Em carta de demissão enviada ao presidente interino Michel Temer, o ex-ministro Henrique Alves destacou que vai se dedicar a enfrentar as denúncias com serenidade e transparência nas instâncias devidas.
Henrique disse ainda não querer criar constrangimentos ou qualquer dificuldade para o governo e enfatizou que todas as ilações envolvendo o seu nome serão esclarecidas. Mais adiante, Alves diz que pensou muito antes de tomar a decisão de entregar o cargo, porque acredita que o Turismo reúne as melhores condições para ajudar o Brasil a enfrentar o momento difícil que vive.
Ao finalizar, ressalta: Presidente Michel, agradeço à sua sempre lealdade, amizade e compromisso de uma longa vida política e partidária, sabendo que sempre estaremos juntos nessa trincheira democrática em busca de uma nação melhor. A sua, a minha, a nossa luta continuam. Pelo meu Rio Grande Norte e pelo nosso Brasil
Segue a carta na íntegra.
A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte não gostou de nota emitida pelo MARCCO – Movimento Articulado de Combate à Corrupção, que apontou o aumento de despesas da Casa, apesar dos cortes em cargos anunciados pela presidência do Legislativo potiguar. Primeiro, a Secretaria Administrativa da Assembleia Legislativa, Dulcinéia Brandão, gravou um vídeo criticando a instituição, e depois foi divulgada, pelo Legislativo, uma NOTA A SOCIEDADE, que desqualifica as denúncias feitas pelo MARCCO, cuja intepretação sobre a Resolução 33 foi taxada como ´´ equivocada´´.
Segue a nota na íntegra:
NOTA À SOCIEDADE
16 DE JUNHO DE 2016
Assembleia expõe verdade sobre interpretação equivocada do Marcco sobre Resolução 33
A propósito da nota à sociedade enviada pelo Movimento Articulado de Combate à Corrupção no Rio Grande do Norte (MARCCO) nesta quinta-feira (16), a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte recebe com estranheza os dados apontados pela instituição.
Antes de detalhar, é necessário esclarecer que o Plenário da Assembleia Legislativa através da Resolução 33/2016, extingue serviços de estágios, monitoria e serviços de caráter transitório. A resolução é um prosseguimento das ações do Planejamento Estratégico e economicidade de despesas. A medida adequa os procedimentos da verba indenizatória de custeio do exercício da atividade parlamentar, assessoramento legislativo e político dos deputados da Assembleia Legislativa à Câmara dos Deputados.
Dessa forma, a Assembleia esclarece os seguintes pontos:
1)Ao contrário do propagado pelo MARCCO, a verba indenizatória conforme o artigo 3 da resolução 33 saiu de R$ 24.057,90 para R$ 33.930,50. Com a mudança normatiza-se, alinha-se e adequa-se as atividades de gabinete da Assembleia Legislativa ao que ocorre na Câmara dos Deputados, em termos legais e administrativos. A Assembleia ressalta ainda que a rubrica da verba de gabinete dos deputados estaduais não tem aumento desde 2009, ou seja, há 7 anos.
2 e 3) No artigo 13 da resolução 33 são extintas e vedadas todas as despesas com serviços prestados por pessoas físicas como estagiários ou monitores, bem como aqueles com atividades de assessoramento de caráter transitórios nos gabinetes (contabilizado no elemento de despesa 3.3.90.36 – outros serviços de terceiros pessoa física). Tais atividades eram ocupadas por 480 pessoas que prestavam serviços de pessoas físicas para os deputados, ao custo de R$ 720 mil por mês. Portanto, a Assembleia afirma que com a edição da resolução NÃO HÁ NENHUM AUMENTO DE DESPESA NA CASA LEGISLATIVA e discorda o valor e o percentual apontado pelo MARCCO.
4) Sobre os dados do índice da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) em relação ao gasto pessoal, a Assembleia Legislativa esclarece que: em dezembro de 2014 o índice da LRF era de 2,25; em abril de 2015 houve a redução para 2,24; em agosto, o valor foi reduzido ainda mais para 2,22. Em dezembro de 2015, o valor da LRF foi para 2,30. Este ano, em abril de 2016 caiu para 2,27 e a estimativa para o mês de maio é que a LRF fique em 2,26 na Assembleia Legislativa, dentro do limite prudencial que é de 2,26 e do limite legal que é de 2,38, contrastando mais uma vez com os dados apresentados pelo MARCCO.
5) As nomeações dos cargos em comissão de Secretariado Parlamentar estão sendo publicadas nos boletins eletrônicos da Assembleia Legislativa em conformidade com a resolução 033 e garantem transparência aos atos administrativos.
Diante dos fatos verdadeiros apresentados nesta nota, o Poder Legislativo discorda do posicionamento do MARCCO pela divulgação dos dados incorretos e expostos à sociedade. A Assembleia reafirma que esta gestão sempre esteve aberta a prestar qualquer tipo de esclarecimento seja ao MARCCO ou a outra instituição, ao mesmo tempo em que ressalta que o Poder Legislativo não foi procurado pelo Movimento em relação aos dados apresentados a sociedade. A atitude do MARCCO ao invés de esclarecer, confunde e provoca a desinformação da opinião pública em relação ao Poder Legislativo.
