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Eventual restrição do Cade a Liquigás atrai rivais da Ultragaz

LIQUIGÁS: NACIONAL GÁS É UMA DELAS

LIQUIGÁS: NACIONAL GÁS É UMA DELAS

Participantes do setor de GLP dão como praticamente certa a imposição de restrições por parte do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) na aquisição da Liquigás pela Ultragaz, do Grupo Ultra, o que desperta a interesse de concorrentes que disputavam o ativo e acabaram ficando de fora.

A Nacional Gás é uma delas. Conforme Guilherme Dantas, sócio do setor societário e concorrencial do Siqueira Castro Advogados, a Nacional Gás Butano está à disposição de órgãos concorrenciais para participar de eventuais “remédios”. Na disputa pela Liquigás, a companhia havia formado um consórcio com a Copagaz.

O Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, questionou Thilo Mannhardt, diretor presidente do Grupo Ultra, se teria conversado com outros participantes do setor de fornecimento de GLP durante a negociação pela aquisição da Liquigás e ele respondeu com uma pergunta: “Não, por que deveria?”

Relatório do Santander assinado pelos analistas Gustavo Allevato e Christian Audi diz que a empresa resultante da combinação de Ultragaz e Liquigás deterá quase metade do setor de distribuição de GLP no Brasil.

Conforme cálculos da equipe de análise do banco, no Sudeste, as companhias terão cerca de 47% da participação de mercado, enquanto o segundo maior participante deterá 23%. No Estado de São Paulo, que concentra em torno de 25% do consumo do País, a nova empresa terá cerca de 60% da fatia de mercado.

No Nordeste, Ultragaz e Liquigás juntas terão cerca de 47% de participação, com o segundo maior participante ficando com aproximadamente 35%. Já no Sul, a nova empresa terá mais da metade do mercado, com o segundo colocado respondendo por cerca de 26%, conforme os cálculos dos analistas do Santander baseados em dados da Abegás.

Leonardo Duarte, sócio da área de antitruste da Veirano Advogados, afirma que se trata de uma análise desafiadora do ponto de vista concorrencial, por se tratar de um setor já bastante concentrado.

Além disso, trata-se da união de líderes de mercado, lembra. “Concentrações dessa magnitude sempre geram preocupações”, explica. “Serão necessários argumentos muito fortes para demonstrar que a empresa resultante não vai prejudicar a concorrência efetiva nas demais companhias.”

Duarte lembrou ainda que o setor possui histórico de investigação de cartéis no Cade. “O órgão vai analisar como o negócio vai afetar a dinâmica do mercado”, explica.

De acordo com o advogado, o prazo previsto em lei para que o Cade chegue a uma decisão é de 240 dias, período que pode ser estendido por até 60 dias mediante requisição das partes envolvidas ou por até 90 dias, por meio de pedido do Tribunal do Cade, totalizando 330 dias.

O analista Caio Carvalhal, do Brasil Plural, escreveu que a aprovação do Cade é crítica e ao mesmo tempo incerta.

Proteção à Petrobras

Conforme apurou o Broadcast com fontes, a Petrobras incluiu no acordo uma cláusula que a protegeria, independentemente de quaisquer barreiras que venham a ser enfrentadas para a consolidação da aquisição da Liquigás pela Ultragaz, devendo assim receber o valor acordado – no caso, R$ 2,8 bilhões corrigidos pelo Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Esse contrato é usual em operações de venda de ativos.

No domingo, 20, a gerente executiva de Aquisições e Desinvestimentos da Petrobras, Anelise Quintão Lara, afirmou que o problema concorrencial foi avaliado durante o processo de negociação e o Ultra se comprometeu a encontrar uma solução.

“A responsabilidade por resolver o problema concorrencial é do Grupo Ultra, que já está preparado para isso”, disse a gerente da Petrobras. Ela argumentou também que “qualquer uma das empresas do setor que comprasse a Liquigás poderia ser questionada pelo Cade”.

A dúvida de analistas do mercado financeiro é se, caso o Cade exija a venda de participações em localidades, o grupo Ultra vai conseguir atingir o mesmo múltiplo pago à Petrobras.

