A gravidez é o sonho de muitas mulheres. Mas, ultimamente, vem sendo adiado para que os casais possam se reorganizar e se planejar melhor financeiramente para chegada do futuro filho. No entanto, fatores como “relógio biológico” e “idade ideal” são dúvidas recorrentes entre as futuras mamães que desejam uma gravidez tranquila e saudável.
Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na última década houve um aumento no número de mães com idade entre 35 e 39 anos, ou seja, as brasileiras estão esperando mais tempo para serem mães, optando pela gestação após os 30 anos de idade, como aponta o levantamento.De acordo com o ginecologista e obstetra Robinson Dias, isso acontece porque a faixa etária ideal para a gravidez tem se modificado com o tempo, principalmente após a década de 60. A revolução feminina, ocorrida nesse período, proporcionou maior presença da mulher no mercado de trabalho e o surgimento de novos métodos contraceptivos, com isso, o papel da mulher na sociedade mudou.
“Antigamente, a expectativa de vida da mulher girava em torno dos 45 anos, as mulheres casavam muito jovens e tinham filhos bem cedo. Hoje, a expectativa de vida da mulher gira em torno de 80 a 90 anos. A mulher de hoje tem prioridades e sonhos além de casar e ter filhos” explica o médico.Contudo é importante tomar cuidado, pois de acordo com o especialista à medida que a idade materna aumenta, a mulher pode ter mais dificuldades para engravidar, “o número de óvulos diminui e a fertilidade feminina fica reduzida. A chance de ter uma criança com síndrome de Down cresce. Também há mais riscos de complicações como pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e abortos espontâneos”, enfatiza Robinson Dias.Conforme explica o médico, a recomendação para uma gravidez tranquila, independente da idade, é que a mulher adote hábitos saudáveis, como uma dieta equilibrada e a realização de um pré-natal precoce. “Assim que engravidar, é fundamental que a mãe procure um médico para a realização do pré-natal, que desenvolve um papel essencial na prevenção e/ou detecção precoce de patologias tanto maternas como fetais, permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da gestante”, conclui o ginecologista.