Inabalável, apesar de preso há um ano e meio, o ex-presidente Lula, segundo relato de aliados, já faz planos de rodar o Brasil em suas famosas caravanas, caso deixe a prisão, de acordo com reportagem de Thais Arbex, da Folha de S.Paulo.
O ex-presidente pretende ser o “fio condutor da pacificação nacional”. A expectativa pela liberdade surge em função do julgamento, no Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância.
“Lula em liberdade é um agente político importante e vai ter, obviamente, um papel relevante não só para o PT, mas também para o Brasil”, declarou a deputada Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT.
“ O povo brasileiro tem confiança no Lula, principalmente o povo pobre, e isso dá a ele condições de ter uma atuação política de enfrentamento mais sistemático a tudo que está acontecendo e à destruição a que o país está sendo submetido”, disse.
Conforme pessoas próximas a Lula, a expectativa em relação às eleições de 2022 se passa pela narrativa de que o ex-presidente não troca sua dignidade por sua liberdade, além do argumento de que se trata de que ele foi vítima de um processo ilegítimo conduzido por um juiz parcial, o atual ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Segundo os mesmos aliados, o ex-presidente deseja percorrer o país em condição de liberdade plena, pois, assim, terá legitimidade de questionar as ações do governo de Jair Bolsonaro e se apresentar como líder de um movimento capaz de fazer frente “à destruição que está aí”.