
Fabricado pela Beech Aircraft em 1981, o bimotor turbo-hélice King Air que caiu nessa sexta (7) em uma avenida de São Paulo é do modelo F90, tem reputação de qualidade e segurança, entre aviadores. O avião do acidente com dois mortos e seis feridos é bastante cobiçado, no mercado, considerado uma espécie de “joia rara”. E é uma aeronave similar à que caiu em 2021, no acidente que matou a cantora sertaneja Marília Mendonça, em Piedade de Caratinga (MG).
A aeronave de prefixo PS-FEM da tragédia de São Paulo foi fabricada pela Beech Aircraft, nos Estados Unidos, em 1981, com capacidade para sete passageiros e o piloto. E foi adquirida e transferida em 11 de dezembro de 2024 para a empresa Máxima Inteligência Operações Estruturadas e Empreendimentos LTDA, do advogado Márcio Louzada Carpena, morto no desastre de hoje, e de sua mãe Maria da Graça Paz Louzada. O dono do jatinho morreu carbonizado com o piloto Gustavo Medeiros.
Cantora Marilia Mendonça na aeronave em que morreu no acidente em Minas Gerais. (Foto: Reprodução Redes Sociais)
Já o avião King Air de prefixo PT-ONJ que caiu com Marília Mendonça em uma cachoeira no interior de Minas era de modelo C90A, também fabricado pela americana Beech Aircraft, um pouco mais recente que a do acidente na capital paulista, em 1984. Ambas aeronaves têm seu interior marcado por conforto e requinte parecidos com o que jatos executivos de pequeno porte oferecem aos seus ocupantes.
Em reportagem de O Globo, o especialista em aviação Bruno Publiesi Goi detalha que o modelo King Air C90A foi uma atualização do F90, com algumas melhorias, mas com fabricação descontinuada em 1992. “Ele tem um motor mais fraco que o Beechcraft King Air C90GTi, que começou a ser produzido a partir de 2007”, disse o especialista Goi, citando modelo mais recente.