A Assembleia confia na verdade dos fatos e no esclarecimento dos dados sobre os atos administrativos.
Palácio José Augusto
A iminente ameaça de desemprego que milhares de trabalhadores terceirizados vivem no Rio Grande do Norte foi o tema do pronunciamento do deputado Tomba Farias (PSB), que nesta quinta-feira (16) alertou a Assembleia Legislativa sobre a gravidade da situação. A ameaça de desemprego dos profissionais terceirizados é motivada pela inadimplência do Governo do Estado, Prefeitura do Natal, Prefeitura de Mossoró, entre outros entes públicos, com as empresas prestadoras de serviço. O valor dos débitos, segundo o parlamentar, é de cerca de R$ 65 milhões.
“Os entes públicos se encontram inadimplentes há meses com as empresas prestadoras de serviços. Essa situação ameaça o emprego de cerca de dez mil trabalhadores de empresas de terceirização de mão de obra do nosso Estado, fazendo com que paguem pelo ônus de uma conta que não é deles”, disse Tomba.
De acordo com o deputado, o déficit dos Poder Público com as empresas é de aproximadamente R$ 65 milhões, valor que se acumula desde o meio do ano passado. “Não estamos aqui para defender interesses de empresas, mas por dever de justiça é bom deixar claro que esses valorosos empresários, ecom a folha de pagamento de seus funcionários, sem deixar afetar a qualidade dos serviços. No entanto chegará o dia, se já não chegou, que a conta e as obrigações trabalhistas se tornarão impagáveis”, declarou.
Tomba citou como exemplo a situação da empresa Safe, que entrou com pedido de recuperação judicial “por não mais conseguir honrar suas dívidas à vista da inadimplência registrada. Como alguém pode continuar a pagar seus funcionários se não recebe pelo serviço que executa?”, questiona.
Durante o pronunciamento, as galerias da Assembleia Legislativa ficou lotada com a participação de representantes das categorias dos trabalhadores terceirizadas. O presidente do Sindicato Patronal das Empresas Prestadoras de Serviços de Mão de Obra do Rio Grande do Norte (Sindprest/RN), Edmilson Pereira de Assis, também estava presente. “Os cidadãos aqui presentes clamam pela manutenção de seus empregos e pelo direito de assegurarem para suas famílias uma vida digna”, destacou o parlamentar.
Ao final do discurso, Tomba fez um apelo ao presidente da Assembleia, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), ao líder do Governo na Casa, Dison Lisboa (PSD) e aos demais parlamentares para que somem esforços no sentido de intermediar junto ao Governo do Estado e às Prefeituras do Natal e de Mossoró uma solução para a situação. “Essa Casa, como caixa de ressonância da sociedade, não pode ficar omissa diante desse quadro”, concluiu.
Apresentar ao atual secretário da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), Ronaldo Lundgren, as ações realizadas pela Diretoria de Saúde da Polícia Militar do Rio Grande do Norte. Este foi o tema que motivou uma reunião, na manhã desta quinta-feirea (16), entre o gestor da Sesed e representantes dos vários setores que formam os quadros de saúde da PM. Na ocasião, foram discutidos a atual estrutura física e recursos humanos, bem como os serviços disponibilizados nesta área para os agentes de segurança e seus dependentes. Também participaram do encontro o secretário de Justiça e Cidadania, Walber Virgulino e o comandante geral da Polícia Militar, Coronel Dancleiton Pereira.
“Tivemos a oportunidade de apresentar ao novo secretário da Sesed os desafios e pleitos da diretoria de Saúde, principalmente no que está relacionado as necessidades de recursos humanos”, disse o diretor de saúde da PMRN, Coronel Roberto Germano.
Atualmente, a diretoria de saúde registra uma média mensal de 5 mil atendimentos ambulatórias, o que vem sendo ofertada parte para policiais e bombeiros e parte para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Para oferecer estes atendimentos, a PM conta com 69 oficiais do quadro de saúde e 280 praças.
Para tentar reverter este quadro e ampliar os recursos humanos existentes na Diretoria de Saúde, o secretário Ronaldo Lundgren sugeriu um reestudo da atual Lei de Organização Básica (LOB) dos quadros de Saúde Polícia Militar a fim de levantar a atual necessidade para o setor, bem como uma análise da possibilidade de implementação dos serviços temporários de saúde conforme realizados pelas forças armadas. Um novo encontro deverá ocorrer, já nos próximos dias, para definir as diretrizes visando melhorias para o serviço.
Investigado na Lava-Jato, o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, pediu demissão nesta quinta-feira. Henrique Alves entregou o pedido de demissão depois que chegou ao Palácio do Planalto a informação de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já teria em mãos novas acusações contra ele.
