Por Joaquim Pinheiro
A fusão DEM/PSL poderá ficar comprometida e com problemas em todo o País em razão de desentendimentos entre integrantes das duas legendas. Aqui no Rio Grande do Norte a disputa pelo comando do União Brasil acontece entre a deputada Carla Dickson, suplente do deputado Fábio Faria, que assumiu o Ministério das Comunicações do governo Jair Bolsonaro e o ex-senador José Agripino Maia, que comandou o DEM durante vários anos.
A nova sigla partidária terá uma boa representatividade no Congresso Nacional, particularmente na Câmara Federal, onde a previsão é de ter mais de 100 deputados na sua bancada. O União Brasil terá o número 44 e seus principais líderes nacionais são ACM Neto, prefeito de Salvador, Ronaldo Caiado, governador de Goiás, Luciano Bivar, ex-deputado federal e José Agripino Maia, ex-senador.
O União Brasil fará parte da base aliada do presidente Jair Bolsonaro? Esse é o questionamento feito entre integrantes do novo partido. Uns, defendem uma aliança política com Bolsonaro, outros, não, daí o cerne dos desentendimentos. Tudo indica que a maioria do União Brasil, sucedâneo de DEM e PSL, prefere ficar longe do governo Bolsonaro, começando pelo norte-rio-grandense José Agripino Maia, que já declarou ser contra apoiar a reeleição do presidente em 2022.
O certo é que o novo partido – denominado União Brasil – provocará uma expressiva reconfiguração na correlação de forças políticas no Congresso Nacional, principalmente na Câmara Federal.
Resta saber se a legenda se consolidará e terá condições se superar os problemas neste ano pré-eleitoral visando participar do próximo pleito apresentando candidaturas fortes e competitivas.