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Calero gravou conversa com Temer em que trataram do caso Geddel

VIA PORTA-VOZ, MICHEL TEMER DIZ TER FICADO ‘SURPRESO’ COM ‘BOATOS’ DE ‘SUPOSTAS GRAVAÇÕES’

VIA PORTA-VOZ, MICHEL TEMER DIZ TER FICADO ‘SURPRESO’ COM ‘BOATOS’ DE ‘SUPOSTAS GRAVAÇÕES’

Pivô de uma crise política que atingiu o gabinete presidencial, o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero gravou a conversa que teve com Michel Temer no Palácio do Planalto na semana passada na qual ele afirma que o presidente da República interveio em favor dos interesses do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, para liberar uma obra em Salvador, informou o Bom Dia Brasil.

Procurado pela TV Globo, o ex-ministro disse que não pode falar desse assunto.

Em depoimento à Polícia Federal (PF) prestado na última quarta (23), Calero disse que foi “enquadrado” pelo presidente para que encontrasse uma “saída” para que fosse autorizada a continuidade da construção do condomínio La Vue, na capital baiana, no qual Geddel comprou um apartamento.

Após o depoimento de Marcelo Calero à PF vazar na imprensa, o porta-voz da Presidência da República, Alexandre Parola, afirmou que Temer procurou o ex-ministro da Cultura para resolver o “impasse” entre ele, Calero, e o chefe da Secretaria de Governo (leia a íntegra do pronunciamento de Parola ao final desta reportagem).

Segundo o colunista do G1 Matheus Leitão, a Procuradoria Geral da República (PGR) deve pedir a abertura de investigação para apurar se o ministro Geddel Vieira Lima fez tráfico de influência ao pressionar o ex-colega da Esplanada dos Ministérios.

A PGR recebeu nesta quinta-feira (24) o depoimento que Calero prestou à Polícia Federal. O documento inicialmente foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o encaminhou para a análise dos procuradores da República.

A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, remeteu o depoimento à PGR antes de mandar sortear o caso para relatoria de algum dos minstros do tribunal.

Caberá agora ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, avaliar se pede autorização ao Supremo para investigar o ministro da Secretaria de Governo.

Calero pediu demissão do cargo de ministro na última sexta-feira (18) e, posteriormente, acusou Geddel de tê-lo pressionado a conceder a licença de construção do prédio de luxo localizado em um bairro nobre de Salvador, que havia sido barrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Na condição de ministro, Geddel tem direito ao chamado “foro privilegiado”, ou seja, ser investigado e processado pelo STF, a mais alta Corte do país. Por isso, a investigação precisa ser autorizada por um dos 11 ministros do tribunal.

Para a PF, Geddel deve ser investigado, mas a palavra final sobre uma eventual abertura de inquérito cabe à PGR.

Comissão de Ética
Na segunda-feira (21), a Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu abrir um processo para investigar a conduta de Geddel no episódio relatado pelo ex-ministro da Cultura.

O colegiado fiscaliza eventuais conflitos de interesse envolvendo integrantes do governo, mas não tem poder para punir nenhum servidor público, apenas pode recomendar ao chefe do Executivo sanções a integrantes do governo, entre as quais demissões.

Nos últimos dias, Geddel admitiu que é proprietário de um apartamento no empreendimento, confirmou que procurou o então ministro da Cultura para tratar do embargo à obra, mas negou que tivesse pressionado Calero para liberar a construção do edifício.

A obra embargada
O empreendimento imobiliário pivô da saída de Marcelo Calero do Ministério da Cultura foi embargado pela direção nacional do Iphan em razão de estar localizado em uma área tombada como patrimônio cultural da União, sujeita a regramento especial. Os construtores pretendem erguer um prédio com 31 andares, mas o Iphan autorizou a construção de, no máximo, 13 pavimentos.

Com vista privilegiada para a Baía de Todos-os-Santos, o condomívio La Vue começou a ser construído em outubro de 2015. O metro quadrado dos apartamentos – um por andar – custa em torno de R$ 10 mil. O edifício tem apartamentos com quatro suítes de 259m² e uma cobertura chamada “Top House” de 450 m². Os imóveis no La Vue variam de R$ 2,6 milhões a R$ 4,5 milhões.

