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‘Não tenho ideologias, sou um funcionário de TI’, disse suposto hacker da Lava Jato

Marcelo Weitzel, conselheiro do CNMP, que foi atacado por um hacker que se passou por ele Foto: Divulgação

O procurador regional José Robalinho Cavalcanti, ex-presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República e candidato à lista tríplice para ser o novo procurador-geral da República, trocou mensagens ontem à noite com uma pessoa que disse ser o hacker que, nas últimas semanas, vem atacando os procuradores da Lava Jato . Na conversa, o hacker afirmou ser “um funcionário de TI (tecnologia da informação)”, e alegou não ter “ideologias” ou ter ligação com partidos.

Nessa terça-feira à noite, Robalinho recebeu uma mensagem no Telegram como se fosse do procurador militar Marcelo Weitzel, que foi procurador-geral da Justiça Militar e atualmente é conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público.

Inicialmente, o hacker — que, mais tarde, Robalinho descobriria não ser Weitzel — se passou pelo procurador militar na conversa.

O hacker enviou para Robalinho um áudio trocado entre procuradores da Lava Jato, dizendo que aquele conteúdo em breve sairia na imprensa e mostrando espanto com o teor.

Robalinho não percebeu que se tratava de um hacker, ouviu o áudio e respondeu a mensagem analisando tecnicamente o teor do conteúdo enviado. Explicou Robalinho:

“Não havia nada demais no áudio. Respondi tecnicamente, explicando a quem eu pensava ser Weitzel”.

Depois de diversas tentativas frustradas do hacker em colher opiniões críticas de Robalinho sobre a Lava Jato em Curitiba, deu-se o seguinte diálogo:

“Um abraço do hacker”, escreveu o falso Marcelo Weitzel.

“Valeu, Marcelo”, respondeu Robalinho, acreditando que era uma brincadeira de Weitzel.

 “kkkkk”, riu o hacker, completando: “Não sou o Marcelo. Sou o hacker. Quer falar comigo?”, perguntou.

Época

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