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“Não posso sempre dizer não ao Parlamento”, diz Bolsonaro após manter trechos criticados no pacote anticrime

A DECISÃO FOI CRITICADA PUBLICAMENTE PELO MINISTRO DA JUSTIÇA E TAMBÉM PELOS SEGUIDORES DE MORO QUE VOTARAM EM BOLSONARO. FOTO: CAROLINA ANTUNES/PR

O presidente Jair Bolsonaro publicou nessa quarta-feira, 25, uma mensagem em resposta às críticas que recebeu por não ter vetado o trecho que prevê a criação do juiz de garantias, no pacote anticrime. “Não posso sempre dizer não ao Parlamento, pois estaria fechando as portas para qualquer entendimento“, disse no Facebook.

Moro chegou a pedir que ao presidente que vetasse esse trecho, dizendo que não ficou claro como ficará a situação das comarcas onde há atua apenas um magistrado. O ministro também alegou não há clareza se a medida valerá para processos em andamento e em tribunais superiores.

Mesmo assim, Bolsonaro manteve o juiz de garantias no pacote anticrime, ao sancionar o projeto nessa quarta-feira, 25. A decisão foi criticada publicamente pelo ministro da Justiça e também pelos seguidores de Moro que votaram em Bolsonaro.

Na mensagem no Facebook, Bolsonaro defende que o Congresso é o responsável pela última palavra na elaboração das leis, já que julga os vetos presidenciais. Ele também parabenizou o ex-juiz e disse que ele “obteve avanços contra o crime”.

Em seguida, afirmou que os avanços trazidos pelo pacote só foram possíveis porque o governo recuou em alguns pontos – ao contrário de outros projetos defendidos pelo Planalto, o pacote anticrime construído no Congresso foi aprovado com apoio de parte da oposição.

Críticas, ou não, cabem a você, levando-se em conta seu grau de entendimento de como funcionam o Legislativo e o Executivo“, completou.

Congresso em Foco

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