatório é produzido todos os anos desde 2000 e foi divulgado hoje.

21 dos 34 países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sofreram com ao menos um ato de terror no ano passado, totalizando 577 mortes.

Esse número é alarmante. No entanto, as populações mais afetadas pela violência das atividades terroristas seguem no Oriente Médio, Ásia e África.

Total de mortes

No total, o mundo registrou 29.376 fatalidades, fazendo de 2015 o segundo ano mais mortal observado desde que o índice começou a ser produzido, superado apenas por 2014. Naquele ano, foram registradas 32.765 mortes em 93 países.

O enfraquecimento da estrutura de alguns grupos terroristas, como o nigeriano Boko Haram, contribuíram para a queda no número de mortes, a primeira observada desde 2010.

Países e grupos

Os 5 países mais afetados por atividades terroristas continuam os mesmos na comparação com 2014: Iraque, Afeganistão, Nigéria, Paquistão e Síria. Foi nestes locais que 72% do total das mortes aconteceu.

Em 2015, 274 grupos considerados terroristas estavam em atividade em diferentes partes do mundo. Deste total, 103 conduziram atos que não resultaram em mortes, mas quatro deles respondem por 74% de todas as fatalidades: EI, o Boko Haram, Talibã e a rede Al Qaeda.

Estado Islâmico

De acordo com o estudo, o aumento das mortes nos países desenvolvidos é, em grande parte, resultado da capilaridade do grupo Estado Islâmico (EI). A organização atua majoritariamente na Síria e no Iraque. Nos últimos meses, contudo, expandiu suas atividades para outros países por meio de células terroristas ligadas ao comando no Oriente Médio.

Como resultado, países como França e Turquia sofreram ataques devastadores que entraram no rol dos piores já registrados em seus territórios e mais da metade das 577 mortes ocorridas  aconteceram em razão desses atos.

Membros do EI ou grupos afiliados foram os responsáveis por ataques em 28 países. Em 2014, esse número foi de 13.

Talibã x Afeganistão

O terrorismo e a luta contra o grupo Talibã registraram recordes no Afeganistão. No país asiático, o número de mortes por ataques aumentou 29% na comparação com 2014, chegando a 4.500, enquanto as fatalidades em confrontos diretos aumentaram 34%, ultrapassando a marca de 15 mil.

Exame

Presidente do Banco Central diz que sociedade quer ética e transparência

 O PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL, ILAN GOLDFAJN, DISSE QUE A SOCIEDADE EXIGE DO PODER PÚBLICO COMPORTAMENTO ÉTICO E MEDIDAS QUE REFORCEM A TRANSPARÊNCIA  MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

O PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL, ILAN GOLDFAJN, DISSE QUE A SOCIEDADE EXIGE DO PODER PÚBLICO COMPORTAMENTO ÉTICO E MEDIDAS QUE REFORCEM A TRANSPARÊNCIA MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

A sociedade brasileira exige do poder público comportamento ético e medidas que reforcem a transparência, disse o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, hoje (16), em Brasília, na abertura da 3ª Conferência Lei Empresa Limpa, organizada pelo Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU).

“Cada vez mais, a sociedade brasileira exige dos legisladores, dos membros do Judiciário e do Executivo e dos demais agentes públicos comportamento ético e medidas que reforcem a transparência de suas ações e o respeito à coisa pública”, disse.

Lei da Empresa Limpa

Goldfajn destacou que a Lei da Empresa Limpa representa um dos instrumentos que buscam garantir o devido cuidado com os recursos públicos, sem deixar de abranger o aprimoramento da gestão das entidades do setor privado.

Ele também citou a importância das normas que estabelecem a obrigatoriedade de controles internos nas instituições supervisionadas pelo Banco Central e a que obrigou a criação de ouvidorias.

“Entretanto, não basta impor a empresas reguladas essas condições e regras. Antes de tudo, nós, gestores públicos, devemos ser exemplo para os entes que supervisionamos e, ainda mais importante, para a sociedade brasileira. Além de um comportamento ético irretocável – que nesta casa vivenciamos como um de nossos valores organizacionais mais caros – é preciso que busquemos incessantemente aprimorar nossa governança corporativa e nossos controles internos”, destacou.

Segundo o Ministério da Transparência, o objetivo da conferência é promover o diálogo e a troca de experiências entre os setores público e privado sobre os novos paradigmas trazidos pela Lei nº 12.846/2013 (Lei Empresa Limpa, também conhecida como Lei Anticorrupção).

