A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, afirma que a meta dos próximos três anos é reformular o processo de ressocialização dos jovens infratores no País e avisa que vai acabar com a possibilidade de visita íntima. “Mamãe Damares vai mandar bola, livro, arroz e feijão. Camisinha e lubrificante, não“, diz.
Em 2012, uma lei sancionada pela ex-presidente Dilma Rousseff garantiu o direito à visita íntima para jovens infratores casados ou que vivam, comprovadamente, em união estável.
Questionada sobre os planos para 2020, a ministra respondeu que pretende utilizar os R$ 100 milhões da Petrobras para ampliar e construir 62 unidades socioeducativas. Segundo Damares, parte dos leilões das estatais será destinado o ministério e ainda poderá contar com apoio de instituições público-privada para as construções dos centros.
“O dinheiro dos leilões, das estatais, das vendas, parte irá para as nossas unidades. Acho que consigo construir todas em três anos e também fazer uma parceria público-privada para ajudar em programas nas unidades. Por exemplo, uma coisa que vou rever: não aceito visita íntima para meninos. Qual a idade da namorada que vai lá transar com ele? Vou enfrentar isso. Mamãe Damares vai mandar bola, livro, arroz e feijão. Camisinha e lubrificante, não.”
Em entrevista para O Estado de S. Paulo, Damares, que também é pastora, pedagoga e advogada, descarta, hoje, ser candidata: “Sou candidata a uma rede numa casinha em Aracaju (SE)”. Durante a conversa, a ministra chorou mais de uma vez ao falar de momentos polêmicos de sua gestão e diz como transformou o episódio do “Jesus na goiabeira“, narrado por ela no início do governo, para explicar a série de estupros que sofreu entre os 6 e 8 anos de idade.