O ex-juiz e candidato a senador Sergio Moro (União Brasil-PR) usou as redes sociais para afirmar que “não se intimidará” com o mandado de busca e apreensão realizado em sua residência neste sábado (3) em Curitiba.
O ex-magistrado da Lava Jato foi alvo de uma operação determinada pela Justiça Eleitoral para recolhimento de materiais de campanha que teriam violado a legislação eleitoral. O pedido de busca contra Moro foi feito a pedido do PT. No Twitter, Moro criticou o partido.
“Hoje, o PT mostrou a ‘democracia’ que pretende instaurar no país, promovendo uma diligência abusiva em minha residência e sensacionalismo na divulgação da matéria. O crime? Imprimir santinhos com letras dos nomes dos suplentes supostamente menores do que o devido”, escreveu.
Moro prosseguiu: “Nada comparável aos bilhões de reais roubados durante os Governos do PT e do Lula. Não me intimidarão, mas repudio a tentativa grotesca de me difamar e de intimidar minha família”.
A juíza auxiliar Melissa de Azevedo Olivas tomou a decisão pela busca na casa de Moro acatando o argumento de advogados da Federação Brasil da Esperança no Paraná (organização política formada pelo PT, PC do B e Partido Verde) de que diversos materiais impressos e das redes sociais da campanha de Moro violam a legislação eleitoral.
Ela determinou também a remoção das postagens que estão irregulares no prazo de 48 horas sob pena de multa diária de R$ 5.000.
Segundo o advogado da Federação, Luiz Eduardo Peccinin, em todo o material de campanha de Moro, o nome de seus suplentes, Luis Felipe Cunha e Ricardo Guerra, estão em tamanho inferior ao exigido pela legislação.
Ele cita o artigo 36 da lei eleitoral que diz que na propaganda dos candidatos a cargo majoritário “deverão constar, também, os nomes dos candidatos a vice ou a suplentes de senador, de modo claro e legível, em tamanho não inferior a 30% (trinta por cento) do nome do titular.”
A assessoria de Moro disse que “a busca e apreensão se refere tão somente à, supostamente, os nomes dos suplentes não terem o tamanho de 30% do nome do titular”. “Todavia, isso não corresponde com a verdade. Os nomes estão de acordo com as regras exigidas, sendo assim, a equipe jurídica pedirá a reconsideração da decisão”, afirmou em nota.
Folha de SP
1 Comentário
O ex-Juiz Moro, está agora, sentindo na própria pele, as garras do PT.
Infelizmente, ao longo de quase 15 anos, essa mistura de Partido Político com quadrilha, resultou numa estrutura monstruosa que funciona “movida” pelas mãos de seus “aparelhados”, que estão infectando, todos os níveis dos Poderes constituídos.
Operação como essa, que acaba de vitimar o Moro, não é aceitável num país Democrata, Republicano, onde a liberdade não pode ser vilipendiada, sob nenhum pretexto vil.
Não tenho o Moro como um político ideal, porém, dentre os políticos aí postos, ele está sim, no melhor nível.