“Eu estava muito perturbado. Matei, mas não tinha motivo nenhum”. As palavras são do pedreiro Marcondes Gomes da Silva, 46 anos, acusado de matar estrangulada a adolescente Iasmin Lorena, 12 anos, e esconder o corpo em uma casa em construção na Comunidade da África, na Redinha, Zona Norte de Natal, em março de 2019. O acusado confessou o crime em depoimento no júri popular que acontece desde às 8h30 desta quarta-feira (19), no Fórum Miguel Seabra Fagundes, em Lagoa Nova, Zona Sul da capital.
Marcondes Gomes foi ouvido após o depoimento de três testemunhas: a mãe de Iasmin, o pai e um pintor da obra onde o corpo da estudante foi enterrado. O relato do acusado foi diferente do que ele fez em abril de 2018 quando contou à Polícia Civil de forma fria como tinha assassinado a adolescente. Na época, ele disse que tinha matado Iasmin, porque ela não aceitou “namorá-lo”.
Diante do júri popular desta quarta-feira, o pedreiro ressaltou em todo depoimento que não tinha motivos para cometer o crime, que nunca tinha assediado a estudante e que estava perturbado. “Eu estava muito perturbado, tinha perdido minha mãe, meus tios e meu sogro estavam doentes”, afirmou o acusado. Na acusação, a promotora Danielle de Carvalho questionou várias vezes qual a motivação do crime e que perturbação era essa, mas Marcondes não respondeu. Ele confirmou que é casado há 26 anos.
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