Agência Brasil

Idade mínima para aposentadoria divide especialistas e centrais sindicais

INSS ANTONIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL

INSS ANTONIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL

 

Ante esse panorama, o economista Gilberto Braga, professor de Finanças da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas Ibmec-RJ, acha que o “tecnicamente correto” seria adequar os regimes de Previdência às realidades locais. “Acho que a gente poderia ter dois ou três regimes de idade diferentes. Assim como o horário de verão é diferente [dependendo do local], não vejo porque não fazer isso”, disse. Segundo ele, uma maneira de fazer isso seria com uma regra de transição.

“Uma regra de transição na idade mínima, de maneira que nas regiões com menor expectativa de vida, com o passar dos anos, [a idade exigida para se aposentar] fosse aumentando”, explica o economista. Ele acredita, contudo, que não há um clima político favorável à adoção da ideia.

“Vejo que esse é um item com o qual o governo deveria se preocupar. Mas ele [governo], em um primeiro momento, está muito mais preocupado com o sistema geral. E, se colocar essa discussão na mesa, nesse momento, ela é mais prejudicial do que favorável à aceitação [da reforma da Previdência]. Do ponto de vista político, da discussão no Parlamento, eu acho difícil [prosperar]”.

Equilíbrio

O economista José Matias-Pereira, especialista em administração pública e professor da Universidade de Brasília (UnB), tem uma visão diferente. Ele reconhece que a questão das diversas expectativas de vida é “importante”. No entanto, considera difícil uma reforma da Previdência que atenda às disparidades regionais do tempo médio de vida do brasileiro.

Segundo ele, o principal problema em ter regimes de Previdência diferentes dependendo da região é a impossibilidade de o governo controlar a mobilidade da população. “Se você começa a tornar algo extremamente complexo de operar e tem uma mobilidade de um lado para o outro, daqui a pouco você não tem mais o controle efetivo. Você começa a distorcer o controle dessa Previdência”, diz.

Para ele, não cabe à Previdência tratar da questão das diferenças sociais e regionais. “Quando você faz um modelo de Previdência Social, o que você quer é que ela tenha o equilíbrio financeiro e atuarial e garanta para aquelas pessoas a condição de pagar ao longo do tempo. Esse outro objetivo, de equalizar a possibilidade de as pessoas viverem mais, é um problema de outras políticas públicas. A Previdência não pode estar preocupada com essa questão”.

Centrais sindicais

Já entidades representativas dos trabalhadores defendem que a reforma contemple as diferenças regionais e que o ônus de equilibrar as contas previdenciárias não recaia exclusivamente sobre os usuários do sistema. O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, é a favor da cobrança de débitos de empresas em atraso com a contribuição.

“Você pode fazer várias modificações. Por exemplo, acabar com a sonegação, porque a maior parte das empresas sonega. Também acabar com o trabalho informal, porque aí [com mais trabalhadores formalizados] você vai renovando as pessoas que entram na Previdência”, afirma Freitas.

A cobrança às empresas também é defendida por João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical. “A reforma, para nós, tem outro viés. É o viés da melhoria da arrecadação, da cobrança de atrasados, de repensar uma estrutura de aposentadoria que seja igualitária para todos. O que não podemos é focar apenas na questão de diminuir o custo, pois isso é cortar o social e prejudicar quem está lá, quem já teve dificuldade e vai ter mais ainda para chegar aos 65 anos”.

O diretor de administração do Sindicato Nacional dos Aposentados, Julio Quaresma Filho, afirma que a reforma da Previdência, como está formatada, privilegia os habitantes das regiões mais desenvolvidas e com mais escolaridade.

“Quem tem um pouco mais de condições econômicas, se forma, trabalha em uma atividade um pouco mais requintada, faz alguma coisa mais técnica. Mas esse pessoal de trabalho braçal vai ter muitos problemas. E não consegue [trabalhar], com 65 anos, a fábrica vai achar que ele já não está produzindo muito, e vai dispensar”, teme o sindicalista.

Agência Brasil

Prematuridade é principal causa de mortalidade infantil, alerta ONG

 300 MIL BEBÊS PREMATUROS POR ANO

300 MIL BEBÊS PREMATUROS POR ANO

 

O Brasil ocupa a 10ª posição no ranking mundial de prematuridade com cerca de 300 mil bebês prematuros por ano – 11,7% do total de nascimentos no país. A maioria dos casos decorre de gestações na adolescência ou tardias, pré-natal deficitário e doenças maternas. Os dados foram divulgados pela organização não governamental (ONG) Prematuridade.com.

