O agente da Polícia Civil, Jair, usou as redes sociais para desabafar após ser alvo de uma operação da Polícia Civil do RN, que o obrigou a devolver a arma de fogo do Estado que estava em poder dele. Em vídeo divulgado, Jair aparece criticando a conduta do Governo de exigir a devolução da arma e ainda afirma: “se acontecer algo comigo, a culpa é da delegada-geral e da governadora, porque a partir de agora eu estou desarmado”. Veja o vídeo acima:
Jair foi um dos alvos da operação Pecus, deflagrada pelo Departamento de Combate a Corrupção e Lavagem de Dinheiro (DECCOR-LD). Na ação, os policiais deram cumprimento, nesta segunda-feira (26), a mandados de busca e apreensão, na capital potiguar, em desfavor de servidores aposentados, que notificados, não devolveram as armas de fogo de propriedade da Polícia Civil do Rio Grande do Norte (PCRN). Ao longo das diligências, os policiais civis apreenderam: uma pistola calibre .40, com dois carregadores, além de 14 munições. Ou seja: apenas a arma do APC Jair foi apreendida.
Salienta-se que, aos servidores aposentados, foi oportunizada a devolução do armamento administrativamente, porém, muitos se recusaram. A “Operação Pecus” é a conclusão de uma investigação em curso que apura crime de peculato de apropriação de armas de fogo. O crime de peculato tem sua origem em Roma, época em que a subtração de bens pertencentes ao Estado era chamada de peculatus ou depeculatus. Como, anteriormente, ainda não havia a moeda como símbolo de comercialização, o patrimônio estatal era composto, assim, por bois e carneiros (pecus), representando a riqueza pública por excelência.
2 Comentários
Os policiais deviam receber uma arma nova(se quiserem) doada pelo Estado, por serviços prestados a sociedade e por colocar suas vidas em risco pelo população. Dinheiro tem, é só não roubar.
Enquanto policial aposentado, NÃO entendo como correta a atitude desse senhor. O armamento, equipamento e munição utilizados no serviço ativo, pertence ao Estado e não ao servidor. Ao ser transferido à inatividade, NÃO mais se tem o direito de manter, sob sua guarda, esses materiais. A prevalecer esse entendimento, os motoristas, motociclistas, escrivães, p. ex., poderiam levar os veículos, motociclistas, computadores, notebooks e celulares funcionais com os quais trabalhavam no serviço ativo. O Estado facilita, em muito, para que o policial adquira sua própria arma. Inadmissível, respeitadas as opiniões divergentes, que um policial, durante 30 anos de serviço, não tenha tido condições de adquirir, com seus recursos, uma arma. Essa atitude de “responsabilizar” essa ou aquela autoridade em caso de vir a sofrer reveses … esvai-se no campo da utopia.