Os profissionais de análise foram unânimes na constatação de que a Ultrapar pagou um preço elevado, embora o negócio ainda assim tenha sido considerado positivo para a empresa, em razão das sinergias potenciais e da oportunidade única de expansão.

Relatório do JPMorgan diz que o negócio implica um elevado múltiplo EV/Ebitda de cerca de 15 vezes – porcentual mais elevado do que os múltiplos históricos estimados para a Ultrapar, em torno de 6 vezes a 7 vezes.

Mas o grupo Ultra estaria mirando o longo prazo, cujo movimento, na visão dos analistas, foi estratégico. “Conforme nossas conversas com a empresa, a Ultrapar está esperando um potencial Ebitda superior a R$ 700 milhões, o que incorporaria a maior parte das sinergias da transação”, cita o relatório do JPMorgan.

Já analistas do BTG Pactual calcularam que a compra da Liquigás corresponde a um múltiplo EV/Ebitda referente a 2015 de 13 vezes. “Sim, o múltiplo da aquisição é elevado, mas também é o potencial de ganho de rentabilidade”, diz o relatório do banco.

Os analistas do UBS, Luiz Carvalho e Julia Ozenda, escreveram que, apesar de a primeira vista os múltiplos não parecerem muito atraentes, o movimento é positivo para a Ultrapar, que, com isso, consolida o negócio de GLP no Brasil.

Lembra ainda que esta é a segunda aquisição relevante feita pela companhia neste ano – a primeira foi a compra da Alesat, uma das quatro maiores empresas de distribuição de combustíveis do País.

Em meados de junho, o grupo Ultra anunciou a aquisição da Alesat Combustíveis por R$ 2,168 bilhões. Até agora, não há aprovação do Cade para o negócio.

EXAME

Após prejuízos, Pão de Açúcar estuda o que fazer com Via Varejo

LOJA DAS CASAS BAHIA: OPERAÇÃO NO VERMELHO (GERMANO LUDERS/REVISTA EXAME)

LOJA DAS CASAS BAHIA: OPERAÇÃO NO VERMELHO (GERMANO LUDERS/REVISTA EXAME)

O grupo de varejo Pão de Açúcar viveu uma sequência de situações complicadas nos últimos anos. A mais escancarada delas foi a feroz disputa societária entre Abilio Diniz, antigo dono da companhia, e o varejista francês Casino, que assumiu o controle em 2012. A relação entre a empresa e a família Klein, que vendeu a rede de eletroeletrônicos Casas Bahia ao Pão de Açúcar em 2009, também nunca foi das melhores. Além disso, havia o desafio de fazer a empresa crescer em meio à pior recessão do país.

Altos executivos saíram e as negociações com fornecedores tornaram-se duríssimas — alguns chegaram a interromper as vendas para o grupo. As vendas caíram no ano passado, quando a companhia teve seu primeiro prejuízo em mais de uma década. Pior que isso: um de seus principais concorrentes, o Carrefour (do qual Abilio é, hoje, o terceiro maior acionista), está investindo cerca de 1,5 bilhão de reais e anunciou o plano de abrir o capital para financiar seu crescimento no país.

Pressionado, o Pão de Açúcar achou que era o momento de encarar mais um problema: o destino da Via Varejo, rede de eletroeletrônicos controlada pelo grupo que é dona das marcas Casas Bahia e Ponto Frio.

O Brasil é o único país em que o Casino tem uma grande rede de eletrônicos — uma empresa semelhante é a francesa C-Discount, mas ela vende apenas eletrodomésticos e artigos de vestuário e tem uma participação de mercado modesta. Nos demais países em que atua, o Casino controla supermercados e lojas de conveniência. Segundo executivos próximos ao Pão de Açúcar, os franceses nunca tiveram a intenção de ficar com a Via Varejo, mas acabaram mantendo a empresa porque ela dava bons resultados.

Em 2013, quando teve lucro recorde de 1,2 bilhão de reais, a empresa era considerada a “joia da coroa” do Pão de Açúcar pelos analistas. Do início de 2015 para cá, porém, a Via Varejo não teve lucro em nenhum trimestre. Já os supermercados continuaram crescendo. Diante disso, no início de novembro o grupo decidiu procurar os bancos (o primeiro a ser acionado foi o Santander) e pedir soluções para a Via Varejo.

