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Pacientes tem atendimento odontológico em enfermaria e UTI’s de hospitais do RN

CUIDADOS ODONTOLÓGICO AOS PACIENTES EM ENFERMARIAS TEM REDUZIDO CUSTOS/ FOTO DIVULGAÇÃO

O Programa de Odontologia Hospitalar, há mais de dois anos, tem cuidado pelo menos de 75 pacientes/dia. Dentre os principais benefícios do programa estão a melhoria da qualidade de vida dos doentes, a redução de custos hospitalares com o uso de antibióticos e a diminuição em 30% com o tempo médio de internação.

O coordenador do Projeto no HMWG, o cirurgião dentista, Eimar Lopes de Oliveira, explica que os procedimentos realizados pelos dentistas, vão desde a drenagem de abcesso, extração de raízes contaminadas e tratamento de ferimentos nas mucosas, rotina de higienização bucal, controle da presença de placa bacteriana na cavidade bucal, hidratação dos tecidos intra e peribucal, redução de colônias na orofaringe, diminuição dos riscos de infecção respiratória, principalmente as pneumonias associadas à ventilação mecânica (PAVs), proporcionando conforto e bem estar ao paciente.

Atuando simultaneamente em duas frentes, os 11 cirurgiões dentistas além dos procedimentos diários também prestam esclarecimentos aos acompanhantes sobre a importância da saúde oral, orientam sobre a maneira correta de escovar os dentes e sobre como continuar o tratamento após a alta hospitalar.

De acordo com a cirurgião dentista, Keila Barreto Meira, que atua nas enfermarias do segundo andar, “nossa boca, naturalmente, abriga diversos tipos de micro-organismos como fungos e bactérias. Portanto, a falta de uma boa higiene oral, pode comprometer seriamente a saúde da boca chegando a interferir na evolução e na resposta ao tratamento, conduzir as bactérias da cavidade bucal até a corrente sanguínea ou proporcionar uma inflamação gengival, levando ao risco de doenças como aterosclerose, infarto, infecções pulmonares e até mesmo ao diabetes”.

Nas enfermarias o trabalho vem dando tão certo que os cirurgiões conseguiram identificar sinais de patologias graves e alertar ao paciente para procurar um serviço especializado, ganhando um tempo precioso para início do tratamento. Nas UTIs a ação desses profissionais também tem mostrado seu diferencial. Uma cirurgia cardíaca, por exemplo, só pode ser realizada se houver liberação do cirurgião dentista. É ele que faz a avaliação oral do paciente e que identifica se há focos de infecção ou lesões de uma forma geral, pois, se maltratadas, as infecções encontradas na boca dos cardiopatas podem causar endocardite bacteriana (infecção do músculo cardíaco) e evoluir, levando o paciente ao óbito.

Ainda de acordo com Eimar, para atuar junto a um serviço de Tratamento Intensivo é preciso um aperfeiçoamento obtido através de um curso de Habilitação que dura em média 15 meses. Ele conta que no sudeste do país esta prática já existe há muitos anos. Contudo, somente em 2008 houve a criação das primeiras comissões de Odontologia Hospitalar nos Conselhos Regionais de Odontologia no Brasil. Atualmente equipes de Odontologia Hospitalar também atuam no Hospital Santa Catarina, no João Machado, Maria Alice Fernandes, Deoclécio Marques de Lucena, Regional de São Paulo do Potengi, de Currais Novos e de Pau dos Ferros.

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