Após serem protagonistas de um conflito público, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, levantaram a bandeira branca nesta segunda-feira, 5, e prometeram união pelo andamento da agenda econômica no Congresso.
Após jantar com ministros e parlamentares na residência do ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), Maia pediu desculpas publicamente a Guedes pelas declarações feitas na semana passada. Maia reforçou que é preciso dar andamento às reformas tributária e administrativa e tirar um programa de renda mínima do papel sem comprometer o teto de gastos.
“O teto de gastos é a primeira de nossa urgências porque com a regulamentação do teto a gente resolve o programa social”, disse Maia, em declaração à imprensa, após o jantar.
Já Guedes voltou a defender a aprovação de um programa de renda básica para 2021 e uma medida de desoneração da folha salarial para gerar “empregos em massa”.
Além disso, repetiu compromissos com o envio de outra etapa da reforma tributária, pontuando que o prazo depende da articulação política. “Essas coisas estão basicamente prontas, mas quem dá o timing das reformas sempre é a política”, disse o ministro.
O programa de renda, reforçou Guedes, será bastante diferente e mais estruturado em comparação ao auxílio emergencial. Sem entrar em detalhes, o ministro declarou que o modelo vai juntar 27 programas sociais. O pacto federativo no Senado, pontuou, irá absorver ainda diapositivos do Orçamento de Guerra, em vigor durante a pandemia de covid-19.
Desavenças
Na semana passada, o presidente da Câmara chegou a chamar o ministro de “desequilibrado” após Guedes falar que Maia estava articulando com a oposição obstáculos a privatizações. “Semana passada até, deixo aqui meu pedido de desculpas, fui indelicado e grosseiro e (isso) não é do meu feitio.”
Exame