Em entrevista a uma rádio de Belo Horizonte na manhã desta quinta-feira (24), Lula (PT) classificou como “moleques” os procuradores da Lava Jato ao comentar sobre a vitória judicial que obteve sobre Deltan Dallagnol, agora pré-candidato a deputado pelo Podemos, de Sergio Moro, dizendo que o chefe da força-tarefa pensou que era um “messiânico” durante o lawfare conduzido contra ele.
“Eu tenho pena desses moleques que criaram a força-tarefa em Curitiba. Eles não só me prejudicaram, como prejudicaram a imagem do Ministério Público, que é uma instituição da qual eu e o povo brasileiro temos que ter o mais profundo respeito. Eles quase chegaram a destruir a Polícia Federal, que teve delegados irresponsáveis, e teve um juiz irresponsável que é um cidadão que não vou citar o nome. Essa gente quase destruiu as instituições que criamos para dar garantia e fortalecer a democracia no nosso país. E eu fico muito triste porque eles não souberam conduzir. Era um bando de messiânicos que contavam mentiras e a imprensa divulgava as mentiras que eles contavam como se fossem verdade”, disse.
O presidente ainda listou as “59 capas de revistas, 600 e poucas capas de jornais e 13 horas de Jornal Nacional contra mim” no processo de lawfare e chegou a se emocionar ao lembrar dos reflexos em sua família.
Em relação à condenação de Dallagnol, que terá que indenizá-lo em R$ 75 mil pela apresentação do Power Point midiático, Lula disse que o Superior Tribunal de Justiça teve “condescendência” com o ex-procurador-chefe da Lava Jato.
“Eu entrei com processo contra esse procurador porque ele é um messiânico, é um mentiroso. Ele falava em honestidade e tentou criar um fundo para a turma dele com mais de R$ 2,5 bilhões […] Aquela história do Power Point que ganhei ontem, na verdade eu estava pedindo R$ 1 milhão de indenização. Os juízes e ministros foram condescendentes com ele, dizendo que ele não ganha tanto assim”, disse.
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