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Operação que investiga lavagem de dinheiro para tráfico de drogas é deflagrada no RN e outros estados

AÇÃO VISA PRENDER OITO PESSOAS E DAR CUMPRIMENTO A 40 MANDADOS DE BUSCA E APREENSÃO. FOTO: REPRODUÇÃO

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) realiza, nesta quarta-feira (23), uma grande operação em nove estados e no Distrito Federal, incluindo o Rio Grande do Norte. O objetivo é prender, temporariamente, oito integrantes de um esquema de lavagem de dinheiro para o tráfico de drogas e cumprir 40 mandados de busca e apreensão.

De acordo com o órgão, os criminosos utilizam-se de uma prática conhecida como smurfing, depósitos de grandes quantias de forma fracionada, para lavarem dinheiro da facção criminosa Comando Vermelho. O Juízo da 1ª Vara Criminal Especializada da Capital também determinou o bloqueio de contas e bens de 13 pessoas e de 9 empresas, em um total de R$ 681.647.987,92.

Os agentes cumprem os mandados na capital fluminense, nos municípios de São Gonçalo e Belford Roxo, e nos estados de São Paulo, Goiás, Santa Catarina, Paraná, Minhas Gerais, Amapá, Rio Grande do Norte e Pernambuco, além do Distrito Federal. Segundo as investigações, dois depósitos bancários feitos em favor de duas empresas em outubro de 2019, nos valores de R$ 30 mil e R$ 23.700, eram provenientes do tráfico de drogas da Comunidade do Brejal, situada no Complexo do Salgueiro, dominado pelo Comando Vermelho. 

Ainda de acordo com o MPRJ, a partir do acompanhamento da movimentação financeira das duas empresas, descortinou-se um esquema criminoso que envolve diversas pessoas pelo país, muitas em regiões de fronteira, que figuram como sócias ou procuradoras de empresas que não ostentam qualquer traço empresarial relevante (como estabelecimento comercial ou quadro de funcionários), mas mesmo assim têm movimentações de quantias milionárias, indicando toda uma cadeia fraudulenta de branqueamento de capital.

Também foi apurado nas investigações que algumas dessas empresas realizam a lavagem de capital por meio de criptomoedas, ativos financeiros completamente digitais, protegidos por criptografia, e movimentados sem o controle do Banco Central, da Receita Federal e de outros órgãos de fiscalização, o que dificulta o rastreio dessas transações e favorece a lavagem de dinheiro a evasão de divisas. A operação tem por finalidade colher mais elementos probatórios para aprofundar as investigações.

A operação é realizada pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), em parceria com a Delegacia de Combate à Organização Criminosa e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD), com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ).

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