O corpo de Joice Cilene de Oliveira Vitorino, de 23 anos, morta a facadas pelo ex-companheiro na tarde desta quarta-feira (11) no Alecrim, em Natal, foi liberado do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) na manhã desta quinta (12).
“Minha sobrinha não teve chance de se defender. Ele pegou por trás e começou a esfaquear. Eu não sei nem como dizer como eu estou por dentro”, disse o tio de Joice, Francisco Canindé.
Joice era natural de Vera Cruz, morava em São Gonçalo do Amarante e vendia doces nos ônibus em Natal. O ex-companheiro, autor do crime, também é vendedor de balas, e foi no trabalho que eles se conheceram.
“Ela pegou a amizade, começou uma relação e morou muito tempo com ele. Mas ela separou-se dele e eles conviviam como dois amigos. Ele nunca tinha feito mal a ela”, conta o tio.
Joice Cilene não teve filhos com o agressor, mas deixa três de outros relacionamentos – um com 9 anos, um com 6 e outro com 3. José Edson é o pai do mais novo, e conta que esteve com a moça pouco tempo antes do crime.
“Ela esteve lá em casa, passou a manhã toda comigo e com meu filho. Parece até que ela estava se despedindo. A gente estava separado há dois anos. Ela pediu pra voltar e eu, brincando, falei que ela estava sonhando, que a gente não ia voltar mais. Fui até a parada, deixei ela e voltei pra casa. Quando foi à tarde, eu fiquei sabendo dessa notícia”.
O também vendedor de balas explica que conhece o agressor da ex-companheira. “Tenho convivência com ele de trabalho. A gente trabalha vendendo nos coletivos e sempre tem ali um contato. Nunca tive nada contra ele, nem ele contra mim. Também não ia imaginar que ele podia fazer uma barbaridade dessa com ela. Ele nunca demonstrou nenhum tipo de raiva, não sei o que foi que aconteceu ali no momento pra ele fazer isso com ela”, conta.
G1RN