De acordo com a entidade, o nascimento prematuro figura como a principal causa de mortalidade infantil até 5 anos de idade em todo o mundo. No Brasil, os números revelam que, a cada 30 segundos, um bebê morre em consequência do parto antecipado. “O nascimento de um prematuro deixa sequelas psicológicas permanentes para os pais e pode acarretar sequelas de saúde para os bebês”, destacou a ONG.

Diante do cenário, a Prematuridade.com. prepara hoje (17) uma série de ações no Congresso Nacional na tentativa de instituir formalmente a data como Dia Nacional da Prematuridade. A proposta é sensibilizar parlamentares para a criação do Novembro Roxo, campanha reconhecida internacionalmente na prevenção à prematuridade, mas ainda sem representatividade no Brasil.

Parto prematuro

A ONG lembra que é considerado parto prematuro aquele que acontece antes de 37 semanas de gestação. “Acontece que nem sempre a prematuridade dá sinais de que vai acontecer e ainda não se conhece todas as causas que levam ao parto prematuro; em muitos casos, não se consegue associá-la a uma causa específica”, alertou.

Estão em maior risco para trabalho de parto prematuro as mulheres que já passaram por um parto prematuro, que estão grávidas de gêmeos ou múltiplos ou com história de problemas de colo do útero ou uterinos.

Além disso, outros fatores podem levar ao parto prematuro: ausência de pré-natal, fumo, álcool, drogas, estresse, infecções do trato urinário, sangramento vaginal, diabetes, obesidade, baixo peso, pressão alta ou pré-eclâmpsia, distúrbios de coagulação, algumas anomalias congênitas do bebê, gestações muito próximas (período menor do que nove meses entre o nascimento do bebê e uma nova gravidez), gravidez fruto de fertilização in vitro e idade menor de 17 anos e acima de 35.

Sinais e sintomas

Os principais sintomas do parto prematuro são bolsa rota/ruptura prematura de membrana, hipertensão crônica, pré-eclâmpsia, descolamento prematuro da placenta, placenta prévia, malformações uterinas, infecções uterinas e malformações fetais.

Já os sinais e sintomas do trabalho de parto prematuro incluem contrações a cada dez minutos ou mais, mudanças na secreção vaginal, pressão pélvica, dor lombar, cólicas menstruais e cólica abdominal com ou sem diarreia.

Prevenção

Entre as medidas a serem tomadas para evitar que o bebê nasça antes do tempo estão:

– Converse com seu ginecologista/obstetra antes mesmo de engravidar. Ele poderá dar conselhos muito úteis para que você inicie a gravidez de maneira saudável e evite um parto antes da hora

– Assim que o resultado der positivo, avise seu médico imediatamente. Quanto antes o pré-natal for iniciado, melhor para a mãe e para o desenvolvimento do feto

– Revele ao médico o seu histórico de saúde. Doenças crônicas e reações alérgicas que você já apresentou, histórico familiar, assim como o histórico de saúde do pai do bebê

– Siga as consultas e os exames do pré-natal rigorosamente

– Esteja vigilante sobre sua pressão arterial e cheque-a sempre que achar conveniente

– Mantenha uma dieta equilibrada

– Mantenha-se numa faixa de peso adequada. Converse com o obstetra e, se preciso, faça acompanhamento com nutricionista

– Evite bebidas alcoólicas: o álcool, durante a gestação, mesmo em doses muito pequenas, pode ter efeitos bastante nocivos para a criança, incluindo retardo mental, dificuldades de aprendizagem, defeitos na face e problemas de desenvolvimento

– Não fume. O fumo aumenta chances de parto prematuro, de o bebê nascer com baixo peso e da morbimortalidade dos recém-nascidos

– Não se auto-medique. Alguns remédios são altamente perigosos para as gestantes e esses avisos, via de regra, estão escritos com letras pequenas nas bulas dos medicamentos

– Exercite-se. Se o seu médico autorizar e sempre com acompanhamento profissional

– Mantenha seu calendário de vacinação atualizado. Converse com seu obstetra sobre o assunto: algumas vacinas estão contraindicadas na gravidez e outras necessitam reforço

– Não se esqueça do ácido fólico e da vitamina B12. Eles vão garantir que seu bebê não desenvolva malformações ou tenha danos no sistema nervoso. O consumo do ácido fólico deve ser iniciado antes mesmo da concepção do bebê. Esses nutrientes são facilmente encontrados em alimentos de origem animal (carnes, laticínios, ovos) e em vegetais verde-escuros

– Esteja alerta para sangramentos e observe líquidos e secreções vaginais

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