Uma fiel deixou de frequentar uma igreja evangélica após o pastor dizer que o filho dela estava com demônio por ele ser homossexual. Cátia Vedeschi que é auxiliar de limpeza, contou que não perdeu a fé e continua orando em casa, mas não quer ir mais para cultos.
A decisão foi em apoio ao seu filho Guilherme, 23 anos, que é homossexual e se sentiu ofendido pela declaração do pastor.
“Eu era evangélica, mas como o pastor falava que o meu filho tinha demônio, eu preferi sair da igreja e apoiar meu filho”, justificou ela, que hoje é parte do coletivo “Mães Pela Diversidade”.
Criado em 2014 por mães de filhos LGBTQIA+, o coletivo tem o objetivo de dar uma rede de apoio às mulheres e conscientizar as pessoas contra o preconceito.
Guilherme é maquiador e ainda mora com Cátia. Ele diz acreditar que “foi difícil para ela” descobrir a sexualidade do filho, mas não poupou elogios ao defini-la como “a melhor mãe” em meio à situação.
“Ela falava que ia estar comigo independente de qualquer coisa. Tem muitas pessoas LGBTQIA+ que tem mães religiosas, mas as mães não querem saber. Tipo: ‘É essa a minha opinião, eu não vou te respeitar, eu não vou te aceitar e acabou’. Estou feliz de poder falar que tenho uma família que me respeita”, destacou o jovem, ao programa da TV Globo Profissão Repórter, exibido nesta quarta-feira (29).
O nome da igreja que a mulher frequentava com o filho não foi revelado, e nem a identidade do pastor.
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