Uma das alternativas estudadas é vender a empresa. A outra é fazer uma oferta de ações, na qual o Casino aproveitaria para vender parte de sua participação na companhia.

Os recursos poderiam ser usados para reduzir o alto endividamento do Casino (a dívida equivale a seis vezes a geração de caixa; no Pão de Açúcar, a relação é de apenas 1,5 vez). Outra opção que está sendo analisada é mudar a operação da Via Varejo para tentar torná-la mais rentável: isso poderia ser feito unindo as bandeiras Casas Bahia e Ponto Frio ou vendendo uma das marcas.

Ao manter as duas marcas, a companhia pretendia atender públicos distintos — o Ponto Frio seria voltado para o topo da pirâmide e a Casas Bahia ficaria com a baixa renda. Mas, de acordo com profissionais do grupo, a estratégia não funcionou — em parte, porque a empresa manteve lojas do Ponto Frio em bairros populares e fechou filiais em -shoppings de alta renda. Casino, Pão de Açúcar e Via Varejo não deram entrevista.

A recessão está prejudicando os resultados da grande maioria dos varejistas no Brasil, mas a situação da Via Varejo é pior hoje do que a de seus principais concorrentes. Analistas e executivos de mercado atribuem seu desempenho ruim a mudanças na gestão e à política agressiva de preços da Cnova, empresa que reúne as vendas online do Pão de Açúcar. Como Via Varejo e Cnova eram empresas diferentes, com estruturas completamente separadas, elas competiam entre si.

“Com a política agressiva de preços, a Cnova canibalizava inclusive a Via Varejo”, diz Guilherme Assis, analista do banco Brasil Plural. Em outubro do ano passado, a família Klein, acionista da Via Varejo, enviou uma carta ao conselho de administração da empresa reclamando que a política de preços da Cnova estava prejudicando a Via Varejo.

Em agosto, o Pão de Açúcar anunciou que integraria as operações da Cnova às da Via Varejo, e a reorganização societária que foi concluída em outubro. O objetivo é conseguir sinergias de 325 milhões de reais neste ano e ganhos anuais de 245 milhões a partir de 2017 com a integração de áreas como marketing e tecnologia, além das políticas de compras e preços. Essa iniciativa valorizou as ações da Via Varejo em 35% desde agosto.

“A sinergia pode melhorar a rentabilidade. Não faz o menor sentido manter estruturas separadas”, diz Eugênio Foganholo, diretor da Mixxer, consultoria especializada em varejo.

Um complicador extra na gestão da rede é a alta rotatividade de executivos. Nos últimos quatro anos, a Via Varejo teve cinco presidentes (no mesmo período, o Pão de Açúcar e a Cnova tiveram dois). Cada presidente que chega modifica a equipe e a estratégia conforme seus credos — e conforme o nível de interferência de Jean-Charles Naouri, presidente do Casino, segundo afirmam executivos e ex-profissionais do grupo.

Antonio Ramatis, que foi presidente da Via Varejo em 2013, escreveu uma carta ao renunciar ao cargo dizendo que sua saída se devia a interferências em seu trabalho. Quando questionados sobre a grande rotatividade de profissionais, executivos do grupo costumam rebater dizendo que a composição do conselho de administração mudou pouco desde 2012 — e o presidente do conselho é Ronaldo Iabrudi, que comanda o Pão de Açúcar desde 2014.

A vez do comprador

A decisão de vender a Via Varejo acontece num momento muito mais favorável para os possíveis compradores do que para o Pão de Açúcar. Apesar de suas ação terem valorizado recentemente, a Via Varejo vale 4 bilhões de reais na bolsa, o equivalente aos recursos que tem em caixa — ou seja, os investidores não atribuem nenhum valor às marcas da companhia nem a seus estoques. Em 2013, o valor de mercado era quase três vezes maior.

