
O produtor rural e influenciador digital Eduardo Magrini, conhecido como “Diabo Loiro”, foi preso nesta quinta-feira (30) em São Paulo durante uma operação que investiga um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao PCC (Primeiro Comando da Capital).
A ação também mira empresários, agiotas e influenciadores que estariam envolvidos com dois dos traficantes mais procurados do país: Sérgio Luiz de Freitas Filho, o “Mijão”, e Álvaro Daniel Roberto, o “Caipira”.
A ofensiva foi deflagrada em Campinas, Mogi Guaçu e Artur Nogueira, no interior paulista, e cumpriu nove mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão. Também houve o bloqueio de 12 imóveis de luxo e o congelamento de valores em contas bancárias.
Durante o cumprimento dos mandados, um suspeito morreu em confronto com a polícia, e um policial militar foi baleado, sendo encaminhado ao Hospital de Clínicas da Unicamp. As buscas se concentraram em condomínios de alto padrão, como Alphaville, Entreverdes, Jatibela e Swiss Park.
Nas redes sociais, Eduardo Magrini, o Diabo Loiro, se apresenta como “influencer digital”, exibindo uma vida de luxo. Com mais de 105 mil seguidores, ele costuma publicar fotos em rodeios, viagens e com carros de alto padrão.
Antes de se tornar conhecido como influenciador, Eduardo Magrini já tinha passagens pela polícia por homicídio, formação de quadrilha, receptação e uso de documentos falsos. Segundo o Ministério Público, ele é um membro importante do PCC, tendo papel relevante na estrutura da facção.
O Diabo Loiro teria participado dos ataques coordenados de 2006 contra o Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) e outras forças de segurança em São Paulo — uma série de ações que espalharam pânico pela capital e interior, com rebeliões simultâneas e atentados.
Embora estivesse “adormecido” nos últimos anos, o MP afirma que ele mantém ligações profundas com o crime organizado, especialmente na região de Campinas.
“Não obstante, ele tinha e tem ligação profunda com o crime organizado na região, envolvido, inclusive, com os ataques realizados pelo PCC em 2006”, destacou o Ministério Público na denúncia.
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