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No Exército brasileiro, bebida alcoólica vira item da ‘cesta básica’

ALHEIOS ÀS RESTRIÇÕES ORÇAMENTÁRIAS, BATALHÕES NÃO ECONOMIZAM NA AQUISIÇÃO DE UÍSQUES E VINHOS IMPORTADOS. FOTO: ILUSTRAÇÃO

A cerveja entrou na lista de itens da “cesta básica”, pelo menos entre os militares. O Comando da 3ª Brigada de Infantaria Motorizada, em Cristalina (GO), publicou uma lista de compras de gêneros alimentícios e incluiu 5.000 latas de cerveja de 350 mililitros. A compra toda de itens da cesta básica vai custar 3,2 milhões de reais.

A justificativa apresentada pela 3ª Brigada de Infantaria Motorizada para a lista de compras da cesta básica, incluindo cerveja entre os itens, é que o batalhão tem 500 militares e os produtos são usados nas quatro refeições servidas diariamente: café, almoço, jantar e ceia, além da alimentação durante as operações terrestres.

O Comando da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, no Guarujá (SP), publicou edital para comprar gêneros alimentícios com uma lista que inclui 137 garrafas de cachaça tipo ouro e prata, 5.560 cervejas em garrafa de 600 mililitros e em lata, 96 garrafas de uísque, envelhecido de 8 a 12 anos, e 216 garrafas de vinho, que tem de ser “importado”.

A 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea justifica que o batalhão possui um hotel de trânsito que recebe inúmeras autoridades, “tais como chefes municipais, oficiais generais, ministros de Estado e até o próprio Presidente da República”.

O Comando do Exército é um dos órgãos que mais adquirem bebidas alcoólicas, conforme o Portal da Transparência, mas não há uma rubrica que unifique este tipo de compra. Muitas vezes, as bebidas são adquiridas dentro de grandes listas de gêneros alimentícios. VEJA enviou na quarta-feira perguntas ao Exército, mas ainda não obteve resposta.

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