Concorrentes nacionais, como Lojas Americanas e Magazine Luiza, precisarão de financiamento para fazer a aquisição caso tenham interesse no negócio. Isso porque a Via Varejo é quase duas vezes maior do que o Magazine Luiza, e a Lojas Americanas tem uma dívida mais alta (além disso, a Americanas tem avaliado outras aquisições, como a rede de postos de combustíveis BR, que pertence à Petrobras).

Os bancos começaram a oferecer a empresa a varejistas estrangeiros, como a alemã Steinhoff, que tem um modelo semelhante ao da Casas Bahia (também vende eletroeletrônicos e móveis, além de ter uma fábrica de móveis).

Com a recessão e as margens apertadas, uma empresa de eletroeletrônicos é vista como um negócio de altíssimo risco no Brasil atual. A família Klein, que é tida como potencial compradora, tem afirmado que não quer controlar a companhia — hoje, tem 27% do capital da Via Varejo (procurados, os Klein não deram entrevista). Pode ser uma estratégia para baixar — ainda mais — o preço. Para o Pão de Açúcar, isso significa que os próximos meses devem continuar conturbados.

Exame

Refugiados do Congo fazem ato em Copacabana para pedir paz em seu país

RIO DE JANEIRO - REFUGIADOS DO CONGO CAMINHAM NA PRAIA DE COPACABANA EM ATO CONTRA A GUERRA CIVIL, VIOLAÇÕES DE DIREITOS HUMANOS E POR GARANTIA DE ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS EM SEU PAÍS (FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL) FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL

RIO DE JANEIRO – REFUGIADOS DO CONGO CAMINHAM NA PRAIA DE COPACABANA EM ATO CONTRA A GUERRA CIVIL, VIOLAÇÕES DE DIREITOS HUMANOS E POR GARANTIA DE ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS EM SEU PAÍS (FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL) FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL

O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, foi a data escolhida pela comunidade refugiada da República Democrática do Congo no Rio de Janeiro para pedir paz e democracia no país africano, que está em guerra há 20 anos. Cerca de 100 pessoas se reuniram na Avenida Atlântica, com cartazes pedindo paz e democracia, e cantaram músicas do Congo e o hino nacional. Alguns integrantes do movimento explicavam às pessoas que passavam pelo local a situação do Congo. Depois, o grupo saiu em passeata cantando e dançando até o Forte de Copacabana, onde foi realizado um ato ecumênico.

Há oito anos no Brasil, o refugiado congolês Charly Kongo afirmou que o objetivo do ato foi sensibilizar o povo brasileiro para a situação vivida no país africano. “A gente resolveu fazer esse ato porque o dia tem um significado para o povo negro. A gente quis usar esse dia também para mostrar o desejo do povo congolês na procura pela liberdade, a democracia e o desejo de paz em nosso país. Nós fugimos da guerra e estamos só pedindo paz e democracia. A falta de democracia e a guerra que fazem a gente fugir para o Brasil ou outros países”.

De acordo com Charly, a eleição prevista para dezembro foi desmarcada pelo presidente do Congo, Joseph Kabila, que está há 15 anos no poder. “Em dezembro não vai ter eleição, já está claro. Os políticos estão tentando fazer alguns acordos. Mas o desejo real do povo é a democracia, a alternância de poder lá”.

Os refugiados pedem ao governo brasileiro mais apoio para conseguir sair do país africano e se estabelecer aqui. Julia Salú está no Brasil há dois anos, onde chegou grávida e com três filhos. Ela diz que, apesar de ter sido bem acolhida no país, o processo poderia ser mais humanizado e rápido.

“Estamos pedindo ajuda ao governo brasileiro para ajudar o povo, porque quando chega não tem lugar para morar. É muito difícil, eu passei por isso, cheguei grávida e com três filhos, não conhecia ninguém e não tinha para onde ir. Fiquei na casa de outra congolesa que eu não conhecia, até me estabelecer. Se o governo tivesse um lugar para acolher os refugiados congolenses que chegam, ajudaria muito. E ver a questão de documentação também; eles dão, mas demora um tempo”.

