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Mulher se recusa a beijar traficante e é executada pelo PCC

KARINA BEZERRA TERIA SOFRIDO ASSÉDIO DE TRAFICANTE NA ZONA LESTE DA CIDADE E APÓS RECUSA ACABOU RAPTADA. FOTO: REPRODUÇÃO

Condenada pelo “tribunal do crime” do Primeiro Comando da Capital (PCC), a principal facção do crime organizado do Estado de São Paulo, por ter se recusado a beijar um traficante e denunciá-lo à polícia, uma mulher de 26 anos foi morta na capital paulista. A informação é da Polícia Civil, que acredita que ela foi assassinada ainda que seu corpo não tenha sido encontrado, e foi publicada pelo Uol nesta sexta-feira (16).

O episódio do assédio teria acontecido na noite da último dia 14 de agosto, em um bar no bairro do Itaim Paulista, no extremo leste de São Paulo. A vítima, Karina Bezerra, teria se recusado algumas vezes a beijar um traficante ligado à facção, cujo apelido é “Xenon”. Revoltado, teria dito que a mulher seria dele, por “bem ou por mal” e que ela o estaria “desacatando” ao recusar as investidas.

Foi quando, segundo relato posterior da vítima à polícia, o homem teria lhe tomado a chave do carro, colocado-a à força dentro de um veículo com a ajuda de mais três comparsas e dado umas voltas pelo bairro antes de levá-la a cativeiro. Ela permaneceu algumas horas presa na casa do traficante.

No dia seguinte, Karina teria escapado com a ajuda de dois policiais militares que bateram à porta do sequestrador e em seguida registrou um boletim de ocorrência no 50o DP, no Itaim Paulista. Nove pessoas foram presas nesse momento. Na sequência, Karina teria buscado refúgio no município de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, onde permaneceu escondida por cerca de três semanas, até que a facção criminosa descobrisse seu paradeiro.

A Polícia Civil acredita que o assassinato tenha ocorrido na favela de Paraisópolis, na zona sul da cidade. Na última quarta (14) policiais prenderam em flagrante três pessoas suspeitas pelo envolvimento no crime. Elas foram indiciadas por tráfico, associação criminosa e porte ilegal de armas pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Com essas pessoas foram encontradas quantidades de crack, cocaína, maconha e lança-perfume, além de um revólver calibre 38.

Um dos presos, Brendon Soares, de 27 anos, admitiu envolvimento no assassinato mas não deu informações sobre o local onde se encontraria o corpo. A investigação acredita que ele seja um dos responsáveis pelo tribunal ilegal que a condenou à morte.

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