O presidente argentino, Javier Milei, oficializou a decisão de que a Argentina não vai aderir ao Brics, bloco de países emergenciais no qual integram o Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul. A informação foi repassada aos presidentes do grupo por meio de carta, segundo os jornais La Nación e Clarín.
A decisão formalizada não pega os países de surpresa. Afinal, a chanceler Diana Mondino já havia informado, não oficialmente, que a Argentina não iria integrar o Brics.
Assim, Milei contraria uma decisão do governo anterior.
A inclusão da Argentina no bloco tinha sido anunciada em agosto. O então presidente, Alberto Fernández, formalizou o início do processo de adesão do país ao Brics em outubro, após reunião com a ex-Presidente da República e chefe do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), Dilma Rousseff. Mas ele não foi concluído.
Milei quer manter relações bilaterais
Em carta enviada aos membros do Brics, o novo presidente afirmou que não considerava adequado participar do bloco a partir de janeiro do próximo ano. Ele destacou que muitas posições em relação à política externa do governo anterior são diferentes da posição do atual governo.
“Algumas decisões tomadas pela gestão anterior serão revisadas”, pontuou. Apesar da recusa, na carta o governo argentino diz que deseja destacar o compromisso com a intensificação de laços bilaterais, e que espera se reunir com os presidentes dos países que integram o Brics.
Metrópoles