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Moro manda PF abrir inquérito e já direciona sugerindo “denunciação caluniosa tendo como vítima o presidente”

MORO RESSALTA QUE O DEPOENTE PODE TER SE EQUIVOCADO OU TER SIDO INDUZIDO PARA TAIS FINALIDADES. FOTO: JOÉDSON ALVES/EFE

Em ofício enviado nessa quarta-feira, 30, à Procuradoria-Geral da República e à Polícia Federal, o ministro da Justiça, Sergio Moro, atende o pedido de Jair Bolsonaro e determina a abertura de um inquérito. O documento, no entanto, já direciona a ação dos investigadores em prol de Bolsonaro.

A inconsistência sugere possível equívoco na investigação conduzida no Rio de Janeiro ou eventual tentativa de envolvimento do nome do presidente da República no crime em questão, o que pode configurar crimes de obstrução à Justiça, falso testemunho ou denunciação caluniosa, neste último caso tendo por vítima o Presidente da República”.

Moro ressalta ainda no documento que “é ainda possível que o depoente em questão tenha simplesmente se equivocado ou sido utilizado inconscientemente por terceiros para essas finalidades”.

Impeachment

O jurista e professor de Direito Constitucional da PUC-SP, Pedro Serrano, afirmou, na manhã desta quarta-feira, 30, em entrevista exclusiva à Fórum que, ao acionar Moro, Bolsonaro estaria incorrendo em “crime de responsabilidade, além dos crimes comuns da conduta, o que significa que ele vai estar sujeito a impeachment, isso porque a conduta é grave e dolosa”.

“O que me preocupou”, disse Serrano, “foi o fato de Bolsonaro ter declarado hoje (30) que pediria ao Moro que acionasse a Polícia Federal para ouvir o porteiro, porque ele, obviamente, estaria enganado”. Para o jurista, o fato demonstra, “primeiro a tentativa de usar a Polícia Federal para fins privados de defesa e, segundo, para obstaculizar a investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro”.

Com informações: Fórum

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