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Mais jovens, pacientes buscam beleza por meio das cirurgias plásticas

FOTO: GETTY IMAGES

Por ser um país tropical, com maior exposição ao corpo, o Brasil tem um cenário da cirurgia plástica centrados nas mudanças corporais. Procedimentos para aumentos das mamas e redefinição do corpo seguem sendo os mais procurados pelo público brasileiro, com aumento significativo de homens para a melhora estética nos últimos anos.

Em 2020, o Brasil perdeu o topo de ranking de país com mais cirurgias plásticas no mundo para os Estados Unidos, no entanto, ocupou a posição nos anos de 2018 e 2019. Apesar disso, o número de procedimentos estéticos executados no país ainda chama a atenção não só pela quantidade (mais de 1,5 milhão por ano), mas pela mudança no perfil dos pacientes, que, segundo profissionais da área, estão cada vez mais jovens. Além disso, fazem um número maior de procedimentos.

Busca pela perfeição

Os procedimentos de cirurgia plástica vêm aumentando ano a ano, conforme estatísticas da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), especialmente, entre o público jovem. A busca excessiva pela beleza, influenciada pelas redes sociais e pela pressão estética, valorizada por um único padrão do que é bonito e socialmente aceito, tem sido o grande motivador das intervenções corporais.

De acordo com o professor Jayme Farina Júnior, da Divisão de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP) da USP, “a adolescência é uma fase complicada, pela transição da infância para a fase adulta, o que faz com que os jovens sofram com as mudanças corporais e psíquicas”. Para ele, alguns desses jovens não aceitam essas mudanças, o que acaba afetando a autoestima.

Para Farina Júnior, outro fator que influencia a procura por cirurgias plásticas é a mídia e as redes sociais. “Existe hoje o que se chama de ditadura da beleza. Isso gera nos jovens o desejo de ter um corpo mais bonito, um corpo perfeito e é aí que surge a ideia de se recorrer à cirurgia plástica”. O médico aponta que esse público está mais vulnerável a pressões externas e em processo de construção da autoestima.

Metrópoles

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