Lula sinalizou que, caso o STF (Supremo Tribunal Federal) não restitua os direitos políticos para que ele concorra à Presidência em 2022, defenderá que o PT escolha Fernando Haddad como candidato.
Os dois tiveram uma conversa decisiva no sábado (30). E inclusive combinaram de retomar em breve viagens pelo Brasil, indo a alguns lugares juntos e fazendo também roteiros separados. Em fevereiro, Haddad deve ir a Minas Gerais.
Nesta semana o ex-prefeito de São Paulo já passou quatro dias em Brasília, em reuniões com deputados, senadores e com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann.
A própria deputada, depois da decisão do ex-presidente, deu declaração dizendo que, se Lula não quiser, Haddad é quase o candidato natural do PT à sucessão de Jair Bolsonaro.
As primeiras viagens de Haddad e Lula devem ter agendas mais restritas por causa da epidemia do coronavírus.
A sinalização encerra as dúvidas sobre quem Lula apoiaria caso ele mesmo não possa se candidatar. E tira Haddad da paralisação.
A decisão final sobre os direitos políticos de Lula será do STF, que deve julgar, neste semestre, se o processo contra ele no caso do tríplex foi conduzido de forma parcial pelo ex-juiz Sergio Moro —e portanto deve ser anulado.
Folha de S. Paulo