No sábado, o instituto informou que a obra foi embargada após estudos técnicos apontarem impacto do empreendimento em cinco imóveis tombados da vizinhança do condomínio: o forte e farol de Santo Antônio, o forte de Santa Maria, o conjunto arquitetônico do Outeiro de Santo Antônio (que inclui o forte de São Diogo), além da própria Igreja de Santo Antônio (leia mais sobre os argumentos do Iphan ao final desta reportagem).

Parentes
Familiares do ministro da Secretaria de Governo integram a defesa do empreendimento imobiliário de Salvador barrado pelo Iphan, no qual ele afirma ter comprado um imóvel, publicou na quarta-feira o jornal “Folha de S.Paulo”.

Segundo o jornal, um primo e um sobrinho de Geddel atuam como representantes do empreendimento La Vue Ladeira da Barra junto ao Iphan.

A publicação afirmou que, em um documento anexado ao processo administrativo que tramitou junto ao Iphan, a empresa Porto Ladeira da Barra Empreendimento – responsável pelo La Vue, interditado pelo órgão ligado ao Ministério da Cultura – nomeou como procuradores os advogados Igor Andrade Costa, Jayme Vieira Lima Filho e o estagiário Afrísio Vieira Lima Neto.

Ainda de acordo com a “Folha”, Jayme é primo de Geddel e também seria sócio dele no restaurante Al Mare, em Salvador. Já o estagiáriao Afrísio Vieira Lima Neto é filho do deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ministro da Secretaria de Governo.

A procuração, informou o jornal, foi assinada em 17 de maio de 2016, cinco dias depois de Geddel assumir o comando da Secretaria de Governo.

Globo.com

 

Em Natal, artistas de circo fazem ação para incentivar doação de sangue

 CIRCO LEVARÁ PALHAÇOS, MALABARISTAS, ACROBATAS E CONTORCIONISTAS PARA A AÇÃO (FOTO: LE CIRQUE AMAR/DIVULGAÇÃO)

CIRCO LEVARÁ PALHAÇOS, MALABARISTAS, ACROBATAS E CONTORCIONISTAS PARA A AÇÃO (FOTO: LE CIRQUE AMAR/DIVULGAÇÃO)

Para comemorar o Dia Nacional do Doador de Sangue, o Hemocentro do RN recebe nesta sexta-feira (25), a partir das 11h, artistas do Le Cirque Amar, que estão em cartaz em Natal. Terá apresentação de palhaços, malabaristas, acrobatas e contorcionistas, e quem ajudar o hemocentro ganha ingresso para assistir ao espetáculo. “É uma campanha feita com muito carinho para incentivar a população a fazer sua parte”, afirma o diretor do circo, Brayan Stevanovich.

Após três anos, o circo francês, que já está na sexta geração de artistas, volta a Natal, e tem uma trilha de boas ações pelo caminho. “Por todas as cidades por onde circo passa, realizamos espetáculos beneficentes. E em Natal não poderia ser diferente. Vamos levar momentos de alegria e carinho a quem doa vida e salva vidas. O doador de sangue merece toda essa homenagem”, comenta Stevanovich.

Urgente
O Hemonorte está precisando com urgência de sangue de todos os tipos para repor seu estoque. As doações realizadas não estão sendo suficientes para manter o estoque equilibrado. No momento, a unidade conta com pouco mais de 500 bolsas prontas para uso, estoque considerado baixo para o período de grande evento como o Carnatal. “Não tem preço que pague uma doação, que salva muitas vidas. É extremamente importante”, diz Bryan.

Podem doar as pessoas que tem entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos de idade precisam de consentimento do responsável legal), ser saudável, pesar acima de 50 kg, ter dormido seis horas na noite anterior; evitar alimentos gordurosos antes da doação, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores e apresentar um documento oficial com foto. O Hemonorte fica na Av. Alexandrino de Alencar, 1800, Tirol.

