O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) repetiu, no discurso de abertura da 75ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), críticas indiretas a governadores do Brasil pela condução da pandemia do novo coronavírus. De acordo com sua avaliação, o governo federal evitou um “mal maior” com as suas ações econômicas.
No discurso, Bolsonaro também atacou a Venezuela, dizendo, sem provas, que o derramamento de óleo que atingiu principalmente o Nordeste no ano passado foi provocado por um navio do país. O presidente já tinha feito esta acusação anteriormente.
Sobre a covid, Bolsonaro adotou um discurso que o acompanha desde o início da pandemia: a de que era preciso ter o mesmo cuidado com a economia. Ele ainda criticou o que chamou de “disseminação do pânico na população” em relação a recomendação de isolamento social, indicado por especialistas e pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como única forma eficaz de controlar a propagação do vírus.
“Desde o princípio, alertei, em meu país, que tínhamos dois problemas para resolver: o vírus e o desemprego, e que ambos deveriam ser tratados simultaneamente e com a mesma responsabilidade”, disse.
“Por decisão judicial, todas as medidas de isolamento e restrições de liberdade foram delegadas a cada um dos 27 governadores das unidades da federação. Ao presidente, coube o envio de recursos e meios a todo o País”, completou. O Brasil atualmente é o segundo país com mais mortes pela covid, segundo dados da Universidade Johns Hopkins, com 137.272. Os EUA lideram com 199.911.
UOL