O ex-presidente Lula foi denunciado pela força-tarefa da Lava Jato no Paraná pela quarta vez.
O Ministério Público Federal, em denúncia protocolada na sexta-feira (11), acusa o ex-presidente de lavagem de dinheiro da Odebrecht por meio de doações para o Instituto Lula.
A Procuradoria afirma que foram pagos para o Instituto Lula entre 2013 e 2014 R$ 4 milhões debitados de uma espécie de “conta-corrente” de propina com origem em obras na Petrobras na época dos governos petistas.
Tese similar já tinha sido apresentada nos demais processos em que Lula virou réu no Paraná.
A nova denúncia já é de responsabilidade do novo coordenador da Lava Jato no Paraná, Alessandro Oliveira, que substituiu Deltan Dallagnol no posto no último dia 1º.
É a quarta vez que o ex-presidente é alvo de denúncia no estado. Ele foi condenado em dois processos —do tríplex de Guarujá e do sítio de Atibaia— e aguarda em liberdade o julgamento de recursos.
Por causa da condenação do tríplex, Lula ficou preso por 580 dias, até novembro de 2019, em Curitiba. Foi beneficiado pela decisão do Supremo Tribunal Federal que vetou a prisão após condenação em segunda instância.
No processo do sítio, a pena inicialmente fixada em 12 anos e 13 meses de prisão, foi aumentada para 17 anos e 1 mês em segunda instância. No cenário atual, Lula voltaria para a prisão apenas se, ao fim de todos os recursos, sua condenação for mantida.
Mesmo fora da cadeia, Lula não pode se candidatar. Ele está enquadrado na Lei da Ficha Limpa, que impede que condenados em segunda instância possam disputar uma eleição.
Ele também é réu na Justiça Federal no Distrito Federal e em São Paulo.
Folha de S. Paulo