A cantora Luísa Sonza está sendo processada por um suposto ato racista que teria cometido em setembro de 2018, durante um festival gastronômico na Pousada Zé Maria, em Fernando de Noronha. A artista teria agredido a advogada negra Isabel Macedo com um tapa e ordenado que lhe servisse água. A vítima, no entanto, não era funcionária do estabelecimento.
Isabel Macedo havia entrado com um processo há mais tempo, porém o mesmo foi arquivado por ela não ter pago as custas. A advogada, entretanto, entrou com um novo processo que hoje está no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, na 19ª Vara Cível. Isabel pede R$ 10 mil de indenização, retratação pública, “bem como a fixação de cartazes informativos sobre a proibição de práticas racistas no interior do restaurante Réu, a título de medida educativa”.
“Ocorre que, durante o festival, houve uma apresentação musical da Primeira Ré (Luísa Sonza), estando a a autora (Isabel) em uma mesa próxima ao palco onde a artista se apresentava. Todavia, ao passar pela cantora, enquanto se dirigia ao banheiro, a Autora foi agredida com um tapa no braço pela Primeira Ré e ordenada em tom ríspido a providenciar um copo d’água”, diz trecho do processo, divulgado pelo canal Em Off.
“Sem entender o que estava acontecendo, a Autora ainda pediu que a Primeira Ré repetisse, pois não havia compreendido a abordagem. Foi quando a artista, novamente, no mesmo tom ríspido, ordenou que a Autora buscasse um copo de água, pois ela estava com sede. Estarrecida, a Autora ainda se deu o trabalho de lhe explicar que era uma cliente do estabelecimento e não funcionária do local, como se não fosse crível que uma mulher negra pudesse estar naquele restaurante na qualidade de cliente”, diz outro trecho. No processo, Isabel Macedo afirma ainda que todos os funcionários da Pousada estavam uniformizados.
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