Diante da repercussão das declarações do senador e ex-capitão da PM/RN, Styvenson Valentim (Podemos-RN), que em entrevista ao portal UOL revelou haver inúmeros policiais que são usuários de crack e cocaína e vão às ruas trabalhar armados, o deputado estadual Coronel Azevedo (PSL) e o comandante da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, coronel Alarico José Pessoa Azevedo, “amarelaram” e resolveram adotar a “lei do silêncio” sobre o assunto. A postura dos oficiais da PM deixa transparecer o temor de ambos de se posicionarem sobre as revelações feitas pelo Senador da República. A reportagem do BLOG DO FM tentou por diversas vezes contatar o comandante da PM e o deputado-coronel, mas ambos não atenderam as ligações, nem retornaram os contatos realizados. A reportagem pretendia saber se os oficiais são favoráveis à adoção de exames toxicológicos na PM, tese essa defendida por Styvenson Valentim.
Sempre falante quando se trata de criticar o governo Fátima Bezerra (PT), o Coronel Azevedo, sob a alegação de que não tinha tomado conhecimento das declarações de Styvenson, mandou recado por sua assessoria de imprensa de que, diante do desconhecimento do assunto, que foi notícia nacional, não iria se pronunciar.
Apesar da recusa, o BLOG DO FM ainda procurou estabelecer contato com o deputado-coronel durante esta quarta-feira, 15, sem sucesso. Azevedo fez opção pelo silêncio, ao invés de buscar defender a imagem da Polícia Militar com relação à existência de policiais que são, supostamente, dependentes químicos e se encontram nas ruas trabalhando armados.
O comandante da Polícia Militar do Rio Grande do Norte também preferiu adotar a estratégia rota e esfarrapada de “esconder o lixo debaixo do tapete”, embora ocupe um cargo público, no qual deve satisfação à sociedade potiguar, que, por sua vez, tem o direito de saber como a corporação militar pretende agir diante da denúncia de que policiais podem estar nas ruas trabalhando “doidões”.
A pergunta que fica no ar é se o silêncio das autoridades ligadas à PM/RN é movido pela falta do que dizer, ou simplesmente pelo temor de peitar de frente um Senador da República eleito com uma votação esmagadora e detentor de alta popularidade dele no Estado.