O novo diretor-geral da Polícia Federal, Rolando Alexandre de Souza, decidiu trocar a chefia da superintendência do Rio de Janeiro, foco de interesse da família do presidente Jair Bolsonaro. Rolando tomou posse em cerimônia fechada no Palácio do Planalto na manhã desta segunda-feira (4).
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o atual comandante do estado, Carlos Henrique Oliveira, foi retirado do cargo e convidado para ser o diretor-executivo, número dois na hierarquia do órgão.
Oficialmente, a troca ainda não foi confirmada. Qualquer mudança na equipe precisa ser publicada no Diário Oficial da União (DOU).
Procurada, a assessoria de imprensa da Polícia Federal afirmou que a montagem da equipe ainda não está sendo divulgada pela direção-geral e disse que é preciso aguardar que as reuniões de trabalho evoluam.
Antes de sair do governo, Sérgio Moro acusou Bolsonaro de tentativa de interferência na corporação. Segundo ele, o presidente queria trocar o diretor-geral por interesses pessoais e tentou obter informações em inquéritos abertos nos Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-ministro afirmou também que o presidente queria mudanças nas superintendências do Rio e de Pernambuco.
O ex-juiz da Lava Jato depôs no sábado (3) por mais de oito para reiterar as alegações que fez no dia em que deixou o governo.
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