Sabe a última do senador Alexandre Giordano (MDB-SP)? A última, não, a mais recente, uma vez que ele dá sinais de que é imparável quando se trata de tirar vantagem da sua condição de senador?
Giordano pediu à Prefeitura de São Paulo placas oficiais para carros, a fim de poder trafegar nas faixas preferenciais de ônibus. Alega ter compromissos oficiais na cidade e não poder chegar atrasado.
Lembra que esse tipo de placa é concedido a deputados estaduais, governador e membros do Poder Judiciário. E reclama do trânsito, que lhe parece cada vez mais lento na capital paulista. Oi!
Mas Giordano não deveria dar expediente em Brasília, onde preferencialmente vive e trabalha? Não digo expediente de cinco dias por semana, porque aí seria cansativo para ele e seus colegas.
Expediente, por exemplo, de três dias, de dois dias, menos do que isso seria um abuso. Quem sabe, no futuro… Não ocorre a Giordano, dado ao tráfego pesado, sair mais cedo para os compromissos em São Paulo?
A Folha de S. Paulo mostrou que Giordano sabe gastar o dinheiro que o Senado lhe dá. Já gastou mais de 336 mil reais com combustível, abastecendo carros seus, do seu filho e de uma empresa da família.
A média mensal de gastos, de 9 mil reais, daria para cruzar o Brasil em linha reta, do Oiapoque (AP) ao Chuí (RS), quatro vezes por mês. Hospedagem à beira das estradas? No problem. O Senado pagaria.
Giordano tem 50 anos de idade, é empresário e era suplente de senador na chapa do Major Olímpio. Com a morte do titular, assumiu o cargo em 31 de março de 2021. Não pode se queixar.
Metrópoles