
Inauguração fake ou desprezo pela cultura potiguar. Essas duas colocações definem bem quem precisa visitar a Pinacoteca do Estado, localizada na Praça Sete de Setembro, na Cidade Alta, em Natal.
Recuperado e inaugurado recentemente com recursos na ordem de R$ 6,4 milhões por meio do Governo Cidadão e da Secretaria Estadual de Turismo (Setur), via acordo de empréstimo com o Banco Mundial, o local é um verdadeiro museu fantasma.
Um relato enviado ao BLOG DO FM por jornalistas que visitaram o espaço cultural na tarde desta quinta-feira, 10, assusta pela falta de profissionalismo e zelo pela cultura do Rio Grande do Norte. Foram proibidos de trabalhar profissionais de imprensa que queriam apenas fazer registros fotográficos da Pinacoteca para a divulgação de um atrativo cultural de Natal em um veículo de comunicação de abrangência nacional, especializado em propagar as potencialidades do turismo local.
Entre os principais problemas relatados estão a falta do acesso à parte superior do local, segundo funcionários que trabalham no equipamento público não é possível subir na edificação histórica devido a falta de reforma e restauração na escada central do local. A escada precisa de uma nova licitação para sua restauração.
Outro fato curioso é que o visitante que chega a Pinacoteca Potiguar também é surpreendido com a não permissão para gravar ou fazer fotos no local. “É necessário fazer uma solicitação para realizar uma simples foto ou vídeo”, ressaltou o jornalista que preferiu não se identificar.
“O que me deixou mais curioso é o fato de proibirem o registro de qualquer foto ou vídeo no local. É necessário fazer um pedido a Fundação José Augusto para fotografar um local público, patrimônio do povo do Rio Grande do Norte”, questionou.
DIREITO DE PERGUNTA: O que a Fundação José Augusto não quer que a população saiba sobre a Pinacoteca? Como o Governo Estadual inaugura uma obra sem sua plena capacidade de receber o turista ou morador local?
Em busca dessas respostas, a reportagem do BLOG DO FM procurou a assessoria de Comunicação da Fundação José Augusto, que não atendeu, nem retornou às ligações até o fechamento da matéria.
Ao que parece, o Governo do Estado é o “Governo da Cultura” apenas na propaganda oficial.