Segundo o Ministério da Justiça, os congoleses são a quarta maior comunidade refugiada no Brasil, com quase mil pessoas, atrás dos sírios, angolanos e colombianos. A agente de proteção legal no programa de refugiados da Cáritas Aryadne Bittencourt explicou que o ato, o primeiro organizado pelos refugiados, teve o objetivo de aproximar o brasileiro da realidade da República Democrática do Congo.

“O objetivo de trazer esse movimento para a praia é tentar aproximar uma realidade que parece distantes, que está no meio da África, com décadas de violência e morte, por uma realidade aqui no Brasil. A diáspora congolesa está espalhada para o mundo inteiro. Os congoleses são a quarta principal nacionalidade de refugiados reconhecidos no Brasil e uma das principais nacionalidades que continuam chegando. Aqui no Rio, a comunidade mais forte e densa de refugiados é formada pelos que chegam da República Democrática do Congo”.

Para ela, a escolha da data do evento evidencia a invisibilidade que os problemas de países africanos têm na sociedade. “Parte da motivação da indignação dos refugiados sobre a falta de pauta de refugiados congoleses na mídia, nos estudos ou na sociedade civil se remete a um lugar social que os negros têm, tanto no Brasil quanto no mundo. Hoje, a principal mobilização sobre pessoas refugiadas no mundo se refere aos sírios. A gente não pode negar a tragédia humanitária que é a situação na Síria, mas tem cinco anos, enquanto os congoleses nos últimos 20 anos têm mais de 6 milhões de mortos e ninguém fala sobre isso. Então, fazer no dia 20 é poder relacionar o lugar racial nessa questão humanitária”.

República Democrática do Congo

Segundo maior país da África, a República Democrática do Congo, chamada de Zaire entre 1971 e 1997, fica na região central do continente e tem uma população de 70 milhões de habitantes. De colonização belga, conseguiu sua independência em 1960 e a língua oficial é o francês.

A guerra no país é considerada a mais sangrenta desde a 2ª Guerra Mundial, com mortos e desaparecidos estimados em 6 milhões de pessoas e envolvendo milícias e exércitos vizinhos e o controle de territórios ricos em diamante. Desde 2000, a Organização das Nações Unidas (ONU) mantém uma missão no país com o objetivo de contribuir para o processo de paz, chamada de Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (Monusco).

Há 15 anos no poder, o presidente do Congo, Joseph Kabila, adiou para julho de 2017 a eleição que deveria ocorrer no dia 19 de dezembro, conforme previa a Constituição aprovada em 2006, com o argumento de que o país está realizando o censo eleitoral e não tem condições de organizar o pleito neste momento. Ele assumiu o poder em 2001, após o assassinato do então presidente, seu pai Laurent-Désiré Kabila, e venceu as eleições presidenciais em 2006 e em 2011.

Agência Brasil

Merkel afirma que se prepara para campanha mais difícil de sua carreira

A CHANCELER DA REPÚBLICA FEDERAL DA ALEMANHA, ANGELA MERKEL, SE PREPARA PARA A ELEIÇÃO MAIS DIFÍCIL DE SUA CARREIRAWILSON DIAS/ARQUIVO AGÊNCIA BRASIL

A CHANCELER DA REPÚBLICA FEDERAL DA ALEMANHA, ANGELA MERKEL, SE PREPARA PARA A ELEIÇÃO MAIS DIFÍCIL DE SUA CARREIRAWILSON DIAS/ARQUIVO AGÊNCIA BRASIL

A chanceler alemã, Angela Merkel, confimou ontem (20) que concorrerá a um quarto mandato, mas admitiu que está se preparando para enfrentar a campanha eleitoral mais difícil de sua carreira. “Esta eleição vai ser ainda mais difícil do que as anteriores”, disse Merkel, ressaltando uma “forte polarização” da sociedade e prometendo lutar “pelos nossos valores e pelo nosso modo de vida”, segundo a Agência Ansa.

Os jornais alemãs amanheceram nesta segunda-feira analisando a decisão de Merkel de concorrer à reeleição como presidente de seu partido, o União Democrata-Cristão (UDC), na convenção nacional do mês que vem. De acordo com a maioria dos analistas ouvidos pela mídia do país, o nome de Merkel desponta naturalmente diante da falta de opções de lideranças. “Mekel tentará, mas quem mais tentaria?”, questiona o jornal conservador Welt na sua primeira página, ressaltando que uma das tarefas da chanceler nos próximos quatro anos será criar um sucessor.

