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Operação Lectus: Afastamento de servidoras da Sesap investigadas será publicado no Diário Oficial

FOTO: CEDIDA/PF

Uma outra fonte do Governo, que falou com a Tribuna do Norte, sob a condição de anonimato, afirmou que o afastamento das duas servidores da Secretaria de Saúde investigadas na Operação Lectus será publicado no Diário Oficial nos próximos dias. São elas a secretária-adjunta da Saúde, Maura Vanessa Sobreira, e a coordenadora de Operações de Hospitais e Unidades de Referência (Cohur), Gilsandra de Lira Fernandes.  A medida ocorre depois de pedido da 14ª Vara da Justiça Federal. O afastamento cautelar foi determinado para que o caso seja investigado internamente e para que as duas possam apresentar suas defesas. Portanto, o ato, que deverá ser oficializado no Diário Oficial do Estado de em breve, não tem nenhum efeito condenatório. Em caso de condenação, as suspeitas pelas fraudes poderão cumprir penas superiores a dez anos de reclusão. “O processo segue em segredo de justiça. É bom salientar que é um afastamento provisório, não há nenhum tipo de conclusão ainda sobre atuação irregular”, conta o servidor estadual.

A reportagem da TRIBUNA DO NORTE entrou em contato com a secretária-adjunta, Maura Sobreira, mas não obteve retorno. Gilsandra Fernandes também não foi localizada até o fechamento desta edição. O espaço para manifestação das servidoras permanece aberto.

Operação

A Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU), deflagrou na manhã de terça-feira (25), a Operação Lectus, destinada a apurar fraudes em dispensas de licitações, peculato, corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro. Na capital, os agentes da PF e da CGU/RN estiveram na sede da Sesap, no bairro de Cidade Alta, por cerca de cinco horas para cumprimento dos mandados de busca e apreensão e das medidas de afastamento. Ao todo, foram oito mandados no RN, em Natal e Mossoró, e dois na Paraíba, nas cidades de João Pessoa e Bayeux.

Segundo os agentes, o ponto de partida da operação foi um inquérito policial instaurado em setembro de 2020, com base em auditoria da CGU. Ainda de acordo com a Polícia Federal, a partir da apuração inicial, que também contou com o apoio da Receita Federal, foi identificada a existência de uma associação criminosa, que direcionou duas contratações de leitos de terapia intensiva na unidade da PM e no Hospital João Machado. Para os investigadores, o objetivo era desviar recursos públicos federais destinados ao RN para o combate à pandemia.

No dia da Operação Lectus, a Sesap afirmou por nota que está contribuindo com todas as informações solicitadas. “A Sesap aguarda os próximos passos e reforça que segue apoiando todo e qualquer procedimento de apuração promovido pelos órgãos públicos de controle, prezando sempre pelo bom trato do dinheiro público e pela saúde dos potiguares”, informou a Secretaria de Saúde.

Com informações da Tribuna do Norte

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