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Ministro da Justiça revela que já sabia da infiltração do crime organizado nas eleições do RN desde a fuga em Mossoró

FOTO: REPRODUÇÃO

O ministro Ricardo Lewandowski revelou, na manhã desta quinta-feira (3), que já tem conhecimento sobre a infiltração do crime organizado nas eleições municipais no Rio Grande do Norte, desde as fuga dos criminosos Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, conhecidos como Tatu e Martelo, da penitenciária federal em Mossoró, em fevereiro deste ano.

Durante o programa “Bom Dia, Ministro”, Lewandowski afirmou que, apesar dos registros comuns violentos durante o período eleitoral, a invasão da criminalidade na política é algo diferente do que sempre foi visto.

“É um fenômeno novo. A violência nessa época é desde os tempos do império e da primeira república. Sempre houve violência em cidades pequenas, nas eleições municipais, onde as paixões são mais acirradas. Há brigas de clãs e famílias. É um fenômeno lamentável, que, sem dúvida, está sendo combatido. Quando estivemos no Rio Grande do Norte, em Mossoró, na época da fuga dos dois criminosos do presídio de segurança máxima, as autoridades locais já estavam demonstrando e repassaram uma preocupação no sentido da infiltração do crime organizado nas eleições locais e municipais, lançando candidatos a vereadores e prefeitos, em cidades onde isso jamais ocorreu. Isso, claro, é orquestrado de fora”, comentou.

Conforme o ministro da Justiça, há uma averiguação mais cautelosa por parte da pasta e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), junto com os tribunais regionais eleitoral (TREs), para identificar candidatos que tenham envolvimento com atos ilícitos. Lewandowski relatou que já houve casos de candidatos impedidos de disputar o pleito deste domingo (6), após um “pente-fino”.

“Tanto a Justiça Eleitoral, quanto o Ministério da Justiça, por intermédio da Polícia Federal, estão muito atentos. Estamos passando um pente-fino na vida pregressa de todos os candidatos e vamos identificar aqueles que, eventualmente, não podem se candidatar. Muitos já foram barrados por esse motivo e outros serão. E, se forem eleitos, não tomaram posse ou serão cassados”, informou.

No Rio Grande do Norte, os prefeitos de São José do Campestre e de João Dias, Neném Borges e Marcelo Oliveira, foram assassinados, sendo um deles já durante o período eleitoral. Recentemente, o TRE recebeu registros de que há tentativas do crime organizado de infiltrar candidatos nas eleições municipais. As facções estariam financiando as candidaturas como forma de estar por dentro da máquina pública.

Com informações de Portal 96 FM

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