Em tom crítico, o diário Spiegel comentou que “não foi possível traçar, durante os 25 minutos de discurso de Merkel na televisão ontem, o programa de governo e as propostas que a chancelar apresentará aos alemães depois de 11 anos de governo”.

Aos 62 anos de idade, Merkel completa mais de uma década no governo da Alemanha, período no qual enfrentou uma série de crises internas e europeias. A chanceler se tornou a primeira mulher a assumir o posto na Alemanha unificada, em 2005.

Ela disputará a eleição para a Presidência de seu partido e, caso vença, concorrerá no pleito geral que deve ocorrer entre agosto e outubro do ano que vem. Pesquisas locais indicam que 60% dos eleitores apoiam um novo mandato de Merkel, que é vista como força estabilizadora dentro da Europa, em um momento em que o continente sofre com as consequências do Brexit e do crescimento de partidos nacionalistas de extrema-direita.

Agência Brasil

Inep constata que mais de 90% dos inscritos fizeram o Enade 2016

EXAME NACIONAL DE DESEMPENHO DE ESTUDANTES (ENADE) 2016

EXAME NACIONAL DE DESEMPENHO DE ESTUDANTES (ENADE) 2016

O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) 2016 teve a participação de 90,7% dos inscritos e registrou a menor taxa de abstenção para o primeiro ciclo de avaliação, que compreende as áreas de saúde, ciências agrárias e áreas afins. A abstenção foi de 9,3%, contra 14,1%, em 2013 e 19%, em 2010. No total, 195.859 concluintes de cursos de graduação de 18 áreas fizeram as provas neste domingo (20), de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

As áreas de avaliação do Enade são definidas de acordo com o ciclo trienal do exame. Neste ano, participaram os estudantes de agronomia, biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, veterinária, nutrição, odontologia, serviço social e zootecnia. Também foram avaliados os concluintes de cursos tecnólogos nas áreas de agronegócio, estética e cosmética, gestão ambiental, gestão hospitalar e radiologia.

As maiores abstenções foram em tecnologia de gestão ambiental (23,1%) e tecnologia em radiologia (17,5%). Entretanto, medicina registrou apenas 1,9% de ausentes, e odontologia, 4%. Por unidade da Federação, as maiores abstenções foram no Amazonas (20,2%), Roraima (14,3%) e Pernambuco (13,4%). Rio Grande do Sul teve o menor número de ausentes (6,1%), seguido de Rondônia (6,2%) e Ceará (6,4%).

Gabarito e Questionário

O gabarito das questões objetivas será divulgado na próxima quarta-feira (23), e a data de publicação do padrão de resposta das questões discursivas será divulgada oportunamente. Todos os participantes têm até 30 de novembro para preencher o Questionário do Estudante, exclusivamente pelo Sistema Enade. O questionário é obrigatório, e o estudante que não o preencher não poderá colar grau.

Aplicado pela primeira vez em 2004, o Enade integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior, composto também pela Avaliação de Cursos de Graduação e Avaliação Institucional. Juntos, eles formam o tripé avaliativo da qualidade dos cursos e instituições de educação superior. Os resultados do Enade, aliados às respostas do Questionário do Estudante, são fundamentais para o cálculo dos indicadores de qualidade da educação superior.

Agência Brasil

Produção e emprego na indústria mantêm queda em outubro

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A produção e o emprego continuam caindo na indústria brasileira. Os índices de evolução da produção e de emprego ficaram em 45,8 pontos em outubro, segundo a Sondagem Industrial da Indústria, divulgada hoje (21) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores variam de 0 a 100 pontos. Índices abaixo de 50 pontos revelam queda da produção e do emprego. O fraco desempenho do setor está levando empresários a reverem a estimativa.

