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Oficial de cartório é condenado pela morte de modelo gaúcha após quase 30 horas de júri

FOTO: DIVULGAÇÃO

O oficial de cartório que namorava a modelo gaúcha, Isadora Viana Costa, foi condenado pela morte brutal da vítima. O crime aconteceu em 2018, quando a jovem tinha 22 anos, no município de Imbituba, no Litoral Sul de Santa Catarina. O júri encerrou na madrugada desta sexta-feira (5).

Os jurados consideraram comprovado que o réu praticou homicídio qualificado pela qualificadora de feminicídio. A pena pela morte da modelo gaúcha foi fixada em 12 anos de reclusão em regime inicial fechado.

“Foram dois dias exaustivos, são mais de cinco mil páginas de processo para estudar, mais de 50 horas de vídeo, um júri de estudo exaustivo e de trabalhos exaustivos”, pontuou o promotor de Justiça, Geovani Werner Tramontin.

A irmã gêmea de Isadora, Mariana Viana Costa, lembrou a falta da companheira de vida. “A Isadora era a minha melhor amiga e eu nunca mais vou poder ter ela na minha vida. Isso que a gente lembra todos os dias. Uma dor que vai ficar para sempre”, lamentou.

O pai, Rogério Froner Costa, falou sobre o alívio parcial que a condenação trouxe à família. “Contente eu não vou estar, mas com a consciência aliviada, o coração um pouco mais leve pra nós tentarmos recomeçar a nossa vida”, disse.

Já a mãe, Cibelle Viana Costa, agradeceu a atuação do Ministério Público e destacou o vazio eterno deixado pela filha. “A minha dor nunca mais vai embora, que eu vou ter que conviver o resto da minha vida com essa falta da minha filha, mas que o nome e a história dela foram honrados”, pontuou.

O crime aconteceu na manhã de 8 de maio de 2018. Após uma noite de consumo de álcool e de drogas, Isadora telefonou, por volta das 6h, para a irmã do réu pedindo que fosse até a casa dele, que passava mal em razão do uso de entorpecentes.

O pedido de socorro teria irritado o acusado, porque assim sua família saberia do consumo de drogas. Cerca de 30 minutos depois, após a saída da irmã e do cunhado da casa, o réu imobilizou a jovem e passou a agredi-la. Isso causou trauma abdominal e a ruptura da veia cava.

A perícia afastou a hipótese levantada pela defesa de que Isadora teria morrido em razão de overdose. Mesmo diante da gravidade das agressões, o réu demorou a acionar socorro. Entre 7h15 e 7h30, ligou duas vezes para um amigo médico e somente depois acionou o serviço de emergência.

Quando os socorristas chegaram ao apartamento, Isadora não apresentava sinais de convulsão, mas estava inconsciente. Encaminhada ao hospital, a jovem não resistiu. O médico responsável, ao constatar que a situação não correspondia à versão narrada pelo acusado, acionou a Polícia Civil.

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