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Manifestações marcam início do leilão de petróleo no Rio

MANIFESTANTES PROTESTAM NA PORTA DO HOTEL GRAND HYATT, NA BARRA DA TIJUCA, ONDE ACONTECE O MEGALEILÃO DE PETRÓLEO FOTO: GABRIEL DE PAIVA

A movimentação na área de desembarque do hotel Grand Hyatt, na Barra da Tijuca, onde acontece o leilão de quatro àreas de petróleo, a chamada cessão onerosa, na manhã desta quarta-feira, 6, foi tumultuada e marcada por menções ao meio ambiente e clima de revolta. Representantes de sindicatos de petroleiros chegaram para tentar se credenciar e foram orientados a permanecer na área externa.

A discussão entre os sindicalistas e um funcionário do hotel se acalorou e um cordão de policiais militares se formou em volta do grupo. Os questionamentos sobre não poder permanecer em um local onde havia um evento de interesse público norteou a fala de Silvio Sinedino, o analista de sistemas aposentado da Petrobras.

A solicitação por parte dos policiais militares não convenceu os sindicalistas de que não poderiam estar ali. Com acusações de traição e entreguismo, Sinedino, que já foi conselheiro da petroleira brasileira, expressava sua indignação por não conseguir entrar no evento.

“O que está acontecendo é uma entrega de patrimônio público e a própria população não está entendendo isso. De outras vezes tivemos oportunidades de falar no evento. O fato de sermos poucos não quer dizer que o nosso direito não valha”, afirmou o analista de sistemas aposentado.

Enquanto carros com autoridades e funcionários de petroleiras chegavam em carros na área de manobra, a discussão seguia cercada pela imprensa, funcionários do hotel e ativistas.

Com identificação da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o tenente da Polícia Militar Ítalo Scalercio interveio e pediu que aqueles que não tivesse credenciados se retirassem. “Quem tem credencial fica aqui dentro, quem não tem, vá para depois da grade” orientou.

Sinedino foi abordado por Scalercio que chegou a ameaçá-lo de dar voz de prisão, caso fosse desacatado.

Do lado de fora, ativistas seguravam faixas com mensagens “Mar Sem Petróleo“, “Salve Abrolhos” e “Nem um poço a mais” em defesa do meio ambiente. Dentre eles, uma indígena tinha maquiagem que simulava manchas de petróleo no rosto, em alusão ao vazamento que atingiu as praias do Nordeste.

Outros manifestantes, representantes das ONG 350.org, Arayara e COPUS, vestidos de macacões e capacetes também com tintura preta pelo corpo, carregavam mensagens pelo fim da exploração de combustíveis fósseis.

Com informações: Extra

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