A Subcoordenadoria de Vigilância Ambiental (Suvam) da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) as orientações à população de todo o Rio Grande do Norte para que mantenha os cuidados a fim de evitar acidentes com animais que possam transmitir a raiva. Segundo o órgão, 2.543 pessoas precisaram receber a aplicação do soro antirrábico ou da vacina contra o vírus. O número corresponde aos primeiros nove meses do ano.
A subcoordenadora da Suvam, Aline Rocha, reforça que as medidas de prevenção continuam sendo importantes. “Estamos registrando muitos atendimentos em situações que poderiam ser evitadas, como pessoas que mexem ou tentam alimentar animais de rua, como gatos e cachorros, ou animais silvestres, como saguis, por isso alertamos que evitem se expor ao risco de contaminação”.
Ela explica que, nos casos onde o animal é de rua ou silvestre, é necessário fazer todo o esquema de soro e vacina, o que gera uma demanda que poderia ser evitada. “Ainda não estamos em situação de estabilidade com relação ao recebimento dos soros”, relembra Aline.
A situação é vivenciada desde o mês de abril e afeta todo o País. A previsão é de que o Ministério da Saúde consiga normalizar os estoques a partir de janeiro de 2020. O abastecimento irregular se deve à falta de adequações necessárias, por parte de dois dos três laboratórios produtores, para cumprir as normas exigidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Orientações
A raiva é transmitida pela saliva do animal infectado – principalmente, cão e gato, ou de animais silvestres, como morcego e sagui – através da pele ou mucosas, seja por mordedura, arranhadura ou lambedura. A principal forma de prevenção é a vacinação de animais domésticos e de pessoas que foram expostas ao risco.
A orientação da Sesap é para que as vítimas de mordeduras lavem o local com água corrente e sabão e procurem imediatamente a unidade de saúde mais próxima. O vírus rábico é muito sensível a agentes externos e ao lavar o ferimento com água corrente e sabão, ou outro detergente, isso diminui, comprovadamente, o risco de infecção.
O site da Sesap disponibiliza informações e orientações sobre a raiva no Rio Grande do Norte.