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Lula diz que, por ser mais velho, ‘pode falar grosso’ com Trump e critica quem ‘lambe-botas’

FOTO: RICARDO STUCKERT

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que, por ser mais velho que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode “falar grosso com ele”. Em seu discurso, o petista voltou a defender que o Brasil não deve abaixar a cabeça para o governo norte-americano.

A declaração foi dada durante cerimônia de anúncio do novo modelo de crédito imobiliário, em São Paulo, nesta sexta-feira (10).

“Eu comecei a conversa com Trump dizendo assim: eu estou completando 80 anos de idade e você vai completar 80 anos dia 14 de junho. Ele é mais novo que eu, eu tenho idade de falar mais grosso com ele. Eu disse para ele: nós dois com 80 anos governamos as duas maiores democracias do ocidente, a gente não pode passar discórdia para o resto do mundo, precisamos passar harmonia”, declarou.

“Não dá para a gente ficar dependendo de um país ou do humor de um presidente de outro país. No mundo, ninguém respeita quem não se respeita. Se você acha que lamber botas te ajuda, vai cair do cavalo. As pessoas respeitam quando percebem que você tem autoridade moral, caráter”, acrescentou.

Lula e Trump se encontraram durante Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, em setembro. Na segunda-feira (6/10), o petista e o líder norte-americano conversaram por telefone, e há a expectativa de um encontro presencial em breve.

No evento nesta sexta-feira, Lula ainda brincou com o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) ao citar a “invasão de condomínios”. O parlamentar era presidente do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), em São Paulo.

“Todo mundo sabe que esse país virou uma república de invasão de condomínio, todo mundo sabe. Quantas e quantas coisas. O Boulos está aqui. Eu não sei se o Boulos era do tempo de invadir condomínio do Minha Casa, [Minha Vida], de conjunto habitacional [risos]. Mas a verdade é que nós tínhamos historicamente invasão, todo dia tinha invasão, enfrentamento com a polícia, porque não tinha um sistema que cuidava adequadamente das pessoas que precisavam”, disse.

O Tempo

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