“A produção industrial, que costuma crescer em outubro, manteve o ritmo de queda do mês anterior e segue muito baixa, provocando elevada ociosidade no setor”, destacou a pesquisa. O índice de utilização da capacidade instalada caiu um ponto percentual em outubro na comparação com setembro e ficou em 65%. A pesquisa mostra ainda que os estoques estão dentro do planejado pelos empresários. O indicador de estoque efetivo em relação ao planejado ficou em 50,6 pontos, próximo da linha divisória dos 50 pontos.

O baixo volume de produção piorou as expectativas dos empresários industriais para os próximos seis meses. Os indicadores de expectativas de demanda, compra de matérias-primas, exportações e número de empregados ficaram abaixo dos 50 pontos em novembro. O número demonstra que os empresários esperam redução da demanda, das exportações, das compras de matérias-primas e dos empregos nos próximos seis meses.

A falta de perspectiva de recuperação no curto prazo reduziu a disposição de os industriais fazerem investimentos. O índice de intenção de investimentos ficou em 43,9 pontos em novembro. Mesmo com alta de 3,1 pontos em relação a outubro de 2015, o valor está 3,7 pontos inferior à média histórica, de 47,6 pontos para o mês.

A pesquisa foi feita entre 1º e 11 de novembro com 2.371 empresas industriais em todo o país. Desse total, 979 são pequenas, 862 são médias e 530 são de grande porte.

Agência Brasil

Agências do Banco do Brasil que serão encerradas e reformuladas no RN

Confira abaixo quais serão as agências encerradas e reformuladas:

Agências  Encerradas
Av. Ayrton Senna (4301) – Natal
Base Naval (4460) – Natal
Biomédico (4462) – Natal
Midway Mall (4717) – Natal
Norte Shopping (5872) – Natal
Fab-Bant (4463) – Parnamirm

Agências Formuladas
Afonso Bezerra (142)
Florânia (2066)
Governador Dix-Sept Rosado (2084)
Martins (2264)
Mossoró (4711 – Petrobrás)
Natal (4716 – TRT)

Tribuna do Norte

PM apreende adolescentes com armas artesanais no interior de micro-ônibus

Delegacia de Plantão da zona Norte de Natal cuida do caso

Delegacia de Plantão da zona Norte de Natal cuida do caso

 

Policiais do 4º Batalhão de Polícia Militar (4º BPM) apreenderam em flagrante, na tarde deste domingo (20), dois adolescentes no momento em que realizavam um ato infracional análogo ao roubo contra passageiros que estavam em um micro-ônibus da linha Extremoz/Igapó.

Com eles a PM apreendeu duas armas de fogo artesanal utilizada para intimidar as vítimas e recuperou celulares e dinheiro tomados no assalto.

Ambos foram conduzidos à Delegacia de Plantão da zona Norte de Natal para medidas atinentes.

Agora RN

Proposta da reforma política pode ser votada nesta terça-feira

 OBJETIVO É DIMINUIR O NÚMERO DE LEGENDAS PARTIDÁRIAS NO PAÍS

OBJETIVO É DIMINUIR O NÚMERO DE LEGENDAS PARTIDÁRIAS NO PAÍS

 

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 36/2016 cumpriu nesta segunda-feira (21) a segunda de três sessões de discussão do segundo turno. A PEC, que estabelece uma cláusula de barreira, foi aprovada em primeiro turno no último dia 9, com 58 votos favoráveis e 13 contrários. A terceira sessão de discussão e o segundo turno de votação estão previstos para ocorrer nesta terça-feira (22).

Dos senadores Ricardo Ferraço (PSDB-ES) e Aécio Neves (PSDB-MG), entre outras mudanças, a PEC acaba com as coligações partidárias nas eleições proporcionais (vereadores e deputados) e cria uma cláusula de barreira para a atuação dos partidos políticos. O objetivo é diminuir o número de legendas partidárias no país.

A PEC foi aprovada na forma do substitutivo apresentado pelo relator, senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP). De acordo com o texto, as coligações partidárias nas eleições para vereador e deputado serão extintas a partir de 2020. Atualmente, os partidos podem fazer coligações, de modo que as votações das legendas coligadas são somadas e consideradas como um grupo único no momento de calcular a distribuição de cadeiras no Legislativo.

Agora RN

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