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Lee Iacocca, criador do lendário Mustang, morre nos Estados Unidos

Mustang conversível 1966 foi ícone na indústria automobilística mundial. Foto: Getty

Criador do lendário Ford Mustang, Lee Iacocca morreu nesta terça-feira (2) nos Estados Unidos. Um dos mais importantes nomes da indústria automobilística tinha 94 anos.

De acordo com a família, ele teve complicações decorrentes do mal de Parkinson e morreu em sua casa, em Bel Air, na Califórnia.

Além de inventar o Mustang, Iacocca foi responsável por reerguer a Chrysler, uma gigante que na década de 1980 estava à beira da falência.

Lido Anthony Iacocca nasceu em 1924 em Allentown, na Pennsylvania. Filho de um imigrante italiano vendedor de cachorro-quente, mudou seu primeiro nome para Lee.

Iacocca dirigiu a Ford Motor e depois a Chrysler, e ajudou a dar a Detroit a fama de cidade dos automóveis nos EUA.

Ele se juntou à Ford como engenheiro em 1946, após o fim da Segunda Guerra Mundial — da qual se livrou por conta de uma febre reumática. Apesar de ter cursado engenharia industrial na prestigiada Universidade de Princenton, Iacocca logo ficou entediado com um emprego na área e pediu transferência para a divisão de vendas.

Nos dez anos seguintes, Iacocca se dedicou às vendas na área da Filadélfia até que, em 1956, concebeu e executou uma campanha de marketing bem-sucedida que chamou a atenção do então vice-presidente da Ford, Robert S. McNamara, que depois seria chefe do Pentágono e diretor do Banco Mundial. Aprendeu a ser um executivo e sucedeu o próprio McNamara na vice-presidência da Ford em 1960.

Em 1964 lançou o Mustang, carro esportivo histórico.

Foi demitido em 1987, por Henry Ford II, neto do fundador da empresa. Assumiu a Chrysler, então em crise, e recuperou a montadora. Em 1992, Iacocca deixou o comando da Chrysler. Aposentado, investiu em bicicletas elétricas, azeite e pesquisas sobre diabetes.

Iacocca não economizava. Viajava em jato particular, hospedava-se em hotéis caros e frequentava festas com Frank Sinatra.

Seu livro “Iacocca: uma autobiografia”, de 1984, tornou-se um best seller após vender 6,5 milhões de exemplares.

G1

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