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No Dia da Mulher, 11 registram queixas de ameaças e agressões em Natal

PELO MENOS QUATRO MULHERES FORAM MORTAS EM 2017 POR QUESTÕES DE GÊNERO/ FOTO REPRODUÇÃO

Pelo menos 11 mulheres procuraram a polícia para dar queixas de agressões sofridas nesta quarta-feira (8), data em que se celebrou o Dia Internacional da Mulher. As denúncias foram registradas nas duas delegacias especializadas no atendimento à mulher da capital, a DEAM Zona Sul e a DEAM Zona Norte. Os tipos de agressões mais frequentes foram ameaça, injúria e lesão. Em Natal, em média 10 mulheres registram boletins de ocorrência por dia.

As Deams são unidades especializadas da Polícia Civil que realizam ações de pre­venção, proteção e investigação dos crimes de violência doméstica e violência sexual contra as mulheres, entre outros. Entre as ações, cabe citar: registro de Boletim de Ocorrência, solicitação ao juiz das medidas protetivas de urgência nos casos de violência doméstica e familiar contra as mulheres, realização da investigação dos crimes.

O Mapa do Feminicídio do Rio Grande do Norte, levantamento feito pelo Observatório da Violência Letal Intencional do RN (OBVIO), mostra que 16 mulheres já foram mortas violentamente no estado somente este ano. Do total, 4 delas teriam sido assassinadas por questão de gênero – o chamado feminicídio.

O mapeamentou apontou ainda que a maior parte das vítimas têm entre 18 e 30 anos, cuja maioria dos agressores são maridos, namorados e/ou ex-companheiros.

Outro dado preocupante se refere à forma como as mulheres foram assassinadas: 12 foram mortas por arma de fogo, uma por asfixia, outra por arma branca, uma por queimadura e outra por espancamento.

RESPOSTA
Para melhorar o atendimento às vítimas nas delegacias do estado, a Secretaria de Segurança vem capacitando policais civis e desenvolvendo metodologias investigatórias do feminicídio.

“A lei Maria da Penha é perfeita, mas infelizmente o Estado não está preparado nem estruturado para proteger as nossas mulheres. Elas fazem o boletim de ocorrência, solicitam a medida (protetiva) e voltam para casa com um papel. Se aquele homem se aproximar ela liga para a polícia. Quando a polícia chegar ela já está morta”, ressaltou a delegada aposentada Margareth Gondim.

As cinco unidades das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs), que funcionam em Natal, Parnamirim, Caicó e Mossoró, instauraram no ano de 2016 um quantitativo de 2.553 procedimentos investigativos, como inquéritos policiais e termos circunstanciados de ocorrência.

As investigações são relacionadas aos casos de violência doméstica que foram praticados contra as mulheres no Rio Grande do Norte, envolvendo crimes como estupro, violência sexual mediante fraude, assédio sexual e lesões corporais.

 

Fonte: G1

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