Quadrilha explode terminal de agência bancária no interior do RN

 AGÊNCIA É EXPLODIDA NA MADRUGADA DESTA SEXTA-FEIRA EM BOM JESUS (FOTO: EDYLON SANTOS/100% BOM JESUS)

AGÊNCIA É EXPLODIDA NA MADRUGADA DESTA SEXTA-FEIRA EM BOM JESUS (FOTO: EDYLON SANTOS/100% BOM JESUS)

Criminosos explodiram na madrugada desta sexta-feira (25) um terminal de autoatendimento da agência Bradesco em Bom Jesus, município localizado na região Agreste do Rio Grande do Norte. Segundo a Polícia Militar, um artefato explosivo foi encontrado no local e o Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi acionado. O dinheiro do terminal foi retirado, mas não se sabe a quantia levada. Ninguém foi preso.

A polícia local solicitou uma equipe antibomba para recolher o material deixado. Além disso, munições de vários calibres também foram encontradas e apreendidas. O grupo também efetuou dois disparos em uma loja próxima. Eles fugiram em duas motocicletas e outros dois carros.

A polícia fez buscas pela região, mas nenhum suspeito foi encontrado.

G1 RN

Ex-PM é executado com mais de 20 tiros na frente da família em Mossoró

 EX-PM MÁRCIO BEZERRA FOI MORTO A TIROS NESTA QUINTA (14), EM MOSSORÓ (FOTO: MARCELINO NETO/G1)

EX-PM MÁRCIO BEZERRA FOI MORTO A TIROS NESTA QUINTA
(14), EM MOSSORÓ (FOTO: MARCELINO NETO/G1)

Um ex-policial militar foi morto na noite desta quinta-feira (24) na principal rua do bairro Bom Jesus, em Mossoró, região Oeste do Rio Grande do Norte. Segundo a Polícia Militar, a vítima foi identificada como Márcio Silva Bezerra, de 38 anos. Márcio estava com a mulher dele e um filho na calçada de um bar quando foi surpreendido com mais de 20 tiros. Ele havia sido acusado em 2008 de integrar um grupo de extermínio em Natal. Os assassinos dele não foram encontrados.

Ainda de acordo com a polícia, dois homens chegaram no bar e se dirigiram à mesa onde o ex-PM estava. A dupla efetuou cinco disparos de escopeta calibre 12 e mais 20 tiros de uma pistola 380. A vítima teve o rosto desfigurado pelos disparos. Até o momento, a polícia acredita que o crime pode ter sido motivado por vingança.

Márcio esteve na Polícia Militar do RN por 17 anos e havia sido transferido para Mossoró há cinco meses. Ele era investigado por vários crimes em Natal, e estava afastado do trabalho como militar. Em 2008, o ex PM também chegou a ser acusado de integrar um grupo de extermínio em Natal e foi condenado a 14 anos de prisão.

G1 RN

Baile de tango “Milonga” acontece na capital potiguar, em dezembro

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No próximo dia 4 dezembro, Natal terá a realização de um baile de tango, a chamado “milonga”, no estilo mais tradicional que é encontrado em Buenos Aires, a sede mundial da dança. O evento será realizado no restaurante Armazém Tirol, das 20h às 23h30 e é aberto para todas as pessoas que desejam conhecer esse ritmo.

O organizador do evento e professor de tango, José Alves Freire – que tem 55 anos e é natural da cidade de Arez, no interior do Rio Grande do Norte -, disse que o evento é denominado “milonga”, que é como se chama o baile de tango na capital da Argentina. “Quem quiser conhecer o mais autêntico tango, deve ir para milonga do dia 4 de dezembro”, disse o professor José Freire.

No baile participará ainda a professora Luciana Mayumi, professora de tango em São Paulo, que no mesmo dia 4 de dezembro, das 13h às 16h, ministrará na Escola de Dança do Teatro Alberto Maranhã (Edtam), um workshop de tango para alunos já praticantes da dança. “E em seguida, à noite, ela também estará na milonga, se apresentando para o público”, informou o professor José Freire.