Alves é a terceira baixa do governo do presidente interino Michel Temer. Antes dele, Romero Jucá e Fabiano Silveira, do Planejamento e da Transparência, respectivamente, deixaram o governo Temer também devido a citações ou declarações relativas à operação.
No acordo de delação premiada, Sérgio Machado disse que intermediou o pagamento de R$ 1,55 milhão para Henrique Eduardo Alves. Segundo ele, o dinheiro teve como origem contratos entre a Queiroz Galvão e Galvão Engenharia com a Transpetro.
Durante um determinado período, Henrique Eduardo Alves fez lobby para a Transpetro contratar determinadas empresas de tecnologia e serviço, mas os negócios não avançaram. Pelo relato, o ex-ministro era insistente na busca de doações. “Ele (Henrique Eduardo Alves) ligava diversas vezes para a Transpetro e o depoente ligou algumas vezes para ele”, diz em depoimento Machado.
Próximo de Temer, Henrique Eduardo Alves também foi ministro do Turismo no governo da presidente afastada Dilma Rousseff. Antes mesmo da ruptura entre o PMDB e o governo da petista, Alves pediu demissão, em março deste ano.
O GLOBO
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) implantou o protocolo operacional padrão para a realização do teste do coraçãozinho em todos os bebês nascidos na Maternidade Leide Morais, na zona Norte de Natal. A medida objetiva a identificação precoce de possíveis alterações cardíacas ou cardiopatias congênitas graves nos recém-nascidos da unidade, referência em assistência materno-infantil humanizada no Rio Grande do Norte.
A gerente de Enfermagem da maternidade, Janmilli Dantas, explicou que, com o protocolo operacional padrão, o procedimento, que já era ofertado na unidade de assistência materno-infantil, será padronizado e realizado pelos profissionais responsáveis pelos recém-nascidos 24h após o nascimento destes. A normatização é importante para garantir o máximo de cuidado com a saúde dos bebês.
“Isso torna a realização do teste obrigatório, já que os recém-nascidos só receberão alta médica após a avaliação dos resultados. No caso de alteração no resultado, o pediatra de plantão deverá ser comunicado imediatamente para análise do bebê, solicitação de exames específicos, como o ecocardiograma e o encaminhamento para tratamento com um cardiologista infantil”.
Janmilli afirmou que os enfermeiros e técnicos em Enfermagem da Leide Morais foram capacitados para realizarem o teste do coraçãozinho, cujo nome oficial é oximetria de pulso, durante a Semana da Enfermagem, celebrada em maio passado. “Na ocasião, entramos em contato com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) para a parceria e treinamento dos nossos profissionais, que hoje estão aptos para fazerem o exame”.
Teste pode salvar vidas
O teste do coraçãozinho é um exame não-invasivo, simples, rápido e indolor, feito com o auxílio de um equipamento chamado oxímetro de pulso, que é colocado no pulso direito e em um dos pés do recém-nascido, para medir os níveis de oxigênio presente no sangue e os batimentos cardíacos. É capaz de detectar precocemente cardiopatias graves e problemas que podem levar à morte os bebês ainda no primeiro mês de vida.
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta quinta-feira que o presidente interino Michel Temer (PMDB) não será candidato à Presidência em 2018.
“O presidente Michel não é candidato em 2018. A missão dele é recolocar o Brasil nos trilhos de desenvolvimento. Se precisarmos tomar medidas mais duras, elas serão tomadas”, disse Padilha, em evento com empresários em São Paulo.
De acordo com o ministro, as eleições daqui a dois anos terão como protagonistas provavelmente figuras por enquanto desconhecidas. “Penso que a eleição de 2018 será para alguém que ainda não está no cenário político”, disse.
Padilha também comentou sobre o avanço da Operação Lava-Jato, que atingiu ontem diversos membros de governo e oposição, inclusive Temer.
“Tenho dito que o Brasil será outro ao final da Operação. O governo do presidente Michel Temer vê a Lava-Jato como uma grande contribuição ao Brasil, independentemente de resultados e de quem quer que tenha que ser aprofundado nas investigações”, disse.
Padilha afirmou que “tem certeza” que os investigadores saberão o momento de “aprofundar” a operação, mas foi cauteloso ao comentar as citações em delações premiadas: “É preciso diferenciar quem foi só citado. A pessoa aparece na televisão que foi citada, naquele momento ele é acusado, julgado e executado. Temos que interpretar as coisas como elas são.”
Padilha garantiu ainda que “não há interferência entre os poderes”.
UOL
Henrique Alves, ministro do Turismo, pode deixar o governo. Pelo menos, é o que se espera no Palácio do Planalto, segundo fontes próximas a Temer.
O motivo seria o acúmulo de notícias negativas contra o peemedebista. A gota d’água teria sido a nova revelação sobre a delação de Sérgio Machado ao MPF no âmbito da operação Lava Jato. O ex-presidente da Transpetro diz ter pago a Henrique Alves R$ 1,55 milhão.
Estadão/Blog Direto da Fonte
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