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‘Lula deve sair até o final de setembro’, diz Haddad em ato no Recife

A MANIFESTAÇÃO COMEÇOU ÀS 9H EM FRENTE AO MERCADO PÚBLICO DE CASA AMARELA. FOTO: ANDRÉ SANTA ROSA/DP
 

As calçadas do Mercado Público de Casa Amarela amanheceram lotadas na manhã deste sábado (31). O motivo não era  apenas as compras no tradicional mercado recifense, mas a visita do ex-candidato do PT à Presidência da República, na campanha de 2018, Fernando Haddad. As atividades foram promovidas pelos comitês Lula Livre em Pernambuco e além de Fernando Haddad contaram com lideranças regionais e nacionais de esquerda, como João Paulo, ex-prefeito do Recife e deputado estadual eleito pelo PC do B.

Segundo a organização do evento, o ato reuniu cerca de 5.000 manifestantes em defesa da liberdade do ex-presidente Lula (PT), que está preso desde abril de 2018 na sede da Polícia Federal, em Curitiba. “Está cada vez mais claro para o judiciário que foram cometidas algumas injustiças contra o presidente Lula. Tem muita decisão sendo revertida e a gente espera que a decisão que condenou Lula seja revista, porque não teve amplo direito de defesa e foi condenado sem provas”, explica o ex-presidenciável Fernando Haddad. Ainda segundo ele, até o final de setembro Lula deverá ser solto.

Além da manifestação sobre soltura do ex-presidente Lula, Fernando Haddad aproveitou a ocasião para comentar sobre o aumento do número de queimadas na Amazônia, que alcançaram números alarmantes no mês de agosto, segundo o registro de organizações como a NASA. “Há muitos cancelamentos de pedidos de importadores de produtos brasileiros. Muitos estão cancelando por conta da falta de compromisso do governo Bolsonaro com sustentabilidade”, ele afirma.

Haddad também fez críticas à forma com que o atual governo está gerindo a educação pública. “Acabei de vir de Fortaleza e a UFC (Universidade Federal do Ceará) está parada. Bolsonaro escolheu um interventor no lugar de um reitor. O reitor que tinha recebido quase 8 mil votos da comunidade acadêmica foi preterido em proveito de um interventor que não teve nenhum respaldo da comunidade”. Por fim, ele afirmou que o povo tem que ir às ruas de forma pacífica e reiterou o compromisso do voto como instrumento de mudança democrática.

Diário de Pernambuco

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