Serviço:

Evento: Baile de Tango (Milonga Bien Porteña)

Data: 4 de dezembro de 2016 (domingo)

Hora: 20h

Local: Restaurante Armazém Tirol

Endereço: Rua Ângelo Varela, 1031 – Tirol – próximo à AABB.

Workshop com a professora Luciana Mayumi

Local: Escola de Dança do Teatro Alberto Maranhão

Data: 4 de dezembro de 2016 (domingo)

Hora: 13h às 16h

Obs.: Workshop destinado a alunos já praticantes de aulas de tango.

Por que a classe média estagnada aceita cortar imposto dos ricos?

APOIADORES DE DONALD TRUMP DESCANSAM ANTES DE COMÍCIO (ANDREW HARRER/BLOOMBERG)

APOIADORES DE DONALD TRUMP DESCANSAM ANTES DE COMÍCIO (ANDREW HARRER/BLOOMBERG)

Se os eleitores de Donald Trump estão com a renda estagnada, por que eles não votaram em quem defende mais ajuda governamental?

Como que uma revolta contra as “elites” levou ao triunfo de um bilionário que defende o corte de impostos para os mais ricos?

Uma tentativa de responder a esses aparentes mistérios foi feita por Robert Shiller, vencedor do Nobel de Economia em 2013, em uma coluna recente para o Project Syndicate.

O argumento é que os perdedores da globalização querem de volta o controle de seu destino, e não uma correção a posteriori vinda de fora.

“A redistribuição parece aviltante. Dá a sensação de ser rotulado como um fracasso. Parece instável. Dá a sensação de estar preso em uma relação de dependência, e uma que pode entrar em colapso a qualquer momento”, diz Shiller.

Ele cita um estudo de Kenneth Scheve, de Stanford, e David Stasavage, da New York University, que analisou dois séculos de dados sobre desigualdade e taxas de imposto em 20 países.

A conclusão: períodos de aumento da desigualdade simplesmente não geram a tendência de deixar o código tributário mais justo e progressivo.

Mas se não for por redistribuição, como Trump pretende satisfazer as classes médias decadentes que o colocaram no poder?

Sua resposta até agora tem focado em protecionismo e renegociação de acordos comerciais. Ele até tem o poder para fazer isso, mas sob risco de gerar guerras comerciais e outras consequências perigosas.

Trump dificilmente conseguirá gerar os tipos de emprego que promete por causa de um fator que ele prefere ignorar: a tecnologia.

Em 1980, eram necessários 25 empregos para gerar US$ 1 milhão em produção manufatureira nos Estados Unidos, segundo o instituto Brookings. Hoje, são necessários apenas 6,5 empregos para gerar o mesmo montante.

E a tendência é clara, com estudos mostrando que a robotização pode ameaçarpraticamente metade dos empregos americanos nos próximos 10 a 20 anos.

“A revolução Trump, como apresentada até agora, muito provavelmente não conseguirá entregar o que seus apoiadores realmente querem: um aumento no poder econômico dos trabalhadores”, completa Shiller.

EXAME

Governo vai retomar construção de 7.127 unidades do Minha Casa, Minha Vida

APARTAMENTOS DO MINHA CASA, MINHA VIDA

APARTAMENTOS DO MINHA CASA, MINHA VIDA

O governo anunciou nesta quinta-feira, 24, a retomada de obras para construção de 7.127 unidades do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). As unidades são destinadas à faixa 1, na qual estão as famílias com renda de até R$ 1.800,00. O valor desses imóveis são subsidiados em até 90% com recursos públicos.

De acordo com o Ministério das Cidades, nessa etapa serão investidos R$ 257,4 milhões, para beneficiar cerca de 30.000 pessoas. As unidades estão espalhadas em nove Estados: Acre, Alagoas, Amazonas, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro.

Ao anunciar o reinício das obras, o ministro das Cidades, Bruno Araújo, disse que o governo da ex-presidente Dilma Rousseff deixou um saldo de 60.000 habitações com obras paralisadas. Esse total já foi reduzido para 33.887 e a estimativa é que o saldo seja “zerado” nos próximos meses.

