O animal da espécie Chelonia mydas, ou tartaruga verde, estava vivo foi recolhido por biólogos do Projeto Cetáceos da Costa Branca, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (PCCB-UERN), porém não resistiu à intoxicação e morreu. A tartaruga foi encontrada na Praia de Sagi, no município de Baía Formosa, nesta terça-feira, 8. Essa é a quarta tartaruga atingida pelo óleo nas praias do RN.
Outras três tartarugas foram encontradas sujas com a substância em território potiguar após o aparecimento das manchas de óleo nas praias. A primeira foi achada por um agente de turismo, no dia 10 de setembro, em Jacumã, litoral Norte. Ele e um amigo usaram pedaços de madeira para remover as manchas que estavam cobrindo a tartaruga. Após limpar o animal, trabalho que demorou quase uma hora, a devolveram ao mar. Outras duas estavam na Redinha. Uma foi encontrada morta, no dia 21 de setembro, e a outra com vida, dois dias depois.
De acordo com o Projeto Cetáceos da Costa Branca, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (PCCB-UERN), o animal encontrado hoje foi submetido a uma avaliação clínica, no qual verificou-se que o animal estava “completamente coberto” pelo óleo e, embora responsivo inicialmente, apresentava “elevado nível” de estresse e dificuldade de respiração.
Para o presidente Jair Bolsonaro, as manchas de petróleo que atingem o litoral do Nordeste podem ter sido despejadas “criminosamente”. “É um volume que não está sendo constante. Se fosse de um navio que tivesse afundado estaria saindo ainda óleo. Parece que criminosamente algo foi despejado lá”, disse, ao deixar o Palácio da Alvorada, após reunião com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
As manchas já atingem o litoral de todos os estados do Nordeste e seguem se movimentando pela costa brasileira.