O jornal The Times, um dos mais respeitados e reconhecidos do Reino Unido, com sede em Londres e 237 anos de existência, divulgou nesta sexta-feira (4) que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky já sofreu três tentativas de assassinato praticadas por duas falanges mercenárias diferentes, uma ligada ao Kremlin, chamada de Grupo Wagner, e outra composta por unidades especiais paramilitares chechenas. As ações teriam sido frustradas pelas equipes de segurança do chefe de Estado após agentes do FSB, o serviço secreto russo, contrários à guerra, denunciarem os planos para Kiev.
A reportagem do Times informa que o Grupo Wagner foi interceptado antes de chegar próximo do local onde Zelensky estava abrigado e que a maior parte dos integrantes da unidade responsável por cometer o atentado foi “abatida” pelos guarda-costas e militares que protegem o mandatário ucraniano. Os mercenários teriam emitido mensagens após a ação, que foram obtidas e vazadas pelo FSB, demonstrando surpresa com a forma como os agentes de proteção de Zelensky se anteciparam aos fatos.
De forma semelhante, o grupo de matadores paramilitares chechenos, diz o Times, também não conseguiu ter acesso ao perímetro onde o presidente ucraniano era mantido protegido, e foi fuzilado pela segurança do chefe de Estado ainda nas ruas. Outra vez, quem ajudou a manter a integridade do comediante-político foram os espiões do FSB, agência que substituiu a temida KGB soviética.
“Posso dizer que recebemos informações do FSB, que eles não querem participar desta guerra sangrenta e graças a isso, o grupo de elite Kadyrov (forma como também são chamados os mercenários chechenos) foi destruído, tendo vindo para eliminar nosso presidente”, confirmou o secretário de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, Oleksiy Danilov.
A terceira tentativa de matar Zelensky também teria sido cometida pelos chechenos, mas o diário londrino não informa em que circunstâncias ocorreu a ação, limitando-se a explicar que as fontes do FSB disseram que a intenção do Kadyrov, agora que se sabe dos vazamentos promovidos por arapongas insatisfeitos de Moscou, seria planejar uma nova emboscada para o fim de semana, mas sob sigilo total.
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