A área técnica estima que isso ocorra em fevereiro de 2017. Só então começará a contratação de novas unidades.

Segundo o Ministério das Cidades, o orçamento para a área de habitação contará com R$ 7 bilhões em recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A meta é contratar 600.000 novas unidades.

Em meio a turbulências políticas e num cenário em que a atividade econômica dá sinais de uma retomada mais fraca do que anteriormente esperado, o governo tem buscado agendas positivas com o foco na retomada do crescimento e do emprego.

Além da retomada das unidades do MCMV, o Palácio do Planalto organizou uma solenidade com a presença do presidente Michel Temer para divulgar que o Construcard contará com R$ 7 bilhões. A retomada de obras do MCMV também vem sendo anunciada em etapas

Dados divulgados na quarta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que a intenção de investimentos no setor de construção civil caiu em novembro, depois de três meses em alta.

Inca: sobrevida de pacientes infantojuvenis com câncer no Brasil é de 64%

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A sobrevida estimada no Brasil por câncer na faixa etária até 19 anos é de 64%. O índice foi calculado com base nas informações de incidência da doença e mortalidade. O dado inédito foi divulgado hoje (24) pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) e pelo Ministério da Saúde (MS) em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil (23 de novembro) e ao Dia Nacional de Combate ao Câncer (27 de novembro).

O estudo do Inca/MS apontou que a sobrevida de pacientes infantojuvenis com câncer varia de acordo com a região. Os índices são mais elevados nas regiões Sul (75%) e Sudeste (70%) do que Centro-Oeste (65%), Nordeste (60%) e Norte (50%).

“O nosso dado é bom, mas se considerarmos isso em relação aos países de alta renda ainda temos um caminho a seguir. Porque, hoje em dia, 80% das crianças acometidas por câncer em países de alta renda podem ser curadas”, afirmou a chefe do Serviço Oncologia Pediátrica do Inca, Sima Ferman, que estima que a sobrevida do paciente adulto com câncer no país está em torno de 60%.

A médica avalia que o Brasil tem desafios a enfrentar para melhorar o índice de cura. “O primeiro é que a criança chegue ao centro de tratamento numa fase mais inicial da doença. Hoje em dia, recebemos crianças com a doença muito avançada. Para isso, é necessário que haja maior acesso aos serviços de atenção primária, que a rede funcione melhor”, afirma Sima. “A maior parte dos serviços está nas regiões Sul e Sudeste e isso pode explicar essa diferença regional”.

Para contribuir com o diagnóstico precoce, é importante que pais e responsáveis saibam identificar os sinais e sintomas da doença, que muitas vezes são parecidos com os de doenças comuns da infância. “Qualquer sinal ou queixa que a criança tenha tem que ser valorizado, principalmente se for persistente”, diz a médica. “O câncer infantojuvenil é uma doença potencialmente curável, mas é necessário que o diagnóstico seja rápido, bem como o início do tratamento”.

Panorama do câncer infantojuvenil

Segundo o Inca, o câncer é a doença que mais mata crianças e adolescentes no Brasil e a segunda causa de óbito neste grupo etário, superada somente pelos acidentes e mortes violentas. Entre 2009 e 2013, o câncer foi a causa de cerca de 12% das mortes na faixa de 1 a 14 anos e 8% de 1 a 19 anos. Foram registradas 2.724 mortes por câncer infantojuvenil no Brasil em 2014, ano mais recente das informações compiladas pelo ministério.

O Inca estima a ocorrência de 12,6 mil novos casos de câncer na faixa etária até 19 anos em 2017. As leucemias representam o maior percentual de incidência (26%), seguida dos linfomas (14%) e tumores do sistema nervoso central (13%).

A estimativa da sobrevida para o câncer infantojuvenil é um índice baseado nas informações sobre a doença, obtidas dos registros de câncer de base populacional e do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Inca/MS.

Agência brasil

Quem disse, Berenice? abre 3 lojas em Portugal

 QUEM DISSE, BERENICE?: AS LOJAS, ABERTAS EM LISBOA E PORTO, TERÃO O MESMO VISUAL E PRODUTOS DAS BRASILEIRAS (DIVULGAÇÃO)

QUEM DISSE, BERENICE?: AS LOJAS, ABERTAS EM LISBOA E PORTO, TERÃO O MESMO VISUAL E PRODUTOS DAS BRASILEIRAS (DIVULGAÇÃO)

A marca Quem disse, Berenice? irá abrir três lojas em Portugal na semana que vem, dando início à sua expansão internacional. A marca, que promove uma beleza jovem e ousada, aplicou esses conceitos na nova empreitada.

As lojas, que serão inauguradas em Lisboa e Porto, terão o mesmo visual e produtos das unidades brasileiras. De acordo com o desempenho delas, a empresa fará os planos para a expansão em 2017.

A mais nova marca do Grupo Boticário foi lançada em agosto de 2012 e hoje tem 180 lojas no Brasil. Deverá terminar o ano com 200 unidades e recentemente também começou a ter os produtos vendidos nas farmácias Droga Raia, segundo Juliana Fava, diretora da marca.

Apesar da rápida expansão, a marca é bem menor que a líder do grupo, O Boticário, que tem cerca de 4.000 lojas em todo o Brasil.

Porém, ser uma marca jovem pode ser uma vantagem, afirmou Ana Paula Tozzi, presidente da consultoria AGR.

Ao invés de levar a Eudora para fora ou impulsionar a expansão do Boticário, que já está em Portugal e Colômbia, a empresa optou por levar a marca que deu certo no Brasil e que seria uma novidade no mercado europeu.

Nada de Paris ou Nova York

Entre as companhias brasileiras de beleza que se arriscam no exterior, muitas optam por abrir uma loja vitrine em Paris ou Nova York, as cidades mais icônicas – e competitivas – do setor.

No entanto, esses são mercados muito bem consolidados, mais restritivos para a entrada de novas marcas e que exigem altos investimentos em marketing, afirma a consultora.

Portugal também é um país com mercado de beleza bem estabelecido, mas muito menos fechado para a entrada da concorrência. Cerca de 70% das portuguesas usam produtos de beleza, contra 50% das brasileiras.

Segundo a diretora da Quem disse, Berenice?, Portugal foi escolhido para essa empreitada pela aproximação da língua e da cultura. Muitas consumidoras portuguesas acompanham blogueiras, youtubers ou novelas brasileiras e já conheciam a marca.

Assim, será bem mais fácil explicar o nome da marca e o seu conceito no país lusófono. “Liberdade é um conceito universal, que pode ser entendido em qualquer país”, disse Fava.

Outra vantagem do país é que O Boticário já está presente no país há 28 anos, com cerca de 50 lojas. “Começamos por onde acreditamos ter mais chance para fazer nossa marca crescer”, afirmou a executiva.

Avanço internacional

Praticamente todo o portfólio de produtos – sombras, batons, esmaltes, bases, acessórios e outros – será oferecido no país. Enquanto no Brasil são vendidos mais de 500 itens diferentes, Portugal terá cerca de 400, por conta das legislações distintas em relação a alguns ingredientes.

Cerca de 70% dos itens serão fabricados na fábrica do grupo O Boticário em São José dos Pinhais, Paraná, e os outros serão importados de outros países. Assim como no Brasil, a marca terá um preço bastante acessível, ainda que não seja o mais barato do setor.

Os produtos não precisarão ser adaptados porque já foram criados de olho no padrão internacional, disse a consultora Tozzi.

Algumas marcas brasileiras fazem produtos bastante cremosos e com forte aroma. Já a Quem disse, Berenice? tem itens de beleza mais suaves, com aceitação mais fácil lá fora, disse ela.

Não é a primeira vez que uma marca brasileira se arrisca no exterior. A Natura é um exemplo: suas operações internacionais foram responsáveis por 33,5% das receitas totais da empresa no 3o trimestre.

A fabricante está presente, por meio da venda direta, em 6 países e tem uma loja vitrine em Paris, na França. Recentemente, anunciou o fim das vendas diretas na França.

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